A Gol (GOLL4) pode dar calote? Agência de risco rebaixa nota após empresa aérea contratar consultoria para negociar dívida
Pressão no fluxo de caixa resulta num perfil de dívida insustentável para a Gol, apesar da melhoria do desempenho operacional, segundo a Fitch Ratings

A turbulência financeira da Gol (GOLL4) ganhou um novo capítulo na sexta-feira à noite com a contratação da consultoria Seabury Capital para uma "ampla revisão de sua estrutura de capital".
O anúncio não passou batido pela Fitch Ratings, que decidiu rebaixar a nota de crédito da empresa aérea em dois níveis — de 'CCC+' para 'CCC-'. Assim, a classificação da Gol ficou ainda mais perto do nível que a agência de risco entende como o de calote.
O rebaixamento reflete o maior risco de que a Gol venha a fazer uma reestruturação mais ampla da dívida, de acordo com a Fitch.
"O aumento nos pagamentos de leasing de aeronaves após o adiamento durante a pandemia, além das elevadas taxas de juros, têm pressionado o fluxo de caixa da Gol", escreveu a agência.
Ao contrário de outras companhias aéreas da região, a Gol ainda não concluiu uma renegociação completa das obrigações com leasing.
Ainda de acordo com a Fitch, a pressão recorrente no fluxo de caixa resulta num perfil de dívida insustentável, apesar da melhoria do desempenho operacional da Gol.
Leia Também
A dívida de curto prazo da empresa aérea no terceiro trimestre era de R$ 2,9 bilhões. Desse total, R$ 1,1 bilhão era dívida financeira e R$ 1,8 bilhão eram obrigações com leasing.
Enquanto isso, o caixa disponível da Gol era de apenas R$ 905 milhões, de acordo com os critérios critérios da Fitch.
A Gol conta ainda com aproximadamente US$ 200 milhões de uma linha de crédito concedida pela Abra, controladora da companhia e da colombiana Avianca. O dinheiro faz parte de outra reestruturação que a empresa aérea promoveu em março deste ano.
A DINHEIRISTA - BOOKING ME DEIXOU ‘SEM TETO’: ALUGUEI UM QUARTO E FIQUEI SEM TER PRA ONDE IR
Gol (GOLL4) vive bom momento operacional
A situação financeira da Gol contrasta com o bom momento operacional da companhia. No mesmo relatório em que rebaixa a empresa, a Fitch destaca a melhora nos níveis de tráfego de passageiros e maior rentabilidade.
Além disso, a empresa se favorece de menos impostos, preços menores de combustíveis e melhorias na estrutura de custos, de acordo com a agência de risco.
"A demanda do mercado interno brasileiro se recuperou fortemente, com o tráfego de passageiros crescendo 5% nos primeiros 10 meses do ano em comparação com o mesmo período de 2019 (nível pré-pandemia)", destaca a Fitch.
LEIA TAMBÉM:
Assim, a agência projeta um Ebitda (indicador que o mercado usa como uma medida da capacidade de geração de caixa de uma empresa) de R$ 4,8 bilhões para a Gol em 2024.
O problema é que o Ebitda desconsidera uma série de custos com efeito no caixa, incluindo as dívidas e investimentos na frota. Nas contas da Fitch, o fluxo de caixa da Gol deve ser negativo em R$ 1,6 bilhão neste ano e R$ 1,1 bilhão em 2024.
Nova bolsa de derivativos A5X capta R$ 200 milhões em terceira rodada de investimentos. O que isso significa para a B3 (B3SA3)?
Valor arrecadado pela plataforma será usado para financiar operações e ficar em dia com exigência do BC
Itaú BBA inicia cobertura das construtoras brasileiras de baixa renda e já tem sua favorita
Para o banco, as construtoras estão em seus melhores dias devido à acessibilidade no nível mais alto já registrado
99 Food acelera investimentos no Brasil e intensifica batalha com iFood pelo delivery de comida brasileiro
A companhia agora prevê investir R$ 2 bilhões no primeiro ano de operação. O que está por trás da estratégia?
Prio (PRIO3) recebe aval final do Ibama e obtém licença para instalação dos poços de Wahoo, no Espírito Santo
Com a autorização, a petroleira iniciará a interligação submarina (tieback) de até onze poços à unidade flutuante de Frade
BTG eleva preço-alvo da Vale (VALE3) e prevê dividendos extraordinários, mas não muda recomendação; é hora de comprar?
Estratégia comercial e redução de investimentos contribuem para elevação do preço-alvo do ADR para US$ 11, enquanto valuation e fluxo de caixa fazem o banco “pensar duas vezes”
Itaú BBA sobre Eletrobras (ELET3): “empresa pode se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor elétrico”
Se o cenário de preços de energia traçado pelos analistas do banco se confirmar, as ações da companhia elétrica passarão por uma reprecificação, combinando fundamentos sólidos com dividend yields atrativos
O plano do Google Cloud para transformar o Brasil em hub para treinamento de modelos de IA
Com energia limpa, infraestrutura moderna e TPUs de última geração, o Brasil pode se tornar um centro estratégico para treinamento e operação de inteligência artificial
Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master
Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?
Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão
Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje
A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?
Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?
Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?
Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização
O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil
Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento
Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais
Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo
Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência
Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe
Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco
Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG
Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas