Nubank lança fundo para reserva de emergência que busca retorno entre 100% e 105% do CDI – mas tem uma pimentinha
Nu Reserva Imediata é o primeiro fundo de renda fixa da família Nu Reserva; embora seja de baixo risco, ele tem opção de investir em títulos privados

A NuInvest, braço de investimentos do Nubank, acaba de lançar um fundo de renda fixa de baixo risco e liquidez diária que o banco diz ser "uma ótima opção para quem busca uma alternativa para investir sua reserva de emergência".
O Nu Reserva Imediata é o primeiro produto da família de renda fixa Nu Reserva, e busca render entre 100% e 105% do CDI, ou seja, tem o potencial de render mais do que a própria NuConta, que rende 100% do CDI, e as aplicações normalmente indicadas para a reserva de emergência.
Isso é possível porque o fundo investe não apenas em títulos públicos e operações compromissadas, como os fundos de renda fixa mais conservadores normalmente o fazem, mas também em títulos privados de baixo risco. O fundo tem taxa de administração de 0,3% ao ano e aceita aplicações a partir de um real.
Reserva de emergência em título privado: pode isso, Arnaldo?
Apesar de serem investimentos conservadores, contudo, fundos de renda fixa que podem investir em crédito privado, ainda que de baixo risco, podem não ser os ideais para a reserva de emergência.
O Nu Reserva Imediata não seria o primeiro fundo de renda fixa com essa característica a ser comercializado como adequado para a reserva de emergência.
Mas, no passado recente, vimos alguns desses fundos, mesmo os mais conservadores, terem retornos negativos momentâneos em situações de crise que levaram seus cotistas a sacarem seus recursos às pressas.
Leia Também
Foi o caso do segundo semestre de 2019 e da crise do coronavírus. Os fundos de curto prazo ou liquidez diária, inclusive, são os que costumam sofrer mais nesses momentos de estresse.
Como os recursos da reserva de emergência podem precisar ser sacados a qualquer momento, o ideal é que eles fiquem alocados em ativos com o menor risco possível de crédito, liquidez e mercado - isto é, baixo risco de calote, pouca volatilidade e possibilidade de resgatar a qualquer momento.
Nesse sentido, os títulos públicos Tesouro Selic (LFT), adquiridos via Tesouro Direto, ou os fundos Tesouro Selic de taxa zero são mais apropriados. Eles têm garantia do governo federal, liquidez diária e rentabilidade próxima à variação da Selic, com volatilidade baixíssima - embora já tenha sido observado desempenho negativo até mesmo nesse mercado.
Aliás, ambas as alternativas são mais baratas que o Nu Reserva Imediata, que tem taxa de administração de 0,3% ao ano. A taxa de custódia do Tesouro Direto é de 0,20% ao ano, sendo que há isenção total para aplicações em Tesouro Selic de valor inferior a R$ 10 mil; já os fundos Tesouro Selic não sofrem cobrança de taxa de administração.
Ou seja, é possível que, no fim das contas, o Nu Reserva Imediata tenha um retorno muito similar ao das alternativas que envolvem o Tesouro Selic, correndo o risco adicional do crédito privado.
Dentro do universo dos títulos privados, a única alternativa que eu considero interessante para a reserva de emergência são os CDBs de bancos grandes que pagam 100% do CDI com liquidez diária. Esses terão de fato baixíssimo risco de crédito e taxa zero, sem sofrer o risco das oscilações negativas em caso de crise.
CDBs de bancos médios com essas características em tese também poderiam cumprir esse papel, pois todo CDB conta com cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até um limite de R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira.
Porém, na prática, se o banco quebrar, pode levar algum tempo, de alguns dias a alguns meses, para o investidor receber o pagamento do FGC, ou seja, pode ficar sem o acesso aos recursos momentaneamente.
O problema é que nem sempre o cliente tem acesso a um CDB com essa rentabilidade no seu bancão. Em geral, CDBs com essas características, nos grandes bancos, são reservados para clientes do segmento de alta renda em diante.
Assim, para quem não faz parte desse grupo, o melhor mesmo é se voltar para o Tesouro Selic e os fundos Tesouro Selic de taxa zero.
Quanto ao fundo Nu Reserva Imediata, ele pode ser interessante para investir recursos para objetivos de curto prazo, porém planejados, ou então para deixar aquela parte da sua reserva de curto prazo destinada a aproveitar oportunidades de investimento que possam surgir.
Quem optar por deixar toda a reserva de emergência no novo fundo do Nubank, contudo, provavelmente não estará correndo grandes riscos; mas é preciso manter em mente que há chance, ainda que pequena, de soluços na rentabilidade.
