Esquenta dos mercados: primeiro pregão do ano começa positivo para bolsas no exterior, mas clima eleitoral e fiscal deve pesar no Ibovespa hoje
O medo da variante ômicron segue no radar, enquanto os investidores acompanham o tapering e a elevação de juros no mundo

O primeiro pregão de 2022 conta com poucas novidades para o investidor, tanto nacional quanto internacional. As projeções e expectativas para o ano devem tomar conta das bolsas nesta segunda-feira (03).
Sanitaristas por todo o mundo devem analisar o avanço da covid-19 e da variante ômicron após as festas de final de ano e recalibrar as perspectivas e expectativas para o fim da pandemia. Diferentemente da virada de ano de 2020 para 2021, uma parcela significativa da população já está vacinada e esse fato pode ser determinante para a retomada das atividades, mesmo com novas cepas surgindo pelo mundo.
As bolsas no exterior seguem positivas, na contramão das perdas do pregão da última sexta-feira (31) do ano passado em Nova York. Mesmo assim, os índices americanos conseguem se salvar com alta de até 27% em 2021.
Por aqui, o clima de eleição deve dominar o cenário doméstico, sem maiores indicadores para esta segunda.
Confira o que movimenta as bolsas esta semana:
Ômicron no radar
Os investidores de todo o mundo permanecem atentos ao avanço da covid-19 no planeta, em especial da variante ômicron. O conhecimento científico sobre a nova cepa do coronavírus começa a ganhar contornos mais sólidos, ao mesmo tempo que gera preocupação para a retomada das atividades e pressão sobre a inflação.
Leia Também
Os Bancos Centrais já iniciaram um movimento de retirada de estímulos e elevação dos juros, o que deve penalizar os emergentes em 2022.
Local
O cenário doméstico inicia 2022 de olho no futuro. As eleições presidenciais em outubro são o grande norte dos debates políticos — o que afeta diretamente o sentimento do investidor.
Enquanto o presidente da república, Jair Bolsonaro, pretende estimular sua base de apoio com o reajuste para policiais federais, outros setores do funcionalismo se sentiram deixados de lado pela medida e não descartam uma greve geral a partir de fevereiro.
Ao mesmo tempo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já não consegue mais seduzir os investidores com seu discurso liberal e deve se curvar às vontades populistas de Bolsonaro.
O clima de incerteza deve piorar com o avanço da pandemia, o tapering nos EUA e a elevação de juros em todo o mundo.
Para esta semana, o investidor local vira seus olhos para a divulgação do Boletim Focus semanal desta segunda-feira (03), além do índice do gerente de compras (PMI, em inglês), da quarta-feira (05) e, finalmente, o IGP-DI e a atividade industrial na quinta-feira (06).
Exterior
A semana começa cheia para o investidor no exterior, com importantes dados sobre a situação do emprego nos Estados Unidos.
Na terça-feira (04) será divulgado o relatório Jolts de empregos, enquanto na quarta-feira (05), o ADP, de empregos privados. Ambos devem preparar o terreno para a chegada do payroll dos EUA, na sexta-feira (07).
Além disso, o prato principal da semana fica para a divulgação da ata do comitê de política monetária dos Estados Unidos, o Fomc. A publicação deve trazer a perspectiva de alta nos juros para o país, o que gera certa preocupação com ativos de risco, como ações e criptomoedas, que devem ficar em segundo plano em 2022.
Mesmo assim, ainda existe espaço para um seleto grupo de ações subirem neste ano que se inicia — e você pode conferir quais são aqui.
Bolsas pelo mundo
Os principais índices asiáticos encerraram o pregão desta segunda-feira sem direção definida, com a ausência das bolsas de China e Japão por causa das comemorações de Ano Novo.
A bolsa de Londres também permaneceu fechada, o que afeta a liquidez na Europa. Mesmo assim, as principais praças da região abriram em alta no primeiro pregão de 2022.
Por fim, os futuros de Nova York apontam para uma abertura de alta, sem maiores indicadores no exterior para esta segunda.
Agenda semanal
Segunda-feira (03)
- Banco Central: Boletim Focus semanal (8h)
- Brasil: PMI industrial de dezembro (10h)
- Brasil: Balança comercial de dezembro (15h)
Terça-feira (04)
- Estados Unidos: Reunião da Opep (7h)
- Estados Unidos: Relatório Jolts de empregos (12h)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo bruto semanal (18h30)
- China: PMI industrial de dezembro (21h30)
Quarta-feira (05)
- Brasil: Índice de preços ao produtor de novembro (9h)
- Brasil: PMI composto de dezembro (10h)
- Estados Unidos: Relatório de empregos privados ADP (10h15)
- Estados Unidos: PMI composto e de serviços em dezembro (11h45)
- Estados Unidos: Estoques de petróleo bruto (12h30)
- Estados Unidos: Ata da reunião do comitê de política monetária americano, o Fomc (16h)
Quinta-feira (06)
- Brasil: IGP-DI mensal de dezembro (8h)
- Brasil: Produção industrial de novembro (9h)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (10h30)
- Estados Unidos: Balança comercial de novembro (10h30)
Sexta-feira (07)
- Estados Unidos: Relatório de empregos privados (payroll) de dezembro (10h30)
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
OPA do Carrefour (CRFB3): de ‘virada’, acionistas aprovam saída da empresa da bolsa brasileira
Parecia que ia dar ruim para o Carrefour (CRFB3), mas o jogo virou. Os acionistas presentes na assembleia desta sexta-feira (25) aprovaram a conversão da empresa brasileira em subsidiária integral da matriz francesa, com a consequente saída da B3
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos
Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos