Zuckerberg fez mágica? Lucro da Meta cai 55% no 4T22, mas ações da dona do Facebook disparam em Nova York; entenda por quê
Uma sombra já pairava sobre a Meta antes mesmo da divulgação dos resultados: a empresa perdeu um terço de seu valor de mercado no ano passado e anunciou a demissão de 11 mil funcionários; saiba o que provocou esse desempenho
Há uma semana, o chefe de tecnologia da Meta, Andrew “Boz” Bosworth, escreveu em seu blog que a dona do Facebook experimentou nos últimos anos a expansão de produtos, colocando esforços em muitos projetos diferentes. Em contraste, ele conta que, nos primeiros dias da empresa, Mark Zuckerberg dava muitos “nãos” a pedidos de investimento em áreas diversas.
A descrição de Bosworth oferece um exemplo de como a empresa pode sair do rumo, ainda que ele tenha afirmado que a Meta tem uma “oferta de recursos forte”.
Já faz algum tempo que o Metaverso vem consumindo recursos da empresa e levantado questões sobre se a aposta de Zuckerberg nessa área irá render frutos. Para piorar, as chamadas big techs ainda enfrentam uma onda de baixas nesse momento, com a desaceleração da economia dos EUA e tudo o que vem junto com esse pacote — inflação, juros altos e fuga de anunciantes.
Na última quarta-feira (01), a Meta reportou lucro líquido de US$ 4,652 bilhões no quarto trimestre de 2022, o que representa uma queda de 55% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita da empresa somou US$ 32,165 bilhões, resultado 4% menor na comparação anual.
No ano, o lucro líquido da dona do Facebook caiu 41%, para US$ 23,2 bilhões, enquanto a receita totalizou US$ 116,6 bilhões, uma baixa de 1% ante 2021.
- Leia também: Powell salvou o dia: a mensagem do chefão do Fed que trouxe alívio para Wall Street após o mercado azedar
Facebook: a reação do mercado
Uma sombra pairava sobre a Meta antes da divulgação dos resultados. Também, não é para menos: no ano passado a empresa perdeu um terço de seu valor de mercado.
Leia Também
- Não perca dinheiro em 2023: o Seu Dinheiro conversou com os principais especialistas do mercado financeiro e reuniu neste material as melhores oportunidades de investimentos em ações, BDRs, fundos imobiliários e muito mais. ACESSE AQUI GRATUITAMENTE
Além disso, em novembro, a dona do Facebook anunciou a demissão de 11 mil funcionários como parte de planos de corte de custos diante das dificuldades encontradas no mercado de publicidade on-line.
Assim que os resultados saíram, essa sombra desapareceu e o céu se abriu para a Meta. Ontem, as ações da dona do Facebook dispararam no after market em Nova York. Os papéis META chegaram a subir mais de 18% por lá.
Já nesta quinta-feira (02), antes da abertura dos negócios em Wall Street, as ações subiam 19,22% por volta das 10h10, negociadas a US$ 182,56.
Zuckerberg fez mágica para agradar o mercado?
Quase isso. Na verdade, um conjunto de fatores impulsionaram as ações da Meta em Nova York. O primeiro deles é que a dona do Facebook, embora tenha visto lucro e receita caírem, conseguiu superar as previsões do analistas — que esperavam um desempenho ainda mais nebuloso da empresa.
Confira abaixo o resultado da Meta versus as projeções da Bloomberg para o quarto trimestre:
- Receita: US$ 32,17 bilhões x US$ 31,65 bilhões esperados
- Receita com publicidade: US$ 31,25 bilhões x US$ 30,86 bilhões esperados
- Lucro por ação ajustado: US$ 1,76 real x US$ 2,26 esperado
- Usuários diários ativos do Facebook: 2 bilhões x 1,98 bilhões esperados
- Usuários diários ativos da família de apps: 2,96 bilhões x 2,92 bilhões esperados
- Perda operacional da Reality Labs: -US$ 4,28 bilhões x -US$ 3,99 bilhões esperados
Esses números encerram um ano difícil para a Meta, que também é dona do Instagram e do WhatsApp. Em 2022, as ações da empresa caíram cerca de 63% em um momento no qual a gigante da mídia social lutava contra a crescente concorrência do TikTok, aceleração da inflação e um mercado de publicidade digital praticamente estagnado.
Outro fator que pesou em favor da empresa na quarta-feira (01) foi o anúncio do aumento de US$ 40 bilhões em seu plano de recompra de ações. A Meta recomprou US$ 27,9 bilhões em ações no ano passado.
Além disso, a dona do Facebook informou que espera uma receita no primeiro trimestre de 2023 entre US$ 26 bilhões e US$ 28,5 bilhões.
O que dizem os analistas
Na visão de Richard Camargo, analista da Empiricus, o principal ponto do balanço que explica a disparada das ações no mercado norte-americano não foram os números trimestrais, mas sim "a mudança radical no tom de Mark Zuckerberg em relação aos últimos trimestres".
"O Zuck gastão, disposto a queimar todo o caixa da companhia para construir seu metaverso o mais rápido possível, deu lugar a um Zuck comedido, preocupado com a ineficiência operacional da companhia, com o ritmo da economia e disposto a desacelerar seus planos para preservar a saúde financeira do Meta."
"Desde o seu ponto mais baixo, alcançado em novembro do ano passado, as ações do Meta sobem mais de 80% e seguem como uma das principais posições do MoneyBets Metaverso, nosso portfólio na Empiricus focado em apostas altamente especulativas", concluiu o analista.
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado