Petrobras (PETR4) divulga resultados do 4T22 nesta quarta-feira sob pressão com dividendos e polêmica sobre combustíveis; saiba o que esperar
Rumores sobre uma mudança na remuneração aos acionistas da Petrobras (PETR4) derrubaram as ações da estatal no último pregão

A Petrobras (PETR4) sempre tem um dos balanços mais aguardados da temporada, mas desta vez a ansiedade dos investidores vai além dos números do quarto trimestre de 2022. Isso porque outros dois temas que envolvem a estatal estão na pauta do momento: dividendos e a política de preços dos combustíveis.
Responsável por garantir dividendos recordes aos acionistas na temporada de resultados anterior, a Petrobras dificilmente vai escapar de funcionar conforme os valores da nova gestão federal, que defende uma distribuição menor de proventos a favor de mais gastos em pesquisa e desenvolvimento, além destacar as funções sociais de uma empresa pública.
Na semana passada, durante evento promovido pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), o novo presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou que os lucros da estatal são "exorbitantes".
- [TREINAMENTO GRATUITO] O Seu Dinheiro preparou 3 aulas exclusivas para ensinar tudo que você precisa saber para poder receber renda extra mensal com ações. Acesse aqui.
Apenas um exemplo de uma lista de declarações que demonstram o descontentamento do atual governo com as políticas adotadas pela Petrobras nos últimos anos.
"O mais importante nessa temporada de resultados vai ser tentar desvendar qual a pegada dessa nova gestão. Há alguns meses eles já falam sobre investir mais capital para investimentos e mudar a remuneração aos acionistas, mas não sabemos como será isso em valores", diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.
Veja a seguir as projeções para o resultado da Petrobras no quarto trimestre, de acordo com dados do consenso da Bloomberg:
Leia Também
- Receita líquida: R$ 165,5 bilhões (alta de 42,4% ante o 4T21)
- Ebitda: R$ 79,1 bilhões (aumento de 51% ante o 4T21)
- Lucro líquido: R$ 41,8 bilhões (avanço de 24,4% ante o 4T21)
Dividendo zero no 4T22? É possível
Uma sinalização do que deve ser a futura política de dividendos da Petrobras pode sair já no balanço que sai nesta quarta-feira (1), após o fechamento dos mercados. Rumores sobre uma mudança na remuneração aos acionistas inclusive derrubaram as ações da estatal ontem na B3.
Nas contas do Itaú BBA, pela atual fórmula a estatal poderia distribuir até R$ 2,50 por ação em dividendos aos acionistas — algo como US$ 6 bilhões —, de acordo com as projeções para o resultado do quarto trimestre.
“Mas como a atual política de dividendos da empresa não consta no estatuto e a empresa já pagou mais do que o valor previsto na fórmula ao longo do ano, a empresa também pode optar por não pagar quaisquer dividendos sobre resultados deste trimestre”, escreveram os analistas do banco, em relatório.
Para a equipe do BTG Pactual, a Petrobras deve anunciar dividendos referentes ao resultado do quarto trimestre. “Mas nosso sentimento é que a aprovação dos novos nomes recentemente nomeados para a equipe de gestão podem aumentar os riscos de nenhum pagamento.”
Petrobras (PETR4): desconfiança se reflete no preço das ações
Ruy Hungria, analista da Empiricus Research e colunista do Seu Dinheiro, ressalta que hoje a Petrobras negocia a múltiplos bem menores do que outras petroleiras do mercado, resultado da desconfiança que ronda a empresa.
Nos cálculos do analista, a Petrobras negocia a duas vezes o múltiplo preço/lucro, enquanto a Shell tem um valuation de cinco vezes preço/lucro. A Total Energy hoje negocia a oito vezes P/L, mesmo nível da Exxon.
Na avaliação de Hungria, o grande gatilho para as ações PETR4 daqui em diante mora, além da questão da política de dividendos, nos futuros investimentos e alocação de capital da empresa. Mas que isso não representa, necessariamente, "um futuro horroroso".