7 investimentos para proteger o seu dinheiro contra a escalada da inflação
A perspectiva de uma inflação elevada mais persistente traz os investimentos atrelados a índices de preços de volta ao radar; veja onde investir para não deixar seu patrimônio ser corroído
Mesmo com bolsa em queda, fundos de ações fecham 2021 com captação positiva; veja os fundos que se saíram melhor em retorno e captação no ano
Fundos de renda fixa foram os campeões de captação e rentabilidade, com migração de recursos da renda variável e alta dos juros
Onde investir em 2022: os melhores investimentos de renda fixa, que tem tudo para ser ‘a estrela do ano’
Agora que a renda fixa “ressuscitou”, há oportunidades em todos os segmentos dessa classe de ativos, para todos os perfis de investidor
13º salário de 2021 cai na conta até amanhã! Veja onde investir se você tem perfil conservador
Consultamos especialistas e o veredito é unânime: no cenário atual o que não faltam são oportunidades, mesmo para os investidores menos inclinados ao risco
Quer ganhar quase 6% ao ano mais inflação todo mês sem IR? Este fundo de renda fixa agora oferece isso para qualquer investidor
A partir desta semana, o Kinea Infra (KDIF11) deixou de ser restrito a investidores qualificados e abriu para todos os investidores. E sua rentabilidade está bem atraente.
Ela voltou com tudo! A hora e a vez da renda fixa: Tesouro, CDB e tudo mais que você precisa saber para passar com mais tranquilidade pela turbulência
O terremoto político, econômico e fiscal que se abate sobre o Brasil abriu uma fenda por meio da qual a renda fixa voltou a proporcionar retornos interessantes depois de anos perdendo espaço para a renda variável
Como a inveja pode prejudicar seus investimentos – e o que você pode fazer para que ela não cause estragos na sua carteira
Segundo Howard Marks, os investidores que realmente se sobressaem e constroem fortunas no longo prazo não são os que ganham do benchmark nos mercados de alta, mas aqueles que ficam um pouco para trás na alta por não assumirem riscos desnecessários
O dragão da inflação quer incinerar seus rendimentos? Saiba quais investimentos estão mais blindados contra a alta dos preços
Da renda fixa à variável, passando pelos fundos imobiliários, veja o que vale a pena ter na carteira para se prevenir – e tirar proveito – da inflação
Reserva de emergência e aplicações de curto prazo: CDB 100% do CDI pode ser melhor que Tesouro Selic?
Com a Selic mais alta, vale a pena voltar a discutir qual a opção ideal para a reserva de emergência; e, nesse sentido, os CDBs que pagam 100% do CDI com liquidez diária podem sim ser uma boa pedida
Fundo de renda fixa libera acesso a investidores em geral e passa a pagar dividendos isentos de IR todo mês
Com retorno corrigido pela inflação e superior ao dos títulos públicos, fundo de debêntures incentivadas Kinea Infra (KDIF11) não será mais restrito a investidores qualificados e passará a distribuir dividendos mensais
Onde investir no 2º semestre: renda fixa fica mais atrativa e ainda protege da inflação
Com o novo ciclo de alta da Selic, mas inflação ainda pressionada, investidor encontra oportunidades em investimentos pós-fixados e atrelados a índices de preços; veja quais são os melhores investimentos de renda fixa para o segundo semestre
Ainda tímido, investimento no exterior ganha espaço nas carteiras dos fundos no 1º tri
Alta do dólar levou investimentos no exterior a crescerem 45% nas carteiras dos fundos até fevereiro; multimercados investimento no exterior tiveram, no trimestre, melhor retorno dos últimos dois anos
Como declarar fundos de investimento no imposto de renda
O saldo e os rendimentos de fundos devem ser informados na declaração de IR. Saiba como declará-los.
Fundos de pensão ultrapassam U$ 1 trilhão em patrimônio, diz Abrapp
De acordo com o levantamento, o volume somou R$ 1,018 trilhão em novembro, o que representa 13,7% do PIB brasileiro
Brasileiro arriscou e diversificou mais os investimentos em 2020
Poupança seguiu soberana no ano passado, mas ganhou impulso por causa do auxílio emergencial, segundo dados da Anbima
Onde investir o décimo terceiro salário? Confira dicas para quem é conservador, moderado e arrojado
O Seu Dinheiro ouviu especialistas do mercado e trouxe dicas do que você pode fazer para diversificar a sua carteira de acordo com o seu perfil como investidor
Renda fixa em dólar? Saiba como comprar sem precisar sair da sua corretora
Com a baixa histórica da Selic, investir em renda fixa no exterior nunca foi tão atrativo, e eu te mostro como você pode fazer isso de forma simples
Após abalo na crise, debêntures voltam a render acima do CDI; vale a pena investir?
Após queda de 8% em março com temor de calote de empresas na crise, índice de debêntures voltou ao positivo e rende 2,1% no acumulado do ano, contra 2% do CDI
Fundos de renda fixa têm menor participação na indústria desde 2016, diz Anbima
Diante de uma indústria com um patrimônio líquido de R$ 5,5 bilhões, os fundos de renda fixa encerraram junho com uma participação de 38,2% do total, ante uma fatia de 42,4% no mesmo intervalo do ano passado
Ainda vale correr algum risco na renda fixa para ganhar um pouco mais que o CDI?
Títulos emitidos por empresas e papéis de bancos com cobertura do FGC prometem pagar mais que a renda fixa conservadora, mas com a Selic no chão e num cenário de crise, não ficaram arriscados demais?