Os recados da Copel (CPLE6) no primeiro encontro com investidores após a privatização
Em reunião da Apimec, o superintendente de Relações com Investidores da Copel detalhou a estratégia de alocação de capital da ex-estatal paranaense
Quase dois meses após a oferta de ações que marcou a privatização, a Copel (CPLE6) revelou nesta quarta-feira (11) o plano de investimentos e geração de valor da companhia após a saída do governo paranaense do controle.
Em reunião da Apimec, o primeiro encontro da companhia com investidores desde o follow-on, o superintendente de relações com investidores (DRI) da Copel, Luiz Henrique De Mello, detalhou a estratégia de alocação de capital.
Em uma frase, ele definiu a diferença do que deve ser a atuação da empresa de energia mas mãos da iniciativa privada: “É fundamental que os retornos dos investimentos agreguem valor para a companhia e para os investidores”, afirmou Mello, durante o evento.
A Copel pretende manter um portfólio diversificado no setor, com investimentos em todas as divisões do negócio: geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia.
Copel (CPLE6): foco em distribuição de energia
Porém, na visão do diretor de relação com investidores da Copel (CPLE6), o caminho para o crescimento da rentabilidade da companhia para os próximos anos é baseado em uma estratégia de alocação de capital voltada para o segmento de distribuição de energia.
Isso porque o setor de distribuição de energia é uma das principais oportunidades de crescimento para a companhia — e é um investimento já realizado no curto prazo e que deve continuar robusto por um período maior, de acordo com Mello.
Leia Também
A princípio, a Copel pretende avaliar eventuais oportunidades em novas áreas de construção para além do estado do Paraná.
“Depois de distribuição, o foco será em transmissão, geração renovada, comercialização e serviços, que têm uma importância estratégica muito grande, mas demandam de uma menor intensidade de capital”, afirmou.
Segundo Mello, a ideia é “usar um plano estratégico pautado na governança, com uma política de investimentos buscando diversificação entre os riscos, aumentando nossa base de remuneração na distribuidora e M&As [fusões e aquisições, em português] com boas taxas de retorno”.
Redução de custos
Vale ressaltar que a estratégia financeira da Copel (CPLE6) após a privatização inclui uma forte redução de custos e busca por maior eficiência no negócio.
Segundo a companhia, o principal pilar da reestruturação é baseado nas “pessoas” — isto é, nos funcionários da empresa.
A Copel já deu início ao plano de redução de custos operacionais, com o anúncio de um programa de demissão voluntária (PDV) de R$ 300 milhões.
Com o PDV, haverá a saída de funcionários de áreas que não devem exigir reposição e de divisões que poderão se valer de serviços terceirizados, segundo Mello.
“A gente também está atacando fortemente a linha de serviço. Hoje, quase todos os contratos que foram feitos via licitação estão sendo analisados, em busca de um ganho de eficiência”, afirmou.
- ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? Analistas da Empiricus Research revelam suas principais recomendações para o mês em entrevista completa para o Youtube do Seu Dinheiro.
A Copel (CPLE6) e o “risco Eletrobras”
Ainda dentro da estratégia ESG, a Copel mantém os planos de migração para o Novo Mercado, o nível mais alto de governança corporativa da bolsa de valores brasileira.
“É uma intenção da companhia ir para o Novo Mercado, mas não sabemos quando. Não tem como dar um prazo, mas isso estará no escopo da companhia para a estratégia futura.”
Vale lembrar que, nos “finalmentes” da privatização, o BNDES gerou ruídos no processo de venda da elétrica. Acionista minoritário da Copel, o banco público fez com que a migração da companhia para o Novo Mercado fosse retirada da pauta da privatização.
Sem citar o nome da Eletrobras, o executivo da Copel mencionou o caso da ex-estatal federal, ao destacar a discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) em torno do direito de voto da União. Isso porque o governo questiona a decisão da companhia de limitar o poder de voto dos acionistas a 10% do capital.
“Existe uma discussão que envolve uma outra companhia do setor que também fez o processo de transformação em corporação pouco antes de nós, e a gente acredita que, a depender de como se desenrolar essa discussão que está hoje no STF, ela permita que a gente avance para o Novo Mercado", comentou Mello, ao ser questionado pela reportagem do Seu Dinheiro sobre o assunto.
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar
A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral
Resultado fraco derruba a ação da Vamos (VAMO3) — mas para 4 analistas, ainda há motivos para comprar
Em reação ao desempenho, as ações chegaram a cair mais de 7% no início do dia, figurando entre as maiores perdas do Ibovespa
Oncoclínicas (ONCO3) atinge meta de R$ 1 bilhão para seguir em frente com aumento de capital. Isso é suficiente para reerguer as finanças?
Com a subscrição de R$ 1 bilhão alcançada no aumento de capital, a Oncoclínicas tenta reverter sua situação financeira; entenda o que vem pela frente
Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada
A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?
CVM pressiona, credores cobram: Ambipar (AMBP3) adia balanço do 3T25 em meio ao enigma do caixa
Apenas alguns meses após reportar quase R$ 5 bilhões em caixa, a Ambipar pediu RJ; agora, o balanço do 3T25 vira peça-chave para entender o rombo
Braskem (BRKM5) tem prejuízo no 3T25, mas ação salta mais de 16%; entenda do que o mercado gostou
A companhia registrou prejuízo de R$ 26 milhões do terceiro trimestre depois de perdas de R$ 92 milhões no mesmo período de 2024, uma redação de 96%
Seca de dividendos da BB Seguridade (BBSE3)? Entenda o que levou o JP Morgan a rebaixar a ação para venda
Um dos pontos que entrou no radar dos analistas é a renovação do contrato de exclusividade com o Banco do Brasil, que vence em 2033, mas não é o único
11.11: o que prometem a Amazon e o KaBuM às vésperas da Black Friday
Varejistas apostam em cupons, lives e descontos relâmpago para capturar compras antes do pico da Black Friday
A engrenagem da máquina de lucros: Como o BTG Pactual (BPAC11) bate recordes sucessivos em qualquer cenário econômico
O banco de André Esteves renovou outra vez as máximas de receita e lucro no 3T25. Descubra os motores por trás do desempenho
Black Friday e 11.11 da Shopee: achadinhos de até R$ 35 que podem deixar sua casa mais prática
Entre utilidades reais e pequenos luxos da rotina, a Black Friday e o 11.11 revelam acessórios que tornam a casa mais funcional ou simplesmente mais divertida
A Isa Energia (ISAE4) vai passar a pagar mais dividendos? CEO e CFO esclarecem uma das principais dúvidas dos acionistas
Transmissora garante que não quer crescer apenas para substituir receita da RBSE, mas sim para criar rentabilidade
É recorde atrás de recorde: BTG Pactual (BPAC11) supera expectativa com rentabilidade de 28% e lucro de R$ 4,5 bilhões no 3T25
O balanço do BTG trouxe lucro em expansão e rentabilidade em alta; confira os principais números do trimestre
Valorização da Hypera (HYPE3) deve chegar a 20% nos próximos meses, diz Bradesco BBI; veja qual é o preço-alvo
Analistas veem bons fundamentos e gatilhos positivos para a empresa à frente
