A desculpa da Enel não colou? Prefeito de São Paulo pede para cancelar contrato após capital ficar sem luz de novo
Presidente da companhia italina presta depoimento à CPI, se arrepende de declarações dadas no dia do apagão e fala sobre indenização a clientes
A cidade de São Paulo ficou sem luz novamente no feriado da Proclamação da República, celebrado na quarta-feira (15) — e até para o prefeito Ricardo Nunes foi demais. O emedebista colocou em xeque a concessão da Enel Distribuição na capital após uma nova queda de energia causada pelas chuvas.
O prefeito, que deve concorrer nas eleições do ano que vem, pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato com a companhia.
"O problema é grave, e não é só por conta da falta de resposta nesses adventos das rajadas de vento e das chuvas, já é um problema que a prefeitura vem discutindo a bastante tempo, eles precisam melhorar muito", disse Nunes em entrevista coletiva.
Entre as questões que vinham sendo discutidas com a Enel, o prefeito citou a ligação de energia de cinco UBS — que segue pendente — e a impossibilidade de inauguração de um conjunto habitacional na Vila Olímpia que, há cinco meses, não tem instalação elétrica.
São Paulo sem luz
Quase 290 mil clientes da Enel ficaram no escuro ontem à noite, depois das chuvas que atingiram a região metropolitana de São Paulo — 80 mil deles acordaram apenas com a luz do sol nesta quinta-feira (16).
E ainda houve quem estivesse sem energia na tarde de hoje. Segundo a Enel Distribuição São Paulo, o fornecimento foi restabelecido para mais de 93% dos clientes impactados pelas fortes chuvas de ontem, desta vez com rajadas de vento de 56 km/h.
Leia Também
O temporal provocou queda de árvores inteiras sobre a rede e arremessou galhos e outros objetos sobre a fiação. As regiões Norte e Oeste foram os locais mais afetados.
O presidente da Enel no Brasil, Nicolas Cotugno, prometeu reforçar o quadro de funcionários para os próximos dias, com a previsão de altas temperaturas e fortes chuvas, o que eleva o risco da falta de luz.
No entanto, o executivo não afastou possibilidades de novos apagões. "Seria desonesto se digo que, com vento de 100 quilômetros por hora, dará tudo certo. Não quero falar isso, seria falta de respeito. Estamos, sim, muito mais preparados para mitigar os impactos", admitiu.
TOUROS E URSOS - A ‘mamata’ do 1% ao mês com renda fixa acabou. E agora?
A CPI da Enel
Cotugno foi convocado a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel: "Não é para nos desculparmos, não. O vento foi absurdo", disse o executivo três dias depois de um apagão afetar milhões de pessoas.
A declaração pegou mal e na abertura do seu depoimento desta quinta, o executivo italiano disse que não foi bem interpretado e pediu desculpas.
"Não era a mensagem que eu queria passar. Eu, pessoalmente, e a empresa, fortemente, pedimos desculpas. Não usamos vento, árvores como desculpas", disse Cotugno.
"Sentimos a responsabilidade nos momentos normais, ainda mais neste momento."
Ao longo do depoimento, deputados questionaram se a Enel tem plano de indenização para os clientes que perderam itens essenciais com a falta de luz, como alimentos e remédios, ou não abriram seus negócios.
"É possível sair daqui com uma palavra do senhor sobre um plano da Enel para ressarcir as pessoas?", indagou o deputado Thiago Auricchio (PL), presidente da CPI.
Cotugno não se comprometeu com nenhum prazo, mas disse acreditar que dará uma resposta aos pedidos de indenizações até o dia 28. A concessionária deverá se reunir com o órgão de defesa do consumidor por esses dias.
Ele também teve que responder sobre a redução de funcionários desde quando assumiu a concessão da distribuição de eletricidade na região metropolitana de São Paulo em 2018.
Entre 2019 e 2022, o número de colaboradores próprios e terceirizados caiu de 23,8 mil para 15,3 mil.
"O volume da força de trabalho [nas ruas] não se reduziu, houve um equilíbrio entre interno e externo. Não é uma força de trabalho menor. No mesmo período, a gente investiu em tecnologia para obter resultado melhor", afirmou.
