Primeiro fundo imobiliário com foco em energia renovável da B3 mira retorno de até 20% ao ano
O FII Suno Energia Limpas (SNEL11) investe em terrenos para a instalação de painéis e geração de energia solar em três estados brasileiros

Com as tecnologias de energias renováveis cada vez mais consolidadas e as preocupações ambientais no centro das discussões políticas mundiais, investir em geração elétrica limpa tornou-se um negócio cada vez mais lucrativo.
Prova disso é o número de companhias de diversos setores e portes que entraram no segmento nos últimos meses. O Itaú, por exemplo, fechou parcerias bilionárias com Eneva e Engie, enquanto a Weg se uniu à Alupar.
Para os investidores pessoas físicas, porém, as opções são mais limitadas. É possível se expor ao setor por meio das ações das próprias empresas já citadas, o que costuma implicar em aceitar múltiplos mais elevados e retornos menores por papéis já consolidados no mercado.
- [Seleção “premium” de fundos imobiliários] Veja quais são os 5 FIIs recomendados pelo analista Caio Araujo para buscar ótimos dividendos mensais. Baixe aqui o relatório gratuito.
Mas essa situação deve mudar ainda este ano, quando o mercado de fundos imobiliários listados na B3 será o palco da abertura das negociações do Suno Energia Limpas (SNEL11).
O SNEL11 será o primeiro FII aberto para o público em geral a investir na tese e projeta retornos de 20% ao ano, segundo Rafael Menezes, especialista em projetos solares e responsável técnico do fundo.
Criado no ano passado, o fundo já ofereceu uma primeira oportunidade de entrada aos investidores durante uma oferta de emissão de cotas que levantou R$ 50 milhões em dezembro de 2022.
Leia Também
Após o fim da operação, o SNEL11 entrou em um período de lock-up — ou seja, quem participou da oferta não pôde vender as cotas no mercado secundário. A trava para negociações, porém, já tem uma data prevista para terminar: dezembro de 2023.
Por que investir em energias limpas via fundo imobiliário?
Como destacado no início do texto, já é possível se expor a energias limpas por meio de empresas listadas. Mas o fundo imobiliário oferece, segundo Menezes, uma série de vantagens ante as companhias de capital aberto.
Uma delas é a eficiência tributária da classe. “O FII investe diretamente nos projetos, não precisa da figura de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), por exemplo, cuja receita é tributada. Por conta disso conseguimos ter um retorno maior em condições iguais”, explica o consultor.
Ainda dentro da seara dos impostos, outro ponto positivo é que os rendimentos dos fundos imobiliários com mais de 500 cotistas, como é o caso do SNEL11, são isentos de Imposto de Renda (IR).
Além disso, o próprio modelo de negócio escolhido para o fundo, de geração distribuída — ou seja, com a energia gerada próximo ou no próprio local de consumo —, traz uma grande vantagem: a flexibilidade de tarifas.
“Uma empresa de geração centralizada, como é o caso das companhias de capital aberto, precisa participar de leilões e trabalhar por um preço de energia da ordem de R$ 200 por megawatt-hora (Mwh). Já no SNEL11 acessamos uma base de clientes que paga uma tarifa muito mais cara, de cerca de R$ 900 por Mwh”, cita Menezes.
VEJA TAMBÉM: Governo pode usar a minha casa própria para pagar dívidas dos outros: o que fazer?
Flexibilidade de projetos aumenta eficiência e barateia custos para o fundo imobiliário
Vale destacar, porém, que os valores cobrados ainda são estimativas com base nos estudos feitos para a criação do fundo imobiliário e dados históricos do setor. A viabilidade dos números será posta à prova a partir do próximo ano, quando está previsto o início das operações do portfólio.
Atualmente, a carteira do Suno Energia Limpas é formada por terrenos localizados em Amontada (CE), Petrolina (PE) e João Pinheiro (MG). Os dois primeiros locais apresentam condições climáticas favoráveis para a geração solar, enquanto o último é uma “potência em energia limpa”, de acordo com a Suno.
Esses terrenos são arrendados pela gestora do FII durante 25 anos. Após o término deste período, as placas solares pertencerão integralmente ao fundo e poderão ser alvos de parcerias com empresas comercializadoras de energia ou até mesmo vendidas.
A potência instalada projetada é de cerca de 13,2 MW, considerando as sete usinas distribuídas entre os três projetos. As obras devem terminar em dezembro deste ano, junto com o lock-up das cotas SNEL11.
Segundo Menezes, a trava nas negociações foi necessária justamente para educar os cotistas a respeito do modelo de rentabilidade escolhido pelo fundo, que apostou em construir os projetos desde o início para baratear as despesas.
Atualmente o custo de obra está abaixo de R$ 4,5 milhões por megawatt. Usinas prontas chegam perto de R$ 7 milhões por MW. Então quando trazemos investidores para o fundo a custo de obra conseguimos entregar uma rentabilidade maior. Não há dividendos durante a construção, mas os proventos futuros incluirão um prêmio por essa espera.
Rafael Menezes
A rentabilidade maior citada pelo consultor inclui os 20% de retorno anual e também pode ser incrementada pela inflação energética do período. Segundo ele, o reajuste nas tarifas equivaleu, em média, ao dobro do IPCA — o indicador oficial da inflação no país — nos últimos 20 anos.
“Nas regiões onde o fundo fez a locação de terrenos chegamos a ter até 9% de reajuste nas tarifas. Entre elas, o destaque é Minas Gerais, onde o percentual foi de 15%. E vale lembrar que, quanto maior a tarifa, melhor a rentabilidade do fundo”, argumenta o consultor.
Copa do Mundo 2026: veja quais ações comprar para lucrar com o campeonato, segundo a XP
Para quem quer ter uma carteira de torcedor, a corretora recomenda investir em empresas patrocinadoras do evento ou ligadas ao turismo
Ouro bate novos recordes e fecha em alta, após romper os US$ 3.900 pela primeira vez — e valorização não deve parar
Metal precioso teve sua quinta alta consecutiva nesta quarta e renovou máximas intradiária e de fechamento
Ibovespa disparou 100% das vezes que os juros caíram no Brasil, diz estudo — e cenário atual traz gatilhos extras
Levantamento da Empiricus mostra que a média de valorização das ações brasileiras em 12 meses após o início dos cortes é de 25,30%
Investir em ações ESG vale a pena? Estudo da XP mostra que sim, com impacto positivo no risco
Relatório revela que excluir empresas com notas baixas em sustentabilidade não prejudica os retornos e pode até proteger a carteira em ciclos de baixa
UBS recomenda aumento da exposição a ações brasileiras e indica título de renda fixa queridinho dos gestores
Relatório destaca o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA e no Brasil, com os próximos seis meses sendo decisivos para o mercado diante das eleições de 2026
FII BRCO11 quer ampliar a carteira de imóveis e convoca cotistas para aprovar novas compras; entenda a proposta
Os ativos pertencem a fundos imobiliários do mesmo gestor e, por isso, a operação configura situação de conflito de interesse
Bolsa barata em ano eleitoral: mito ou verdade? Estudo mostra histórico e ações pechincha com maior potencial de valorização em 2026
Do rali dos 150 mil pontos ao possível tombo: como aproveitar a bolsa nos próximos meses, com caixa ou compras graduais?
Dividendos gordos a preço de banana: descubra as ações prontas para voar no ano eleitoral
Estudo mostra que setores perenes continuam se destacando, mesmo com mudanças políticas e troca de mandatários; hora de comprar?
As maiores altas e quedas do Ibovespa em setembro: expectativas de cortes de juros no Brasil e nos EUA ditaram o mês
O movimento foi turbinado pelo diferencial de juros entre Brasil e EUA: enquanto o Copom manteve a Selic em 15% ao ano, o Fed iniciou o afrouxamento monetário
TRBL11 chega à grande batalha: FII entra na Justiça contra os Correios e cobra R$ 306 milhões
O impasse entre o FII e a estatal teve início há um ano, com a identificação de problemas no galpão localizado em Contagem (MG)
Sangria cada vez mais controlada na Resia anima mercado e MRV (MRVE3) salta no Ibovespa; o que fazer com as ações?
A construtora anunciou a venda de mais quatro terrenos da subsidiária norte-americana, em linha com os planos de desinvestimento por lá
Ibovespa bate (mais um) recorde intradia acima dos 147 mil pontos, mas perde o fôlego durante o pregão; dólar sobe a R$ 5,32
A bolsa brasileira teve uma ajudinha extra de Wall Street, mas acabou fechando estável
Gestoras Verde, Ibiuna e Vinland apostam na queda do dólar e destacam bitcoin, ouro e Tesouro IPCA+
Gestores de fundos multimercados notórios estão vendidos na moeda norte-americana e não veem tendência de reversão na maré de baixa no curto e médio prazo
Ouro renova recorde com investidores de olho na paralisação do governo dos EUA
Além do risco de shutdown, fraqueza do dólar também impulsiona o metal precioso
“Não compro o Trade Tarcísio”: Luis Stuhlberger espera disputa acirrada em 2026 e conta onde está investindo
Gestor da Verde Asset prevê uma eleição de 2026 marcada por forte volatilidade, descarta o chamado “Trade Tarcísio” e revela onde está posicionando o fundo
Liderança ameaçada? Com a chegada iminente de concorrentes, B3 (B3SA3) vai precisar melhorar seu jogo para “ganhar na bola”
A empresa tem um mindset “antigo e acomodado”, segundo analistas, e a chegada iminente de concorrentes sérios forçará a redução de preços e o aperto das margens
Pão de Açúcar (PCAR3) no topo, e Raízen (RAIZ4) na baixa: confira o que movimentou o Ibovespa nos últimos dias
O principal índice da B3 até encerrou a sessão de sexta-feira (26) em alta, mas não foi o suficiente para fazer a semana fechar no azul
Fundo imobiliário TRXF11 sobe o sarrafo e anuncia emissão recorde para captar até R$ 3 bilhões
A operação também vem na esteira de um outro marco: o FII atingiu a marca de 200 mil investidores
Ambipar (AMBP3) e Azul (AZUL4) disparam, Braskem (BRKM5) derrete: empresas encrencadas foram os destaques do dia, para o bem e para o mal
Papéis das companhias chegam a ter variações de dois dígitos, num dia em que o Ibovespa, principal índice da bolsa, opera de lado
O preço do barril de petróleo vai cair mais? Na visão do BTG, o piso da commodity vai ficar mais alto do que o mercado projeta
Para o banco, o preço mais alto deve se manter devido a tensões geopolíticas, riscos de interrupção de fornecimento e tendências que limitam quedas mais profundas