Em janeiro deste ano, a equipe da Empiricus calculou e explicou por que a Petrobras ainda é capaz de pagar quase o dobro dos 25% mínimos em dividendos, com premissas de resultados para os próximos dois anos.
Resumidamente, caso não haja grandes interferências na companhia e os preços do petróleo se comportem conforme as previsões do mercado, a Petrobras ainda poderá gerar um fluxo de caixa livre restante de R$ 75 bilhões para ser distribuído aos acionistas ou reinvestido na própria empresa, calcula a equipe da Empiricus.
Para Pedro Acioli, analista da gestora Mantaro Capital, a questão já não é se a gestão da Petrobras vai piorar nas mãos do governo Lula, mas quanto. Ele diz que as demais áreas podem até ser afetadas por eventuais mudanças no futuro, mas as consequências mais rápidas e preocupantes vêm da parte dos proventos da empresa.
"Esse é o aspecto que deve mudar mais rápido até porque é uma mudança simples de ser feita, com potencial de destruir valor para o investidor. Hoje, olhamos muito para a intensidade com que as coisas na Petrobras pioram. A questão não é se vai piorar ou não, mas a intensidade", diz.
Preços dos combustíveis: a Petrobras (PETR4) vai pagar a conta?
O mercado também estará atento à política de preços dos combustíveis adotada pela Petrobras. Nesta semana, o governo bateu o martelo e decidiu pôr fim à isenção de impostos federais sobre os combustíveis.
Com isso, a tendência é que o preço da gasolina na bomba aumente. Por isso, o receio dos investidores é que parte dessa conta acabe ficando com a estatal.
Com a mudança, o preço vai passar de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro a partir de hoje. Isso significa uma redução de R$ 0,13 por litro, ou um corte de 3,93% no valor até então praticado pela estatal.
No comunicado, a Petrobras reafirma que tem como principal balizador a busca pelo equilíbrio dos preços praticados nos mercados nacional e internacional, por meio de uma convergência gradual.
Investimentos darão retorno?
Além dos dividendos e da política de preços, os investidores estarão de olho na direção que a Petrobras vai tomar com o novo governo.
Entre os planos para o futuro da estatal estão os investimentos em fontes de energia mais limpas, caminho já adotado por grandes petroleiras mundo afora no contexto da transição energética.
O grande problema para o mercado não está na aposta em si, uma vez que há bastante consciência sobre a necessidade desse tipo de ação.
O que desagrada mesmo é não haver clareza sobre valores, projetos e a maneira como isso será feito, já que investimentos assim podem levar anos para trazer retornos e exigem aportes consideráveis.
"A preocupação do mercado está no retorno desses projetos, que são de ciclo longo e custo de capital elevado. Em vez de colocar dinheiro em atividades que a companhia domina e tem vantagem competitiva, a ideia de abrir novas frentes pode representar um risco, com custo de oportunidade alto", avalia diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.
Mudanças à vista no alto escalão do GPA (PCAR3): família Coelho Diniz eleva participação e pede eleição de novo conselho
O objetivo da família é tornar a representatividade no conselho proporcional à atual participação societária, segundo comunicado ao mercado
Com nova fábrica, marca de chocolates Dengo escala apoio a produtores de cacau da BA e caminha para o lucro
A empresa está investindo R$ 100 milhões na segunda unidade de produção em Itapecerica da Serra (SP) e vai quintuplicar a capacidade de abrir lojas a partir de 2026
BB denuncia vídeo de Eduardo Bolsonaro por fake news e pede ação da AGU contra corrida bancária
Segundo ofício encaminhado pelo banco, os ataques nas redes sociais começaram na última terça-feira (19)
Petrobras e Ibama testam capacidade de resposta a incidentes na Foz do Amazonas
Atividade é a última antes de concessão de licença ambiental para exploração de petróleo
Que fim levou o Kichute, a mistura de tênis e chuteira que marcou época nos pés dos brasileiros?
Símbolo da infância de gerações, o tênis da Alpargatas chegou a vender milhões de pares nos anos 1970, mas acabou perdendo espaço com a chegada das marcas internacionais
Banco do Brasil (BBAS3) quer ser o maior player no mercado de carbono no país, do projeto à certificação
Para o VP de Sustentabilidade do BB, José Ricardo Sasseron, a forte relação com o agronegócio, a capilaridade do banco e seus mais de 200 anos de história podem ajudar nessa empreitada
Intel tem semana para ninguém botar defeito: depois do Softbank, governo dos EUA confirma participação na companhia
O cenário de mercado, no entanto, tem sido desafiador para a gigante dos microprocessadores. Em 2024, as ações da Intel desabaram 60%
Na guerra com Mercado Livre, Shopee anuncia redução no prazo de entrega para BH, Rio e mais de 75 cidades
Na Grande São Paulo, uma em cada quatro encomendas foi entregue até o dia seguinte, enquanto 40% chegaram em até dois dias
Chegou chegando: H&M abre primeira loja no Brasil neste sábado (23); saiba mais sobre a marca e qual a média dos preços
Varejista de moda sueca deve trazer mais concorrência para nomes como C&A, Renner e Riachuelo
Mais uma notícia negativa no front da Braskem (BRKM5), e desta vez veio da agência de rating S&P
Em comunicado divulgado ao mercado, a empresa reforçou “o seu compromisso com a sua higidez financeira”
iPhone 16 é o celular mais vendido no Brasil em 2025 — e talvez fique para trás em breve
O celular mais vendido do país combina desempenho e durabilidade, mas custa caro
Banco do Brasil (BBAS3) critica campanha de difamação nas redes sociais e diz que tomará providências legais
Banco citou “publicações inverídicas e maliciosas” para gerar pânico e prejudicar o banco
Dividendos bilionários mantêm otimismo do UBS BB com a Petrobras (PETR4); confira qual é a cifra esperada pelo banco
Segundo o banco suíço, a produção da estatal deve crescer cerca de 20% entre 2024 e 2028, bem acima dos seus pares europeus e latino-americanos
Vorcaro fora do jogo: BRB confirma que dono do Banco Master não fará parte da gestão do possível conglomerado
O potencial acordo de acionistas dos bancos estabelece a formação de um novo grupo de controle, sem a participação dos atuais controladores
Conheça a Nuro, startup de veículos autônomos avaliada em US$ 6 bi e que atraiu Nvidia e Uber como sócios
Empresa de robôs de entrega passou a licenciar sua tecnologia de inteligência artificial para uso em robotáxis, frotas comerciais e veículos pessoais
Nelson Tanure perde exclusividade na Braskem (BRKM5), mas continua negociando compra do controle — com uma condição crítica
Uma fonte no Fundo Petroquímica Verde, de Tanure, revelou ao Seu Dinheiro que a transação com a petroquímica só irá para frente se um problema for resolvido
Compra do Banco Master pode render lucro de R$ 1,5 bilhão para o BRB em 5 anos — pelo menos, é o que prevê a instituição estatal
A aquisição da fatia do Master pode permitir que o BRB alcance um resultado de quase R$ 3 bilhões em 2029
Dividendos e JCP: Marcopolo (POMO4) aprova pagamento de proventos aos acionistas; confira os valores e quando o dinheiro cai na conta
Tanto o JCP quanto os dividendos serão creditados na próxima terça-feira (26) tendo como base a posição acionária do mesmo dia
Petrobras (PETR4) já tem novo chefe no conselho de administração; saiba quem é Bruno Moretti
Ele foi escolhido nesta quinta-feira (21) para comandar o colegiado no lugar de Pietro Mendes, que renunciou ao cargo no dia anterior para ocupar uma diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)
Novo comando do Nubank (ROXO34) no México: Armando Herrera assume como CEO no lugar de Ivan Canales
A mudança de chefe acontece em momento de expansão para o banco digital, que foca na expansão de seus serviços no país