Grupo Petrópolis, da cerveja Itaipava, apresenta nova proposta de recuperação judicial
Grupo Petrópolis detém participação de 13% no mercado de cervejas do País e afirma ser responsável por mais de 24 mil empregos diretos
O grupo Petrópolis, dono das marcas de cerveja Itaipava, Crystal e Petra, apresentou nesta quarta-feira uma segunda proposta de plano de recuperação judicial.
O documento, entregue à 5ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, prevê o pagamento de dívidas na casa dos R$ 5,5 bilhões com continuidade das operações.
Segundo fontes, uma primeira versão já havia sido apresentada no prazo legal de 60 dias após a Justiça autorizar a Recuperação Judicial (RJ) em 13 de abril.
Mas, em assembleia de credores realizada na semana passada, os próprios representantes do grupo solicitaram adiamento para apresentação de um novo documento até ontem.
Com a nova proposta em mãos, os credores vão apreciar e votar pelo acolhimento ou não na próxima segunda-feira, 11.
A DINHEIRISTA - Ajudei minha namorada a abrir um negócio e ela me deixou! Quero a grana de volta, o que fazer?
Petrópolis propõe vender ativos
Entre as medidas listadas na nova proposta para o pagamento das dívidas estão a venda de unidades produtivas isoladas (UPIs). Isso inclui parte da frota de caminhões, parte ou totalidade dos ativos de energia.
Leia Também
O grupo também pede a "concessão de prazos e condições especiais de pagamento de obrigações" e "equalização dos encargos financeiros".
Segundo os documentos entregues ontem, o plano prevê ainda que as empresas do grupo possam obter novos recursos "junto a credores, instituições financeiras, investidores ou outros interessados em fazer aportes nas empresas", desde que as operações não atrapalhem a execução da RJ.
O Grupo Petrópolis detém participação de 13% no mercado de cervejas do País. A empresa afirma ser responsável por mais de 24 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, além de ter recolhido aos cofres públicos mais de R$ 20 bilhões no período de 2018 a 2022.
O grupo alega crise de liquidez em função de forte redução de receita. As vendas recuaram de 31,2 milhões de hectolitros de bebidas vendidos em 2020 para 24,1 milhões de hectolitros em 2022.
- LEIA TAMBÉM: Sócio e filho de Lemann sabiam de rombo na Americanas (AMER3), acusa ex-CEO — veja o que mais ele disse
Como o grupo pretende pagar os credores
Para os credores trabalhistas, os valores até 150 salários mínimos serão pagos em 12 parcelas, sendo a primeira de R$ 6,6 mil e as outras 11 em valores iguais até o limite de R$ 198 mil, sem deságio e corrigidos pelo IPCA desde a data da homologação do desligamento, e sem período de carência. Excedentes a esses valores respeitarão condições específicas.
Os credores com garantia real que não optarem por ser enquadrados como fornecedores ou financeiros colaboradores serão pagos com deságio de 70% em cima do valor nominal do crédito, correção monetária variando em função da moeda, e carência até 2035. Se for em real, correção pelo IPCA com teto de 1,5% ao ano.
Já os credores quirografários, que não são trabalhistas e nem têm garantia real, terão de escolher dentro de dez dias entre duas opções de pagamento.
Na primeira, chamada A, serão pagos R$ 10 mil por credor em até 30 dias da homologação e, na segunda, o pagamento será feito com deságio de 70% sobre o valor nominal do crédito, carência até 2035 e correção nos mesmos termos dos credores com garantia real, a depender da moeda.
No mesmo prazo (dez dias), os credores que são empresas de pequeno porte ou microempresas, e não se encaixam em nenhuma das classes acima, deverão optar por receber R$ 3,5 mil em 30 dias ou receber o valor do crédito com deságio de 70% até 2035 corrigido pelo IPCA até 1,5% ao ano.
Credores colaboradores
As condições de pagamento das dívidas se tornam mais vantajosas para credores que optarem por atuar como "credores colaboradores". Ou seja, que continuarem a fornecer serviços ou produtos para as empresas do grupo Petrópolis.
Nesses casos, as facilidades variam de acordo com a classe, mas os prazos de carência recuam significativamente, para 36 meses ou menos, o deságio diminui ou acaba e os créditos são pagos em parcelas crescentes, que somam até 84 meses.
Mas, para alcançar a condição, esses credores têm de aprovar o plano em assembleia, aceitar o compromisso de não litigar no transcorrer do processo e atender a pelo menos um de vários critérios, como fornecer há mais de cinco anos ou seguir fornecendo nas mesmas condições anteriores à RJ ou às que são dadas às empresas concorrentes.
Segundo Renato Scardoa, sócio do Scardoa e Del Sole Advogados, que representa um grupo de credores fornecedores, esse é um dos pontos mais debatidos do processo de RJ do Grupo Petrópolis.
Para o advogado, há insegurança com relação à definição dos credores colaboradores, o que foi dirimido pela criação de uma carta de intenções a ser preenchida por eles, mas que ainda não tem caráter automático claro.
Esses credores pedem maiores garantias de que serão considerados colaboradores no processo antes de aderirem ao plano.
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço