Quem é José Seripieri Filho — o Júnior — que venceu a disputa com Tanure e a Bain Capital e ficou com a Amil em uma aquisição histórica
O conselho da UnitedHealth Group (UHG) aprovou nesta sexta-feira (22) a venda da operadora de saúde para o empresário por R$ 11 bilhões
A disputa pela Amil foi acirrada entre a Bain Capital, que pretendia replicar o sucesso com a NotreDame Intermédica; a Coruja Capital, do ex-chefe da área de varejo do Itaú, Marcio Schettini; e Nelson Tanure, o investidor de referência em empresas como Prio, Gafisa e Light. Mas quem levou a melhor foi José Seripieri Filho.
Conhecido no mercado como Júnior, o empresário venceu o braço de ferro com os concorrentes e ficou com a operadora de saúde — na maior fusão e aquisição já realizada no Brasil por uma pessoa física sozinha.
Nesta sexta-feira (22), o conselho da UnitedHealth Group (UHG) aprovou a venda da operadora de saúde para o empresário por R$ 11 bilhões. A notícia foi dada com exclusividade pelo Valor Econômico.
Segundo as informações disponíveis na imprensa, o valor da transação inclui R$ 2 bilhões em equity e a assunção de passivos de R$ 9 bilhões.
O empresário deve obter financiamento do Santander Brasil, com uma linha de crédito de R$ 1 bilhão, além de Bradesco, BTG Pactual e BR Partners.
Quem é o novo dono da Amil
A aquisição marca a volta de Júnior ao setor de saúde. Ele é fundador da Qualicorp e da Qsaúde.
Leia Também
O empresário começou a carreira como escrivão da Polícia Civil de São Paulo, trabalhou na Golden Cross e criou os planos coletivos por adesão.
Atualmente, Júnior não tem investimentos no setor de saúde, mas como tem trânsito na Agência Nacional de Saúde (ANS), acredita-se que a aquisição da Amil deve ser aprovada sem problemas.
Vale lembrar que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) também precisa dar a bênção ao negócio.
Júnior também é próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem visitou inúmeras vezes na prisão em Curitiba. Em novembro de 2022, o empresário levou o petista e sua comitiva à COP 27, no Egito, em seu jato privado.
IBOVESPA FEZ 1 ANO DE CDI EM 30 DIAS: AÇÃO DE BANCO PODE SURFAR RALI DA BOLSA E SUBIR ATÉ 87%; VEJA
Os desafios de Júnior na Amil
A Amil tem escala, mas atua em um segmento cada vez mais concentrado — nos últimos anos, a operadora de saúde vem dando prejuízos, em parte, pelo limite imposto pelo regulador do setor aos reajustes de preço dos planos.
A empresa tem um patrimônio líquido de R$ 16 bilhões e R$ 8,5 bilhões em caixa. Em 2022, a Amil faturou R$ 26,3 bilhões, mas tem um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) negativo de cerca de R$ 2 bilhões.
A Amil foi fundada por Edson de Godoy Bueno e conta hoje com e 31 hospitais — incluindo os de referência como o Hospital Samaritano de São Paulo e o Americas Medical City no Rio — 3,1 milhões de clientes nos planos de saúde e 2,3 milhões no plano odontológico, além de operações de oncologia e oftalmologia.
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões