Lemann e sócios aceitam colocar ainda mais dinheiro para salvar a Americanas (AMER3)
Injeção de novo dinheiro aconteceria em dois aumentos adicionais de R$ 1 bilhão cada na Americanas (AMER3), mediante determinadas condições
Como era esperado, o plano de recuperação judicial da Americanas (AMER3) já foi alterado e, desta vez, a companhia trouxe a novidade que os credores estavam esperando — os acionistas de referência estão dispostos a colocar mais R$ 2 bilhões para salvar a empresa, além daqueles R$ 10 bilhões já propostos.
Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a ideia é que Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira façam dois aumentos de capital adicionais, de R$ 1 bilhão cada.
Mas, calma, não é tão simples assim: ainda de acordo com o fato relevante, esses novos aportes seriam feitos apenas se a Americanas atingir determinados limites de alavancagem financeira ou, ainda, fique abaixo de certo nível mínimo de liquidez.
Tais limites e datas para a análise dessas condições não foram revelados.
Credores já queriam R$ 2 bilhões a mais para fechar acordo
Com essa notícia, a esperança que fica é de que o acordo entre os acionistas de referência e a Americanas (AMER3) seja firmado de vez, já que essa era uma condição bastante exigida para que tudo acontecesse.
- Você investe em ações, renda fixa, criptomoedas ou FIIs? Então precisa saber como declarar essas aplicações no seu Imposto de Renda 2023. Clique aqui e acesse um tutorial gratuito, elaborado pelo Seu Dinheiro, com todas as orientações sobre o tema.
Na semana passada, fontes ouvidas pela Bloomberg Línea afirmaram que bancos e detentores de títulos querem que o trio de bilionários injete R$ 12 bilhões na empresa para que um entendimento seja alcançado. Até então, a proposta oficial era de R$ 10 bilhões.
Leia Também
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
Ainda segundo a agência, as negociações estão avançando e os credores podem aceitar o pacote de troca de dívida por participação acionária proposto pela varejista.
Como pode ser a nova Americanas (AMER3)
Da maneira como a proposta foi formalizada, com base num aporte de R$ 10 bilhões, a Americanas (AMER3) ficaria quase inteira nas mãos de Jorge Paulo Lemann, de seus sócios Beto Sicupira e Marcel Telles, e dos bancos credores.
Além do valor que os acionistas de referência podem colocar no negócio, há também a possibilidade de os credores fazerem o mesmo, recebendo ações em troca da dívida.
- Americanas que nada: Lemann surpreende e lidera investimento de 200 milhões em outra empresa que possui tecnologia capaz de deixar qualquer investidor milionário a partir de segunda. [Veja qual clicando aqui]
Lemann, Telles e Sicupira já se comprometeram a entrar com todo o dinheiro novo na Americanas caso os demais acionistas não queiram participar da capitalização. Mas é improvável que eles façam isso se não houver a contrapartida dos credores.
O Seu Dinheiro fez então um exercício para calcular como ficaria o cenário após a execução do plano. Para isso, estipulamos as seguintes premissas:
- Preço por ação: R$ 1,50 (estimativa conservadora, dado que a ação negocia na casa de R$ 1,00 atualmente);
- Nenhum minoritário acompanha o aumento de capital (eles têm o direito de fazer isso, mas não devem exercer);
- O trio de acionistas de referência coloca R$ 10 bilhões, enquanto os bancos e credores capitalizam a empresa com mais R$ 10 bilhões em créditos.
Dessa forma, haveria uma enxurrada de 13,3 milhões de novas ações AMER3 no capital. Os acionistas de referência ficariam com 48,74% da empresa, enquanto os bancos ficariam com 46,83%. Apenas 4,43% dos papéis estariam nas mãos de outros acionistas.
VEJA TAMBÉM - Americanas não foi o único fracasso de Lemann: veja outros 3 grandes desastres na carreira do bilionário
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
