Exxon anuncia a compra de rival por quase US$ 60 bilhões — e faz sua maior aquisição em 25 anos
Na visão da Exxon Mobil, a aquisição da concorrente Pioneer se trata de uma oportunidade única de criação de valor e deve gerar retornos de dois dígitos no futuro

A manhã começou agitada para o setor de óleo e gás. A multinacional Exxon Mobil decidiu abocanhar a concorrência e fechou nesta quarta-feira (11) a compra da rival Pioneer Natural Resources por US$ 59,5 bilhões — equivalente a R$ 299,73 bilhões, nas cotações atuais.
Trata-se do maior negócio da Exxon desde a fusão com a Mobil, em 1998, quando fechou a aquisição por US$ 82,8 bilhões.
O montante representa a aquisição de todas as ações da Pioneer por US$ 253 por papel. O valor corresponde a um prêmio de aproximadamente 18% em relação ao preço de fechamento das ações em 5 de outubro.
De acordo com os termos do acordo, os acionistas da empresa adquirida receberão 2,3234 ações da ExxonMobil para cada ação da Pioneer assim que a transação for concluída.
Se considerada a dívida líquida, o valor empresarial total da transação é de aproximadamente US$ 64,5 bilhões.
Vale destacar que a operação ainda está sujeita a aprovações regulatórias e à aprovação dos acionistas da Pioneer.
Leia Também
A previsão é que o negócio seja fechado no primeiro semestre de 2024.
Mais lucros na conta
Na visão da Exxon Mobil, a aquisição se trata de uma oportunidade única de criação de valor. A transação deve gerar retornos de dois dígitos no futuro, nas contas da companhia.
De acordo com a empresa, a fusão deve impactar positivamente os resultados já no curto prazo, com um efeito ainda mais forte a médio e longo prazo para os lucros por ação e o fluxo de caixa livre da ExxonMobil.
Além disso, para a Exxon, o negócio resultará em sinergias significativas e em potencial de crescimento adicional que será compartilhado pelos acionistas.
“O forte balanço patrimonial da ExxonMobil, combinado com o fluxo de caixa livre excedente adicional da Pioneer, oferece uma oportunidade positiva para melhorar os retornos de capital dos acionistas após o fechamento [da operação].”
- ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? Analistas da Empiricus Research revelam suas principais recomendações para o mês em entrevista completa para o Youtube do Seu Dinheiro. Assista agora:
As sinergias da fusão da Exxon Mobil e da Pioneer
Segundo o comunicado à imprensa, a compra “transforma o portfólio” da Exxon Mobil, uma vez que aumentará a produção da empresa enquanto contará com menor custo de fornecimento e flexibilidade de capital.
Além disso, a operação mais do que dobrará a presença da empresa na Bacia do Permiano, um extenso depósito de óleo de xisto e betume existente no subsolo da América do Norte.
Isso porque a fusão combinará a área de atuação ainda não explorada da Pioneer na Bacia de Midland com a região da ExxonMobil nas Bacias de Delaware e Midland.
Juntas, as empresas terão cerca de 16 bilhões de barris equivalentes de recursos de petróleo na bacia do Permiano.
“A Pioneer é uma líder incontestável na bacia do Permiano, com uma base de ativos única e pessoas com profundo conhecimento do setor. As capacidades combinadas das nossas duas empresas proporcionarão a criação de valor a longo prazo muito superior ao que qualquer uma das empresas é capaz de fazer isoladamente”, afirmou o CEO da ExxonMobil, Darren Woods, em comunicado à imprensa.
Com a aquisição, o volume de produção da ExxonMobil na Bacia do Permiano mais que dobraria em relação aos volumes de 2023, para 1,3 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boepd), e deverá aumentar para aproximadamente 2 milhões de boepd em 2027.
A Exxon Mobil projeta que a combinação dos estoques e conhecimento da Pioneer na bacia do Permiano com as tecnologias, recursos financeiros e desenvolvimento de projetos líderes da Exxon no setor gere retornos de dois dígitos.
Segundo a empresa, a transação é uma “oportunidade única de fornecer eficiência de capital e desempenho de custos”, além de aumentar a produção.
Com o negócio, a Exxon Mobil precisará perfurar menos poços e em uma superfície menor, além de permitir um maior desenvolvimento da automação de campo, o que otimiza o rendimento e os custos da produção.
Vale (VALE3) consegue licença para projeto de US$ 290 milhões no Pará; ações sobem mais de 3% na bolsa
A mineradora informou que investirá os recursos na fase de implantação do novo projeto, que pretende dobrar a produção de cobre na próxima década
Americanas (AMER3) consegue “colher de chá” de R$ 500 milhões para pagar o que deve à União
Em meio à recuperação judicial, a varejista alcançou um acordo com a PGFN para quitar dívidas fiscais milionárias
Acionistas minoritários são favoráveis à fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — mas ainda há outras etapas para oficializar o casamento
Nos votos à distância reportados pela BRF, houve 35% favoráveis à fusão, ante 16% contrários
Do canteiro de obras ao mercado financeiro: como uma incorporadora de alto padrão conseguiu captar meio bilhão com títulos verdes
Tegra estrutura política de sustentabilidade e capta R$ 587 milhões com debêntures e CRI verdes; experiência aponta caminhos possíveis para o setor
Nelson Tanure contrata Rothschild para estruturar oferta pela Braskem (BRKM5), diz jornal
O empresário pretende adquirir a participação da Novonor indiretamente, comprando as ações da holding que controla a fatia da petroquímica
Alpargatas (ALPA4) fecha acordo com Eastman Group, que será distribuidora exclusiva da Havaianas nos Estados Unidos e Canadá
O acordo de distribuição marca uma mudança importante no modelo de operação da companhia na América do Norte
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), fecha contrato bilionário para decolar com seus ‘carros voadores’ nos céus de São Paulo
Atualmente, a capital paulista possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil decolagens e aterrissagens diárias
“Investir sem se preocupar com impacto é quase uma irresponsabilidade”, afirma Daniel Izzo, da Vox Capital
O sócio-fundador da primeira venture capital de impacto do país conta como o setor vem se desenvolvendo, quem investe e os principais desafios para a sua democratização
Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional