Nova “caneta emagrecedora” é mais eficaz que o Ozempic para perda de peso, sugere estudo — mas nem a fabricante do medicamento recomenda o uso para este fim
Ainda que tenham composições diferentes, o Mounjaro funciona de forma semelhante à do Ozempic; veja o que o torna mais eficaz
Em novembro de 2022, quando Elon Musk revelou em um post no X, antigo Twitter, que a ‘estrela’ do seu emagrecimento foi um remédio para tratar a diabetes tipo 2, também conhecido pelos nomes comerciais Ozempic e Wegovy, possivelmente nem imaginava a fama que o medicamento ganharia.
Após a pequena frase publicada por Musk, “Jejum + Ozempic / Wegovy + nenhuma comida saborosa perto de mim”, diversos influenciadores aderiram ao “tratamento” e compartilharam o antes e o depois nas redes sociais, em especial, no TikTok. Inclusive, na plataforma, a #Ozempic já alcança a marca de 1,3 bilhão de visualizações.
Mas este mercado de “canetas emagrecedoras”, até então dominado pelo Ozempic, ganhou um novo player em setembro, quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso do medicamento injetável Mounjaro para o tratamento da diabetes tipo dois.
Agora, um estudo publicado na segunda-feira (27) pela Truveta Research aponta que há um novo vencedor na disputa pela maior eficácia no tratamento de adultos com sobrepeso ou obesos: o Mounjaro.
Segundo a pesquisa, que compilou e analisou dados de pacientes de um conjunto de sistemas de saúde, as pessoas que tomaram o medicamento fabricado pela Eli Lilly, o Mounjaro, mostraram-se mais propensas a perder 5%, 10% e 15% do seu peso corporal em geral após três meses, seis meses e um ano, respectivamente, na comparação com pacientes tratados com o Ozempic, fabricado pelo laboratório dinamarquês Novo Nordisk.
É seguro usar Mounjaro ou Ozempic para perder peso?
É importante dizer que, apesar de não serem fabricados com o intuito de causar emagrecimento, ambos os medicamentos aprovados para o tratamento de diabetes tipo 2 vêm sendo usados de forma off label — isto é, fora das recomendações da bula — para o tratamento do sobrepeso e obesidade.
Leia Também
Afinal, como as canetas auxiliam na regulação do apetite e aumentam a saciedade, parte dos pacientes apresentou perda de peso considerável como efeito colateral da medicação.
Um porta-voz da Eli Lilly afirmou que a farmacêutica não promove nem incentiva o uso off label de nenhum dos seus medicamentos e disse que o novo estudo não foi patrocinado pela empresa.
Mesmo assim, o site oficial do Mounjaro destaca, em grandes letras roxas, o efeito de perda de peso causado pelo medicamento.
Um porta-voz da Novo Nordisk também afirmou que a empresa não estava envolvida no estudo da Truveta Research.
- VEJA TAMBÉM: 'BATALHA' ENTRE OZEMPIC E MCDONALDS: REMÉDIO DE EMAGRECIMENTO PODE DERRUBAR AS AÇÕES DO FAST FOOD?
Qual a diferença das “canetas emagrecedoras”
Ainda que tenham composições diferentes, o Mounjaro funciona de forma semelhante à do Ozempic. Ambos são injeções semanais que diminuem o apetite por meio da ativação contínua de alguns hormônios no intestino.
O Ozempic e o Wegovy, produzidos pela Novo Nordisk, tem como princípio ativo a semaglutida. A substância replica o hormônio GLP-1, responsável pelo aumento da sensação de saciedade e pela redução dos níveis de açúcar no sangue.
No caso do Mounjaro, a tirzepatida atua nos receptores de dois hormônios produzidos no corpo, o GLP-1 e o GIP, ambos com o mesmo propósito.
Essa abordagem dupla faz com que o Mounjaro e o Zepbound, seu equivalente, tenham um efeito melhorado na regulação dos níveis de açúcar no sangue e do apetite.
Isso, segundo especialistas, pode resultar em uma perda de peso mais significativa do que a causada por remédios que contém apenas o GLP-1.
No estudo de fase final da Eli Lilly, por exemplo, feito com mais de 2.500 adultos com obesidade, mas sem diabetes, foi observado uma perda de cerca de 16% do peso corporal naqueles pacientes que tomaram 5 miligramas de Zepbound durante 72 semanas.
Doses mais altas, de 15 miligramas, foram associadas a uma redução de peso ainda maior, de 22,5%, em média.
Resultados do novo estudo sobre Mounjaro e Ozempic
Para realizar o estudo, a Truveta Research avaliou dados de cuidados de saúde de em média 18.000 adultos com obesidade ou excesso de peso e que iniciaram o tratamento com Ozempic ou Mounjaro entre maio de 2022 e setembro de 2023.
Cerca de 52% dos pacientes analisados são diagnosticados com diabetes tipo 2.
As reduções no peso corporal foram “significamente maiores” para aqueles que tomaram Mounjaro, segundo a Truveta Research.
A constatação dos pesquisadores foi de que os pacientes tratados com Ozempic tinham três vezes menos probabilidade de perder 15% do peso corporal do que os que tomavam o Mounjaro.
Enquanto isso, a probabilidade de atingir 10% de perda de peso era 2,6 vezes maior para quem tomava o medicamento produzido pela Eli Lilly.
Em três meses, enquanto as pessoas que ingeriram Ozempic perderam 3,6% do peso, as que tomaram Mounjaro perderam 5,9%.
Após seis meses de pesquisa, os adultos que utilizaram o medicamento da Eli Lilly perderam 10,1% do peso, enquanto os que fizeram uso do da Novo Nordisk perderam 5,9%.
Já em um ano, os pacientes que tomaram Mounjaro perderam 15,2% do peso, enquanto aqueles que tomaram Ozempic perderam 7,9%.
*Com informações da CNBC.
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan