Dividendos zerados? Fundo imobiliário XPPR11 projeta resultado financeiro negativo e Guide alerta para riscos aos rendimentos em 2024
A última estimativa de resultados do FII mostra um resultado caixa negativo em R$ 0,26 por cota a partir de junho do próximo ano

O pagamento mensal de dividendos não é a única vantagem de investir em fundos imobiliários, mas certamente é uma das que mais atraem os investidores. Por isso, um alerta da Guide a respeito dos rendimentos do XP Properties (XPPR11) pode assustar os mais de 60 mil cotistas do FII.
Em seu guia semanal da indústria publicado nesta segunda-feira (18), Fernando Siqueira, head do time de research da corretora, destaca que a projeção de resultados produzida pelo XPPR11 mostra um resultado caixa negativo para o FII no próximo ano.
A estimativa sai de R$ 0,12 por cota, em agosto deste ano, para -R$ 0,26 por cota a partir de junho de 2024. Veja abaixo:

Vale destacar que o resultado caixa é a métrica utilizada para balizar o pagamento de dividendos. A regulação dos FIIs, que está na Lei 9.779/99, determina que eles devem pagar semestralmente 95% dos rendimentos apurados no regime de caixa.
- [SOCIEDADE MICROCAP] A Empiricus vai selecionar um seleto grupo de investidores que terá acesso imediato à lista de 10 melhores ações para comprar no 2º semestre; veja como fazer parte
O que ameaça os resultados — e dividendos — do XPPR11?
Os fundos devem contabilizar todas as receitas com aluguéis, vendas de imóveis, certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e outros ativos, descontar o pagamento das despesas — incluindo gastos administrativos e com os imóveis — para chegar à soma mínima de dividendos que será distribuída aos cotistas no semestre.
No caso do XPPR11, porém, a linha das receitas tem diminuído, enquanto a das despesas subiu. E um dos culpados é a alta taxa de vacância do portfólio, que está na casa dos 47% desde março deste ano, de acordo com o último relatório gerencial.
Leia Também
Vale relembrar que o segmento de lajes corporativas, no qual o FII se insere, foi um dos mais afetados pela pandemia de covid-19 e ainda não se recuperou totalmente do crescimento na adoção do home office.
Regiões como a da Avenida Faria Lima, em São Paulo, estão aquecidas, mas o setor ainda sofre com a desocupação elevada em regiões mais afastadas do centro financeiro do país.
O XP Properties detém uma fatia de um imóvel no entorno da Faria Lima, mas os outros dois edifícios do portfólio estão em Alphaville, bairro da cidade de Barueri, e correspondem a maior parte da vacância do portfólio.
"Não recomendamos exposição ao fundo, visto a má localização dos imóveis em Alphaville e região que passa por vacância histórica (média de 30%)", indica a Guide.
A gestão do XPPR11 trabalha para locar os espaços vazios, mas registra poucas visitas com probabilidade alta de conversão, conforme indica o gráfico divulgado pelo fundo neste mês.

