Nubank chega aos 10 anos e mira entrada no crédito imobiliário “com carinho” de olho no público de alta renda
Busca por um público com maior poder aquisitivo é observada não apenas no Nubank, mas também nos grandes bancos brasileiros
No princípio, era o cartão de crédito. Depois, a conta de pagamentos. Agora, dez anos desde a sua criação, o Nubank já está nos celulares de mais de 75 milhões de brasileiros e pretende voltar seus esforços para o público de alta renda.
O desafio é do tamanho da fintech: imenso. Vai desde o lançamento de produtos com mais apelo para esse tipo de cliente até um reposicionamento de imagem. Por isso, dentre as opções na linha de produção está o crédito imobiliário.
O termo chamou a atenção dos jornalistas ao aparecer numa nuvem de palavras durante uma apresentação sobre o futuro do banco digital.
Questionada sobre o assunto, Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, disse que o crédito imobiliário é um produto muito pedido pelos clientes e é algo importante para o público de alta renda.
“É algo que a gente adoraria conseguir fazer. É um produto mais complexo, envolve processos que a gente ainda não desenvolveu, mas vamos olhar com carinho”, afirmou a jornalistas durante evento na sede da empresa nesta quinta-feira (18) para celebrar os dez anos do banco digital.
Com prazos longos e tíquete alto, o financiamento para a compra da casa própria é considerado o produto ideal para atrair e fidelizar o cliente bancário.
Leia Também
Alta renda
A busca por um público com maior poder aquisitivo é observada não apenas no Nubank, mas também nos grandes bancos brasileiros que têm maior exposição às classes mais baixas. Esse tipo de cliente “premium” é mais resistente a crises e possui taxas de inadimplência menores, o que, na atual conjuntura, tem se mostrado um ativo valioso.
A grande iniciativa do Nubank em atender esse público foi o lançamento do cartão black Ultravioleta, dois anos atrás. De acordo com Cristina, o faturamento da alta renda no segmento de cartões foi o que mais cresceu dentro da fintech desde o lançamento.
Mas há outros produtos com potencial de atrair os endinheirados que precisariam apenas de uma melhora na experiência. As transferências internacionais são um exemplo disso, já que hoje são feitas em parceria com terceiros.
“O território internacional é importante para o público de alta renda. Sem dúvida, é um espaço que a gente tá olhando com bastante atenção”, afirmou o cofundadora do Nubank.
Nubank no Jornal Nacional
Mas, para capturar esse público, será necessário mais do que um cartão com benefícios ou operações de câmbio. Por isso, o Nubank está investindo pesado num reposicionamento da própria marca, que passa por um amadurecimento da linguagem.
Se, no passado, o Nubank prezava por parecer jovem e descolado, agora ele quer mostrar que atingiu a fase adulta.
Para isso, uma das iniciativas será o lançamento de uma campanha publicitária no dia 1º de junho no Jornal Nacional, da TV Globo, um dos horários comerciais mais caros da TV brasileira.
De acordo com o site da própria Globo, um comercial de 30 segundos com alcance nacional no JN, veiculado de segunda a sexta, custa R$ 920,6 mil. Só aos sábados, o preço é R$ 690,8 mil. Os preços se referem a exibições no mês de maio.
Nubank multinacional
Além de crescer dentro do Brasil, o Nubank está empenhado em expandir nos outros dois países onde opera, o México e a Colômbia.
Em ambos, o banco replica a estratégia que deu certo no Brasil, onde lançou primeiro um cartão de crédito e, depois, uma conta digital. Em pouco mais de três anos de lançamento do cartão, o Nubank se tornou um dos maiores emissores do México.
Já a Cuenta Nu começou seu lançamento gradual em novembro do ano passado no país e hoje já conta com funcionalidades similares à conta brasileira. De acordo com o Nubank, foram 500 mil aberturas de contas em apenas duas semanas.
De acordo com Cristina, o México tem potencial de se tornar mais relevante que o Brasil para os resultados do Nubank.
“O sistema financeiro do México está muitos anos atrás do Brasil. A penetração de serviços financeiros é muito mais baixa que no Brasil. Metade da nossa base no México nunca tinha tido cartão de crédito”, exemplificou.
Na Colômbia, o ritmo de crescimento parece mais lento, com apenas o cartão de crédito lançado até agora, mas a expectativa é de lançar a conta digital até o final do ano.
Nos dois países, o número de clientes do Nubank chega a pouco mais de 3,8 milhões.
Sucesso de público, mas ainda não de bolsa
Sucesso de público, o banco digital ainda precisa convencer os investidores na bolsa. Desde o IPO na Bolsa de Nova York (Nyse), as ações da companhia acumulam queda de 44%.
O ponto da virada, porém, parece estar próximo. Entre os analistas, o Nubank virou praticamente uma unanimidade depois do último balanço, quando anunciou lucro recorde.
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
