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Danielle Fonseca
ENERGIA NOVA

A Cemig está mal avaliada? Ações CMIG4 estão entre as maiores altas do Ibovespa e este analista diz se chegou a hora de comprar

As ações preferenciais da Cemig, estatal de energia de Minas Gerais, tiveram sua recomendação elevada e têm potencial de subir cerca de 29% até 2024

Danielle Fonseca
30 de agosto de 2023
13:35 - atualizado às 17:34
Bandeiras da Cemig, do Brasil e de Minas Gerais tremulando na frente do prédio sede da Cemig
Sede da Cemig - Imagem: Divulgação

A Companhia Estatal de Energia de Minas Gerais, a Cemig (CMIG4), tem chamado a atenção no noticiário principalmente em função da possível privatização, sempre prometida pelo governador mineiro Romeu Zema. Mas, para o JP Morgan, mesmo sem considerar essa possibilidade, os papéis da empresa estão sendo mal precificados pelos agentes do mercado e é hora de comprar.

O banco elevou a recomendação para as ações preferenciais da empresa de neutro para compra, destacando que a Cemig está em um bom momento e tem potencial para entregar melhores resultados financeiros.

As projeções do JP Morgan para o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Cemig entre 2023 e 2025 estão entre 5% e 9% acima da média das estimativas do mercado. A expectativa do banco para o lucro por ação também está 16% acima do consenso.

Para reforçar a tese de que as ações estão mal precificadas e têm potencial, o banco ainda usou um indicador chamado Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR, na sigla em inglês) — uma taxa de desconto hipotética, calculada a partir de uma projeção de fluxo de caixa — que costuma ser usada por investidores para indicar se um projeto ou ação vale a pena ou não.

De acordo com o banco, a TIR da Cemig é de 12,2%, uma taxa mais alta do que a média do segmento de energia, que é de 11,6%.

Entre os motivos para o JP Morgan enxergar esse potencial estão:

  • a conclusão da revisão tarifária da distribuição em maio;
  • ganhos comerciais projetados no negócio de geração e transmissão;
  • números mais positivos vindos da Gasmig, a companhia de distribuição de gás mineira, que pertence à Cemig;
  • a continuidade de um programa de eficiência na companhia;
  • planos de vendas de ativos em curso; 
  • a melhoria da alocação de capital.

Mais um fator positivo citado é que a Cemig não está exposta ao risco de renovação de concessões pelo governo, “diferentemente de outras companhias integradas do setor, como a Copel”, afirmaram os analistas em relatório.

Ações da Cemig podem subir 29%

Além de elevar a recomendação para a Cemig, o JP Morgan prevê um preço-alvo mais alto para a companhia em 2024, de R$ 16,00, ante preço-alvo de R$ 14,50 ao fim de 2023.

Na terça-feira (29), as ações da Cemig fecharam cotadas a R$ 12,42, o que significa que o potencial de valorização dos papéis é de quase 29% até o ano que vem.

Em torno de 13h12, os papéis preferenciais subiam quase 3%, a R$ 12,74, figurando entre as maiores altas do Ibovespa no pregão de hoje, reagindo bem à elevação de recomendação.

Privatização sai ou não sai?

Apesar de não considerar a possível privatização da Cemig na tese e nos modelos, o JP Morgan também citou que há muita incerteza se vai ser feita e quando.

O governador Zema já deixou claro que quer vender estatais, como a Cemig e a Copasa, e enviou recentemente uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para a Assembleia do Estado de Minas Gerais para eliminar a necessidade de referendo no caso de privatização no estado. 

Porém, o momento da aprovação é incerto. A fim de mudar a constituição estadual, 3/5 ou 60% dos deputados estaduais precisam aprovar o projeto.

Outros veículos de imprensa têm afirmado que o governo mineiro espera terminar as privatizações até 2026. 

“Não sabemos neste momento quais empresas seriam privatizadas e em que ordem. Prevemos uma alta volatilidade nos fluxos de notícias, em um processo semelhante ao de privatização em curso da Sabesp [companhia de água de São Paulo]”, disseram os analistas. 

“Dado que não incluímos a probabilidade de privatização em nossos modelos, vemos a Cemig mais atraente do que Copasa apenas por questão de avaliação e catalisadores internos”, acrescentaram.

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Enquanto a Cemig deve ir bem, a Alupar…

O JP Morgan também mudou sua avaliação sobre a Alupar (ALUP11), mas no sentido oposto ao da Cemig, rebaixando a recomendação de compra para neutro.

Os analistas do banco alegam que a transmissão é atualmente o segmento que menos preferem dentro do setor das concessionárias de energia elétrica, já que o crescimento é limitado e dependente de leilões de energia. 

“Mesmo que a Alupar ganhe blocos nos próximos leilões de transmissão, não acreditamos que a criação de valor seria significativa o suficiente para mover esse ponteiro”, disseram.

Outra avaliação, é que a Alupar está atrás de outros pares em termos de dividendos, um fator chave para investir em ações de transmissão. 

As empresas preferidas do JP Morgan em energia atualmente são a Copel (CPLE11) e a Auren Energia (AURE3). Já as últimas na fila são AES Brasil, Light, ISA CTEEP e Taesa.

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