Dividendos à vista: Méliuz anuncia que dinheiro da venda do Bankly irá para os acionistas e ações disparam
A companhia está no estágio final de negociação para vender o Bankly para o banco BV, o que deve acontecer até o final de março
A Méliuz (CASH3) anunciou nesta quarta-feira (15) que o dinheiro proveniente da venda do Bankly será distribuído aos acionistas da companhia. A informação foi comunicada durante teleconferência com analistas para comentar os resultados da empresa de cashback no quarto trimestre de 2022, publicados na noite de ontem (14).
“Ainda estamos dependendo de aprovações internas, mas tudo indica que o valor recebido pela venda do Bankly o Méliuz vai distribuir na forma de proventos para seus acionistas. A gente vai informar isso ao mercado quando tiver a informação certinha”, disse o diretor de relações com investidores, Marcio Penna.
A ação da Méliuz disparou após a teleconferência e chegou a subir mais de 15% no dia.
A Méliuz está no estágio final de negociação para vender o Bankly para o banco BV, o que deve acontecer até o final de março. O valor de firma — ou seja, que inclui as dívidas — da operação é de R$ 210 milhões. A expectativa é de que a aprovação regulatória do Banco Central pela venda do Bankly venha ainda neste ano.
Na semana passada, a Méliuz concluiu um acordo comercial com o BV que permitirá à empresa de cashback ofertar produtos e serviços financeiros no modelo asset light. Isto significa que a Méliuz deixa de assumir custos e despesas relacionados aos produtos e passa a focar apenas na experiência do usuário. A remuneração da companhia acontecerá por cartão de crédito ou conta ativados, além de um percentual atrelado ao volume total de pagamentos (TPV) do cartão.
O BV, por meio de seu fundo de Corporate Venture Capital (CVC), adquiriu ações ordinárias dos diretores Israel Fernandes Salmen, André Amaral Ribeiro e Lucas Marques Peloso Figueiredo correspondentes a 3,85% do capital social da Méliuz. O preço pago por ação foi de R$ 1,5354472.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Além disso, o BV ainda tem opção de compra da fatia de aproximadamente 20% restantes da Méliuz nas mãos dos acionistas fundadores. O preço para exercer essa opção seria de R$ 1,50 por ação ajustado pelo CDI nos primeiros seis meses após o acordo. Depois desse período, o preço seria o valor mais alto entre R$ 1,50 por ação ajustada pelo CDI ou um desconto de 10% do preço de fechamento do papel nas últimas 30 sessões. De acordo com Penna, o BV tem um prazo de dois anos para exercer a opção de compra.
- Leia mais: É hora de comprar ações da Méliuz (CASH3)?
Méliuz em 2022
A Méliuz registrou prejuízo líquido de R$ 5,4 milhões no quarto trimestre de 2022, o que representa uma melhora tanto na comparação com o período anterior quanto com o mesmo período do ano retrasado. O número foi ajustado para excluir R$ 31 milhões em itens extraordinários.
Desconsiderando esse ajuste, o prejuízo líquido foi de R$ 36 milhões, o que representaria um crescimento tanto na base trimestral quanto na base anual.
Excluindo a operação do Bankly, no entanto, o resultado da Méliuz se transforma em lucro líquido de R$ 2,8 milhões no quarto trimestre.
A receita do marketplace descontadas as despesas com cashback foi de R$ 28 milhões, um crescimento de 22% no trimestre e na comparação com o mesmo período de 2021.
- Você investe em ações, renda fixa, criptomoedas ou FIIs? Então precisa saber como declarar essas aplicações no seu Imposto de Renda 2023. Clique aqui e acesse um tutorial gratuito, elaborado pelo Seu Dinheiro, com todas as orientações sobre o tema.
Para o BTG Pactual, o lado positivo do resultado é que a Méliuz queimou "apenas" R$ 1 milhão de caixa e, com a venda do Bankly, deverá se tornar geradora de caixa.
"Com a venda integral do Bankly, a posição de caixa da controladora Méliuz aumentará R$ 210 milhões, para R$ 628 milhões, o que também melhora os ganhos por meio de resultados de caixa mais fortes", afirmou o BTG em relatório. O banco reiterou a recomendação de compra para a ação e calcula preço-alvo de R$ 1,70.
A Genial Investimentos também espera bons frutos da parceria com o BV e acredita que os resultados podem começar a aparecer já no segundo semestre deste ano. Caso isso se confirme, a casa estima que a Méliuz atinja o breakeven operacional a partir do terceiro trimestre deste ano. A Genial também recomenda compra da ação e tem preço-alvo de R$ 1,50.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
