JP Morgan está mais pessimista com setor de papel e celulose e corta recomendação para Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) — ações recuam na B3
Na avaliação do banco, os resultados de Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) para os próximos meses devem ser afetados pela cotação da celulose
Se em 2022 as fabricantes de papel e celulose surfaram a onda do preço elevado da celulose — figurando entre os destaques das temporadas de resultados — os próximos meses podem enfraquecer um pouco essa tendência. Pelo menos é a visão dos analistas do JP Morgan para a Suzano (SUZB3) e a Klabin (KLBN11).
Assim, com a previsão de lucro menor para este ano e também certas preocupações com a demanda da China, o banco cortou a recomendação das duas ações de compra para neutro.
O preço-alvo da Suzano passou de R$ 70,00 para R$ 56,00 — potencial de 19,7% de valorização. Já o da Klabin foi de R$ 36,00 para R$ 24,00 — a ação ainda pode subir 23,5%.
Os analistas também revisaram suas projeções para o preço da celulose branqueada de fibra curta neste ano, que passou de US$ 750 por tonelada para US$ 695.
O que mais afeta Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)
É bom explicar que ninguém espera que os preços da celulose despenquem, mas sim que haja uma normalização após vários meses de valores bastante acima da média. Não há nenhum desastre no horizonte quando falamos do preço da matéria-prima, mas qualquer mudança significativa na cotação inevitavelmente afeta o lucro das empresas.
Além disso, no caso da Klabin (KLBN11), o JP Morgan aponta preocupações com os custos da empresa e a necessidade de investimentos em capital (Capex), que devem ser mais elevados ao longo deste ano.
Leia Também
A equipe cita, em relatório, as dificuldades macroeconômicas do Brasil como outro fator de risco para a companhia.
- Como investir em 2023? Com o início do novo governo Lula, a guerra entre Ucrânia e Rússia e o medo de uma recessão nas principais economias do mundo, é normal que o investidor não saiba muito o que fazer agora. Por isso, este material exclusivo do Seu Dinheiro revela as melhores oportunidades de investimento nas principais classes de ativos para quem não quer perder dinheiro em 2023. CONFIRA AQUI GRATUITAMENTE
No caso da Suzano (SUZB3), além da normalização no preço da celulose e seus impactos no balanço, os analistas também citam a pressão dos investimentos em capital sobre o fluxo de caixa livre da fabricante.
O mercado ainda acompanha quando o Projeto Cerrado terá início, já que é uma das iniciativas de maior peso para a Suzano nos próximos anos e tem investimento estimado em R$ 19,3 bilhões.
Ações reagem na bolsa
Após a divulgação do relatório com projeções um pouco piores para as duas empresas, as ações SUZB3 e KLBN11 estão entre as principais baixas do dia na B3. Às 11h09, a primeira recuava 2,61%, cotada a R$ 45,55.
Por volta das 11h18, a queda da Klabin era de 2,11%, cotada a R$ 19,01.


Papel e celulose é a grande aposta da temporada de balanços
Se os próximos meses podem reservar lucros menores para Klabin e Suzano, o ano de 2022 foi muito bom para o setor.
Entre os poucos destaques seguramente bons da temporada de resultados do quarto trimestre, que começa hoje, o setor de papel e celulose é citado entre aqueles com maiores chances de brilhar.
O que deve impulsionar as duas companhias são o bom controle de custos, um aumento nos volumes vendidos e, principalmente, o preço da celulose.
Ao longo de 2022, o preço da matéria-prima chegou ao recorde de US$ 910 por tonelada no mês de julho e fechou o ano na média de US$ 860 por tonelada.
A receita em dólares também ajuda a impulsionar os resultados.
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
