Os fundos imobiliários (FIIs) mais recomendados para investir em março, segundo 12 corretoras
Uma dupla de FIIs de papel — categoria assim chamada por investir em títulos de crédito do setor — é novamente a mais recomendada para o mês
Os fundos imobiliários (FIIs) se popularizaram por permitir o investimento em imóveis com menos burocracia e que em geral estão fora do alcance do pequeno investidor. Isso sem falar na isenção de imposto de renda sobre os rendimentos.
Mas nem todo fundo imobiliário é igual. Com a alta dos juros, os FIIs que efetivamente investem em galpões, escritórios, shoppings e outros empreendimentos reais têm perdido espaço na preferência dos investidores e analistas para uma outra classe: a dos fundos imobiliários de papel.
Uma dupla de FIIs dessa categoria — chamada assim por investir em títulos de crédito do setor — é novamente a mais recomendada pelas corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro em março.
CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) e Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) reinam absolutos entre as 12 carteiras recomendadas recebidas, aparecendo quatro vezes cada entre os favoritos do mês das casas.
Outro fundo imobiliário de papel, o Valora RE III (VGIR11), também chegou perto desse número e, reforçando o domínio do segmento entre as opções da indústria, completa o pódio dos FIIs favoritos de março.
A preferência dos analistas é justificada pelas perspectivas para os juros. A taxa básica de juros (Selic) mexe diretamente com a performance do mercado imobiliário.
Leia Também
Os FIIs de tijolo, assim como outros produtos de renda variável, perdem atratividade nesse cenário e suas cotas tendem a patinar no mercado secundário.
Já os fundos de papel — que têm o portfólio formado em grande parte por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), títulos de renda fixa — costumam se valorizar no mercado secundário e entregar dividendos atrativos, em especial aqueles que têm a remuneração atrelada à taxa básica de juros.
É importante explicar que o FII do mês destaca, dentro das carteiras recomendadas mensais, os ativos considerados mais "quentes" pelos analistas. Mas vale lembrar que um bom portfólio de fundos demanda diversificação.
Confira aqui todos os apontados pelas 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro:
Entendendo o FII do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) — carteira equilibrada e dividendos atrativos
Com mais de 84 mil cotistas e um valor de mercado de R$ 1,6 bilhão, o CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) é um gigante não só entre os FIIs de papel, mas em toda a indústria de fundos imobiliários.
O fundo aloca cerca de 45,1% do seu portfólio no CDI — que, vale relembrar, acompanha de perto a variação da taxa Selic. E conta com um complemento importante na carteira: o rendimento de 54,5% de seus CRIs está atrelado ao IPCA.
De acordo com o Inter, uma das casas a recomendá-lo neste mês, a diversificação é importante pois traz “maior estabilidade no fluxo de caixa” e previsibilidade para a distribuição de proventos.
Já para a Genial, outro destaque é a “qualidade da gestão e melhoria contínua da carteira do fundo”. Segundo o último relatório gerencial do HGCR11, em 2022 foram alocados o equivalente a R$ 576 milhões em CRIs dentro da estratégia de giro de portfólio.
A cifra está ligada a novas aquisições e aumentos na exposição a títulos que ainda não haviam sido integralmente adquiridos. As intensas movimentações de ativos foram parcialmente financiadas por duas emissões de cotas ao longo do ano.
As operações levantaram um total de R$ 310 milhões. Ainda de acordo com a gestão, a maior parte da soma já foi alocada; o restante seguirá o mesmo caminho em breve.
O dinheiro é gasto principalmente em operações de risco controlado, conforme reforça a Genial: “Em sua alocação de CRIs, o HGCR11 possui operações com LTV menor do que 80%. Ou seja, para cada R$ 1 real emprestado ele possui R$ 1,25 de garantia.”
Seguindo essa estratégia, o fundo tem entregado um retorno em dividendos acima de 1% ao mês para os cotistas, com um dividend yield — indicador que mede a rentabilidade de um ativo com base nos proventos — anualizado de 14,1%.
Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) — um gigante da bolsa e dos proventos
Por falar em gigantes, o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) é outro titã da indústria de FIIs. São quase 200 mil cotistas e um patrimônio de R$ 5,75 bilhões no segundo fundo favorito das corretoras para março.
É a quinta vez consecutiva que o KNCR11 está na posição, aliás. E a manutenção no primeiro lugar do pódio dos analistas se dá por conta das características defensivas do portfólio, um dos únicos da B3 quase 100% indexados ao CDI.
“Neste momento de taxas de juros elevadas, o fundo tende a manter seus dividendos e conta com uma carteira pulverizada de crédito com bons devedores”, explica a Genial.
Além disso, o FII captou R$ 1,8 bilhão em sua última emissão de cotas. Segundo o Santander, o dinheiro foi bem utilizado: “com os recursos praticamente alocados, a gestão conseguiu ampliar a diversificação do portfólio de ativos e entrar em operações maiores e mais sofisticadas, com atrativas taxas de retorno.”
Os analistas do banco projetam que a combinação da carteira diversificada com o atual momento dos juros brasileiros — que devem se manter no patamar de dois dígitos na maior parte do ano — resultará em proventos atrativos para os cotistas, com um yield acima de 13% nos próximos 12 meses.
Por fim, vale lembrar que os rendimentos pagos pelos fundos imobiliários são isentos de imposto de renda.
Repercussão dos fundos imobiliários
O IFIX — que reúne os principais fundos imobiliários da B3 — recuou 0,45% em fevereiro. Mas o segmento de fundos de papel caminhou na contramão do índice e, segundo informações do Itaú BBA, foi o único a subir no período, acumulando uma alta de 0,4%
Algo parecido ocorreu entre os ativos mais recomendados para o mês anterior. Os FIIs que investem em ativos financeiros foram o grande destaque do período, com altas de até 5,5%.
Veja a seguir como operaram todos os fundos dos top 3 das corretoras:
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