Cogna (COGN3), Cury (CURY3), Axia (AXIA3) e mais: o que levou as 10 ações mais valorizadas do Ibovespa em 2025 a ganhos de mais de 80%
Com alta de mais de 30% no Ibovespa no ano, há alguns papéis que cintilam ainda mais forte. Entre eles, estão empresas de educação, construção e energia
R$ 90 bilhões em dividendos, JCP e mais: quase 60 empresas fazem chover proventos às vésperas da taxação
Um levantamento do Seu Dinheiro mostrou que 56 empresas anunciaram algum tipo de provento para os investidores com a tributação batendo à porta. No total, foram R$ 91,82 bilhões anunciados desde o dia 1 deste mês até esta data
Braskem (BRKM5) é rebaixada mais uma vez: entenda a decisão da Fitch de cortar o rating da companhia para CC
Na avaliação da Fitch, a Braskem precisa manter o acesso a financiamento por meio de bancos ou mercados de capitais para evitar uma reestruturação
S&P retira ratings de crédito do BRB (BSLI3) em meio a incertezas sobre investigação do Banco Master
Movimento foi feito a pedido da própria instituição e se segue a outros rebaixamentos e retiradas de notas de crédito de agências de classificação de risco
Correios precisam de R$ 20 bilhões para fechar as contas, mas ainda faltam R$ 8 bilhões — e valor pode vir do Tesouro
Estatal assinou contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos, mas nova captação ainda não está em negociação, disse o presidente
Moura Dubeux (MDNE3) anuncia R$ 351 milhões em dividendos com pagamento em sete parcelas; veja como receber
Cerca de R$ 59 milhões serão pagos como dividendos intermediários e mais R$ 292 milhões serão distribuídos a título de dividendos intercalares
Tupy (TUPY3) convoca assembleia para discutir eleição de membros do Conselho em meio a críticas à indicação de ministro de Lula
Assembleia Geral Extraordinária debaterá mudanças no Estatuto Social da Tupy e eleição de membros dos conselhos de administração e fiscal
Fundadora da Rede Mulher Empreendedora, Ana Fontes já impactou mais de 15 milhões de pessoas — e agora quer conceder crédito
Rede Mulher Empreendedora (RME) completou 15 anos de atuação em 2025
Localiza (RENT3) e outras empresas anunciam aumento de capital e bonificação em ações, mas locadora lança mão de ações PN temporárias
Medidas antecipam retorno aos acionistas antes de entrada em vigor da tributação sobre dividendos; Localiza opta por caminho semelhante ao da Axia Energia, ex-Eletrobras
CVM inicia julgamento de ex-diretor do IRB (IRBR3) por rumor sobre investimento da Berkshire Hathaway
Processo surgiu a partir da divulgação da falsa informação de que empresa de Warren Buffett deteria participação na resseguradora após revelação de fraude no balanço
Caso Banco Master: Banco Central responde ao TCU sobre questionamento que aponta ‘precipitação’ em liquidar instituição
Tribunal havia dado 72 horas para a autarquia se manifestar por ter optado por intervenção em vez de soluções de mercado para o banco de Daniel Vorcaro
Com carne cara e maior produção, 2026 será o ano do frango, diz Santander; veja o que isso significa para as ações da JBS (JBSS32) e MBRF (MBRF3)
A oferta de frango está prestes a crescer, e o preço elevado da carne bovina impulsiona as vendas da ave
Smart Fit (SMFT3) lucrou 40% em 2025, e pode ir além em 2026; entenda a recomendação de compra do Itaú BBA
Itaú BBA vê geração de caixa elevada, controle de custos e potencial de crescimento em 2026; preço-alvo para SMFT3 é de R$ 33
CSN (CSNA3) terá modernização de usina em Volta Redonda ‘reembolsada’ pelo BNDES com linha de crédito de R$ 1,13 bilhão
Banco de fomento anunciou a aprovação de um empréstimo para a siderúrgica, que pagará por adequações feitas em fábrica da cidade fluminense
De dividendos a ações resgatáveis: as estratégias das empresas para driblar a tributação são seguras e legais?
Formatos criativos de remuneração ao acionista ganham força para 2026, mas podem entrar na mira tributária do governo
Grupo Toky (TOKY3) mexe no coração da dívida e busca virar o jogo em acordo com a SPX — mas o preço é a diluição
Acordo prevê conversão de debêntures em ações, travas para venda em bolsa e corte de até R$ 227 milhões em dívidas
O ano do Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11): como cada banco terminou 2025
Os balanços até setembro revelam trajetórias muito diferentes entre os gigantes do setor financeiro; saiba quem conseguiu navegar bem pelo cenário adverso — e quem ficou à deriva
A derrocada da Ambipar (AMBP3) em 2025: a história por trás da crise que derrubou uma das ações mais quentes da bolsa
Uma disparada histórica, compras controversas de ações, questionamentos da CVM e uma crise de liquidez que levou à recuperação judicial: veja a retrospectiva do ano da Ambipar
Embraer (EMBR3) ainda pode ir além: a aposta ‘silenciosa’ da fabricante de aviões em um mercado de 1,5 bilhão de pessoas
O BTG Pactual avalia que a Índia pode adicionar bilhões ao backlog — e ainda está fora do radar de muitos investidores
O dia em que o caso do Banco Master será confrontado no STF: o que esperar da acareação que coloca as decisões do Banco Central na mira
A audiência discutirá supervisão bancária, segurança jurídica e a decisão que levou à liquidação do Banco Master. Entenda o que está em jogo