As demissões anunciadas no início do ano não foram suficientes para a Amazon. A gigante de tecnologia começou uma nova rodada de desligamentos nesta quarta-feira (26), que afeta principalmente as áreas de nuvem e recursos humanos.
Dessa vez, os cortes impactaram as equipes dos EUA, Canadá e Costa Rica e ainda fazem parte do plano de redução da força total de trabalho, de 9 mil pessoas, anunciado em março pela companhia.
Em e-mail aos funcionários, o CEO da Amazon Web Services, Adam Selipsky, afirmou que as demissões ocorrem em um movimento de concentração de recursos e esforços para as principais prioridades — “mais importam para o cliente e para o negócio”.
“Em muitos casos, isso significa que os membros da equipe estão mudando os projetos, iniciativas ou equipes nas quais trabalham; no entanto, em outros casos, resultou nessas eliminações de função.”
Na mesma linha, a chefe de recursos humanos, Beth Galetti, disse em e-mail aos funcionários da áreas que os “líderes da empresa trabalharam em estreita colaboração com suas equipes para decidir quais investimentos farão para o futuro, priorizando o que é mais importante para os clientes e a saúde de longo prazo de nossos negócios”.
Na semana passada, a Amazon realizou cortes nas áreas de publicidade, desenvolvimento de jogos virtuais — a Amazon Games — e Twitch — plataforma de transmissão ao vivo controlada pela gigante de tecnologia.
Por fim, a empresa de Jeff Bezos deve reportar o balanço do primeiro trimestre de 2023 nesta quinta-feira (27) depois do fechamento dos mercados.
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Cortes aqui, cortes acolá na Amazon
As demissões na Amazon começaram ainda no ano passado. O primeiro anúncio de corte na força de trabalho aconteceu em novembro de 2022, em uma temporada de desligamentos em massa nas big techs.
Até então, a previsão era que o enxugamento da folha de pagamento atingisse até 10 mil pessoas. Mas, dois meses depois, esse número foi atualizado.
Em janeiro, o CEO da companhia, Andy Jassy, disse que a “economia incerta” e o “excesso” de contratação nos últimos anos resultaria em um corte ainda maior: de até 18 mil funcionários.
Logo depois, em março, a empresa encerrou a segunda fase do processo orçamentário anual, conhecido pelos funcionários como “OP2”. De acordo com o comunicado do CEO, o principal objetivo da companhia “era ser mais enxuto” — o que resultou na previsão de desligamento de mais 9 mil funcionários.
Segundo o plano, essa nova rodada de demissões impactam principalmente os negócios de infraestrutura em nuvem (AWS, na sigla em inglês), a área de experiência de pessoas e soluções de tecnologia (PXT), publicidade e a Twitch.
Por fim, a Amazon é a empresa com o corte mais agressivo no quadro de funcionários entre as big techs. Ao todo, cerca de 27 mil pessoas serão afetadas pela medida, em um período de 12 meses.
*Com informações de CNBC