As promoções de “Pague 4, Leve 3” e suas comuns variações no comércio deram bons resultados para a Páscoa da Americanas (AMER3). A data era vista, pela companhia, como um "teste de fogo” da credibilidade de sua marca entre os consumidores em meio à recuperação judicial.
E, aparentemente, a varejista conquistou o selo de aprovação, com a venda de cerca de 150 milhões de itens durante o período comemorativo — o valor total arrecadado não foi divulgado. Entre os produtos mais comprados estão os ovos exclusivos da D’elicce.
Segundo a Americanas, a Black Friday de Páscoa — que ocorreu no feriado nacional de Sexta-feira Santa — rendeu à companhia um crescimento de 10% em vendas em relação ao mesmo dia no ano passado.
Ainda de acordo com a varejista, um a cada 16 brasileiros comprou os ovos de Páscoa na Americanas neste ano.
Força-tarefa de Páscoa
As negociações para a Páscoa começaram logo após o pedido de recuperação judicial, em janeiro deste ano, com a descoberta do rombo contábil de R$ 20 bilhões.
Isso porque a organização para um evento importante acontece ao longo de 12 meses que antecedem a data comemorativa, mas os contratos são fechados no primeiro trimestre do ano — justamente na época que escândalo contábil da varejista veio à tona.
Com a expectativa de crescimento nas vendas, a empresa conseguiu garantir a compra de 13 milhões de itens, entre ovos de chocolates e outros produtos temáticos de Páscoa, com pagamentos à vista e antecipados em fevereiro.
Além disso, a Americanas apostou na contratação de funcionários temporários. Cerca de mil pessoas foram admitidas, entre os dias 5 e 10 de abril, para as funções de operador de caixa em mais de 1.700 lojas abertas em todo o país.
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Recuperação judicial da Americanas
No início do mês, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, afirmou que a varejista deve pagar um pouco mais da metade da dívida com os credores — que soma cerca de R$ 43 bilhões — e, que, em razão da recuperação judicial, a companhia é "um canal dos mais confiável para o novo fornecedor", já que não pode atrasar pagamentos.
"O plano prevê que a gente vai conseguir pagar na média da massa dos credores algo como 55% das nossas dívidas. A recuperação de um credor colaborador pode ser 100%, assim como o credor com dívida de até R$ 12 mil. É um plano bastante ajustado. O desconto grande que puxa para baixo está do lado do financeiro — credores que emprestaram dinheiro à empresa. O desconto no financeiro é fundamental para ter ajuste de balanço", afirmou Coelho ao jornal O Globo.