Simone Tebet vai ficar com o Planejamento — confira os órgãos que estarão sob o comando da futura ministra
A senadora aceitou a oferta de Lula, segundo o MDB. Ela, no entanto, perde os bancos públicos, mas o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) ficará sob o guarda-chuva de seu ministério.

Um dos principais pontos para a formação da equipe de ministros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi destravado nesta terça-feira (27). A senadora Simone Tebet vai comandar o Ministério do Planejamento.
Em entrevista no início da tarde, o futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o MDB confirmou que a senadora aceitou a oferta do presidente eleito.
“Recebemos por parte do presidente do MDB uma sinalização positiva e o presidente [Lula] deve ajustar encaminhamentos ao longo do dia”, disse Padilha.
Segundo o parlamentar reeleito, foi solicitada uma visita que deve ser ajustada na agenda.
Sem bancos públicos e sem PPI?
A grande questão em torno do convite era a exigência que Tebet fez sobre os bancos públicos. Ela queria que a Caixa, o Banco do Brasil e o BNDES ficassem sob o guarda-chuva da pasta.
Atualmente, o BB e Caixa ficam com o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Já BNDES entra no pacote do futuro ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o vice-presidente Geraldo Alckmin. O presidente do BNDES será Aloizio Mercadante.
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A demanda dos bancos públicos não será atendida e, ao que parece, nem o controle do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) ficará com a senadora.
Apesar das tentativas da cúpula do MDB de turbinar o Ministério do Planejamento com o PPI, a pasta a ser assumida por Tebet deve manter a estrutura sugerida pelo governo de transição.
O PPI, assim, vai de fato migrar do Ministério da Economia, onde foi alocado pelo presidente Jair Bolsonaro, para o controle da Casa Civil, de Rui Costa O desenho foi confirmado por Padilha.
Costa, inclusive, já havia escolhido quem será o responsável pelo PPI: o secretário de infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti.
Um lugar para Tebet
Terceira colocada nas eleições de outubro, a senadora apoiou Lula no segundo turno, participando ativamente da campanha do petista na reta final. Para muitos analistas políticos, o apoio dela foi fundamental para que Lula conseguisse um terceiro mandato como presidente.
Pessoas próximas às conversas para a formação da equipe ministerial do novo governo, no entanto, diziam que o comando de um ministério para Tebet era mais uma questão pessoal de Lula do que estratégia política do novo governo.
Além disso, uma ala do PT temia que, com um ministério turbinado, ela se tornasse um obstáculo para o partido nas eleições de 2026.
Antes de aceitar o Planejamento, a senadora chegou a ser sondada para Agricultura e Meio Ambiente, mas ficou de fora de ambos, que serão chefiados pelo senador Carlos Fávaro (PSD) e pela ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (Rede).
As últimas opções para ela eram o Planejamento, o Turismo ou as Cidades.
O guarda-chuva do Planejamento
Embora tenha ficado sem os bancos públicos, a pasta de Tebet é munida de órgãos importantes para a gestão de políticas públicas.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) — atualmente vinculados ao Ministério da Economia — estarão sob a coordenação da emedebista.
Enquanto o IBGE faz todo o retrato do Brasil, fundamental para o planejamento, o Ipea tradicionalmente é usado para pensar o futuro do país. Os dois órgãos de pesquisa municiam o governo federal para a articulação de políticas públicas.
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