Alavancagem financeira também é um problema?
Além dos imóveis vagos, a Guide cita também uma "expressiva" alavancagem que onera o resultado do fundo. O saldo devedor total dos títulos de securitização vinculados ao FII é de pouco mais de R$ 593,6 milhões.
Com os problemas no portfólio, as cotas do XPPR11 são penalizadas na B3 e acumulam uma queda de 26,5% neste ano.
PODCAST TOUROS E URSOS - O que vai ser, Campos Neto? As apostas do mercado para a decisão do Banco Central sobre a Selic
Fim da era do “dinheiro livre”: em quais ações os grandes gestores estão colocando as fichas agora?
Com a virada da economia global e juros nas alturas, a diversificação de investimentos ganha destaque. Saiba onde os grandes investidores estão alocando recursos atualmente
Excepcionalismo da bolsa brasileira? Não é o que pensa André Esteves. Por que o Brasil entrou no radar dos gringos e o que esperar agora
Para o sócio do BTG Pactual, a chave do sucesso do mercado brasileiro está no crescente apetite dos investidores estrangeiros por mercados além dos EUA
Bolsa em alta: investidor renova apetite por risco, S&P 500 beira recorde e Ibovespa acompanha
Aposta em cortes de juros, avanço das ações de tecnologia e otimismo global impulsionaram Wall Street; no Brasil, Vale, Brasília e IPCA-15 ajudaram a B3
Ibovespa calibrado: BlackRock lançará dois ETFs para investir em ações brasileiras de um jeito novo
Fundos EWBZ11 e CAPE11 serão listados no dia 30 de junho e fazem parte da estratégia da gestora global para conquistar mais espaço nas carteiras domésticas
Todo mundo quer comprar Bradesco: Safra eleva recomendação para ações BBDC4 e elege novos favoritos entre os bancões
Segundo o Safra, a mudança de preferência no setor bancário reflete a busca por “jogadores” com potencial para surpreender de forma positiva
Apetite do TRXF11 não tem fim: FII compra imóvel ocupado pelo Assaí após adicionar 13 novos ativos na carteira
Segundo a gestora, o ativo está alinhado à estratégia do fundo de investir em imóveis bem localizados e que beneficia os cotistas
Até os gringos estão com medo de investir no Banco do Brasil (BBAS3) agora. Quais as novas apostas dos EUA entre os bancos brasileiros?
Com o Banco do Brasil em baixa entre os investidores estrangeiros, saiba em quais ações de bancos brasileiros os investidores dos EUA estão apostando agora
FIIs de papel são os preferidos do Santander para estratégia de renda passiva; confira a carteira completa de recomendação
Fundos listados pelo banco tem estimativas de rendimento com dividendos de até 14,7% em 12 meses
Mesmo com petroleiras ‘feridas’, Ibovespa sobe ao lado das bolsas globais; dólar avança a R$ 5,5189
Cessar-fogo entre Israel e Irã fez com que os preços da commodity recuassem 6% nesta terça-feira (24), arrastando as empresas do setor para o vermelho
Não é hora de comprar Minerva (BEEF3): BTG corta preço-alvo das ações, mas revela uma oportunidade ainda mais suculenta
Os analistas mantiveram recomendação neutra para as ações BEEF3, mas apontaram uma oportunidade intrigante que pode mexer com o jogo da Minerva
CVC (CVCB3) decola na B3: dólar ajuda, mas otimismo do mercado leva ação ao topo do Ibovespa
A recuperação do apetite ao risco, o fim das altas da Selic e os sinais de trégua no Oriente Médio renovam o fôlego das ações ligadas ao consumo
É hora do Brasil: investidores estrangeiros estão interessados em ações brasileiras — e estes 4 nomes entraram no radar
Vale ficou para trás nos debates, mas uma outra empresa que tem brilhado na bolsa brasileira mereceu uma menção honrosa
Ações da São Martinho (SMTO3) ficam entre as maiores quedas do Ibovespa após resultado fraco e guidance. É hora de pular fora?
Do lado do balanço, o lucro líquido da companhia encolheu 83,3% no quarto trimestre da safra 2024/2025 (4T25); veja o que dizem os analistas
Porto Seguro (PSSA3) e Grupo Mateus (GMAT3) vão distribuir mais de R$ 450 milhões em JCP; confira os detalhes
A seguradora ainda não tem data para o pagamento, já o Grupo Mateus deposita os proventos ainda neste ano, mas vai demorar
Retaliação: Irã lança mísseis contra bases dos EUA, e petróleo desaba no exterior; Petrobras (PETR4) cai na B3
Após a entrada dos EUA no conflito, o Irã lançou mísseis contra a base aérea norte-americana no Catar, segundo agências de notícias
Comprado em Brasil: UBS eleva recomendação para ações e vê país como segundo mercado mais atraente entre os emergentes; veja o porquê
Banco suíço considera as ações do Brasil “baratas” e vê gatilhos para recuperação dos múltiplos de avaliação à frente
Por que o mercado não se apavorou com o envolvimento dos EUA no conflito entre Irã e Israel? Veja como está a repercussão
Mesmo com envolvimento norte-americano no conflito e ameaça de fechamento do estreito de Ormuz, os mercados estão calmos. O que explica?
Petróleo a US$ 130 e Petrobras (PETR4) nas alturas? Como a guerra entre Israel e Irã após o ataque histórico dos EUA mexe com seu bolso
Casas de análise e especialistas dão pistas do que pode acontecer com os mercados a partir desta segunda-feira (23), quando as negociações são retomadas; confira os detalhes
O que pensa uma das mentes mais importantes de Wall Street sobre a escalada do conflito entre Israel e Irã
Mohamed El-Erian, um dos economistas mais renomados do mundo, arrisca algumas previsões sobre a reação das bolsas daqui para frente
Dólar cai na semana e fecha a R$ 5,52; gatilhos de alta e queda se confrontam no curto prazo
Alta dos juros pelo Copom ensaiou favorecer o real na semana, mas confronto geopolítico mundial limitou os ganhos e ajudou o dólar