IR 2023: tudo o que você precisa saber para não errar na sua declaração ESTÁ AQUI

Cotações por TradingView
2023-03-09T10:58:56-03:00

O poder das más ideias: Entenda como as decisões do governo influenciam os juros e a inflação no Brasil

A regra de Taylor relaciona juros de curto prazo à inflação real, meta de inflação, PIB e à taxa de desemprego. Mas o que a fórmula diz sobre o juro atual do Brasil?

9 de março de 2023
9:13 - atualizado às 10:58
Homem puxa juros para cima | Movimento afeta a bolsa
Imagem: Shutterstock

Em 1992, o economista norte-americano John B. Taylor, de Stanford, propôs uma fórmula para ajudar os bancos centrais a estabelecerem suas políticas monetárias.

A equação, que ficou conhecida como a regra de Taylor, relaciona a taxa de juros de curto prazo à inflação real, à meta de inflação, ao PIB e taxa de desemprego (veja abaixo).

Poderia ter se tornado apenas mais uma tese acadêmica ignorada pelo mercado, mas não foi o caso. A regra de Taylor é tão útil que o economista já foi considerado um dos mais influentes do mundo pela Bloomberg e um possível futuro ganhador de um Nobel de economia pela Reuters.

Seu modelo, inclusive, já está embutido no terminal de informações da própria Bloomberg, o mais usado pelos tomadores de risco e de decisões do mercado financeiro.

E o que essa fórmula diz sobre os juros atuais do Brasil?

A regra de Taylor na Bloomberg

A equação está descrita nas duas últimas linhas, na parte inferior da tela. Como você pode perceber pela bandeira no canto superior esquerdo, são os dados atuais brasileiros.

A conclusão, no canto inferior esquerdo, é a de que a taxa de juros poderia estar já em 11% ao ano, 2,75 pontos percentuais menor que os 13,75% praticados hoje.

Mas por que isso não acontece?

Em poucas palavras, por que o governo não para de ter novas ideias fiscalmente expansionistas e inflacionárias, como juros subsidiados, citados por Nelson Barbosa nesta entrevista à Folha - isso para ficar apenas em um exemplo desta semana.

Enquanto ideias como essa pipocam todos os dias desde o início do mandato atual, nada de arcabouço fiscal. Isso faz com que outro fator que precisa ser levado em consideração pelo Banco Central, a expectativa de inflação do mercado, apenas aumente.

Na semana passada já mostrei aqui, por meio de um estudo realizado pela Studio, como as expectativas do mercado em relação ao governo se deterioraram: no dia seguinte à eleição, o mercado precificava os juros para 2026 em 11,3%; em fevereiro, com 60 dias de declarações do PT e sem arcabouço fiscal, a expectativa subiu para 13,6%.

Não custa lembrar que as expectativas de juros e as de inflação são diretamente proporcionais.

O poder das más ideias do governo, portanto, é brutal, e capaz de segurar os juros em patamares muito mais altos que o próprio governo gostaria, como Lula já deixou claro nas seguidas vezes que chamou Roberto Campos Neto, do Banco Central, de “este cidadão”.

Abraços,
Renato Santiago

Compartilhe

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ibovespa sobe com resgate ao SVB, a compra milionária de bitcoins da Microstrategy e os problemas da Binance; confira os destaques do dia

27 de março de 2023 - 18:34

É um pássaro, um avião ou o Superman sobrevoando Wall Street? Na verdade, nenhuma das três hipóteses estão corretas — trata-se de mais um pacote de ajuda a um banco médio, na tentativa de evitar que a crise no setor siga contaminando a economia em um efeito cascata.  Dessa vez, o First Citizens Bank irá […]

EXILE ON WALL STREET

Itadakimasu: um conceito japonês para Lula absorver neste momento tenso da economia

27 de março de 2023 - 18:01

Lula poderia aprender o Itadakimasu, expressão adotada em agradecimento à comida servida, mas de forma ampla, a todos os fornecedores

LINHA D'ÁGUA

Você ainda confia no seu banco? Saiba o que alguns dos maiores gestores do planeta esperam da crise financeira

27 de março de 2023 - 8:25

Depois de ler notícias alarmantes sobre bancos, quem garante que não estamos diante de uma crise similar à de 2008 (ou até pior)?

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Day trade na B3: Oportunidade de lucro de 6% com ações da Tegma (TGMA3); confira a recomendação

27 de março de 2023 - 7:51

Identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis da Tegma (TGMA3). Veja os detalhes

IVAN SANT'ANNA

A crise de 29 e a de 23: por que bancos em apuros são tão antigos quanto os próprios bancos

26 de março de 2023 - 8:03

No Brasil, os problemas externos vieram se juntar à crise bancária provocada pelo rombo da Americanas, exercendo forte pressão no mercado de renda variável, como vêm mostrando as seguidas quedas do Ibovespa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A semana do Copom, nova crise dos bancos europeus e o susto de Lula; confira os principais destaques do dia

24 de março de 2023 - 18:25

Olhando para o comportamento dos ativos brasileiros nesta semana, é bem fácil perceber que existiram dois momentos distintos — o antes do Copom e o depois do Copom. Antes da decisão de política monetária do Banco Central brasileiro era possível notar um ar mais leve entre os investidores locais, ainda que a crise bancária nos Estados Unidos assustasse. […]

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Day trade na B3: Oportunidade de lucro de 4% com ações da Tim (TIMS3); confira a recomendação

24 de março de 2023 - 7:51

Identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant – compra dos papéis de Tim (TIMS3). Veja os detalhes

Mande suas dúvidas!

Se a Americanas (AMER3) pode pedir recuperação judicial para ‘se safar’ das dívidas, por que eu não posso?

24 de março de 2023 - 6:25

A Dinheirista nasceu para resolver suas aflições financeiras (ou te deixar mais desesperado). No episódio de estreia, recuperação judicial para pessoas físicas: posso fazer como a Americanas se não conseguir pagar minhas dívidas?

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies