Primeira disputa eleitoral de Sérgio Moro não será pelo Planalto: ex-juiz vai brigar por uma vaga ao Senado pelo Paraná
As pesquisas eleitorais já divulgadas apontam que Moro (União Brasil) briga pela vaga com seu “padrinho político”, o senador Alvaro Dias (Podemos)
A primeira disputa eleitoral do ex-juiz federal Sérgio Moro (União Brasil) não será pela presidência como era o plano inicial do ex-ministro e sim por uma vaga ao Senado pelo Paraná.
Quase um mês após anunciar que seria candidato pelo Estado, ele acabou com o suspense sobre o cargo e confirmou a pré-candidatura na manhã desta terça-feira (12), em entrevista coletiva em um hotel, no Centro de Curitiba.
"Sou pré-candidato ao senado pelo Paraná, a minha terra", disse Moro, em um vídeo logo na abertura do evento.
Na sequência, ele relembrou o início da Operação Lava Jato para explicar sobre a escolha ao Senado.
Moro estava ao lado do presidente do diretório municipal do União Brasil, o deputado federal Ney Leprevost.
Os presidentes estadual e nacional do partido, os deputados Felipe Francischini e Luciano Bivar, não estiveram presentes. Francischini teve um problema de saúde e precisou de atendimento médico antes da coletiva.
Os rivais de Moro no Senado
Na disputa ao Senado, as pesquisas eleitorais já divulgadas apontam que o ex-juiz e o senador Alvaro Dias (Podemos) brigam pela vaga.
Entre a última semana de junho e a primeira de julho, três pesquisas de institutos diferentes mostraram que o cenário está indefinido para o Senado.
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A diferença entre os dois pré-candidatos oscila entre 7% e 10% das intenções de voto. Moro apareceu à frente apenas no levantamento do Real Time Big Data, com 30% a 23% sobre Dias.
A pesquisa Ipespe mostrou o senador na dianteira, 31% a 24%. Já o levantamento da IRG Pesquisas indicou Dias com 32%, contra 22% do ex-juiz.
A rejeição a Moro
A sondagem do Ipespe mediu também a rejeição dos candidatos ao Senado no Paraná.
Moro lidera com 31% daqueles que não votariam "de jeito nenhum". Dias aparece em terceiro, atrás de Dr. Rosinha (PT), com 17%.
Outro fator a ser considerado nas pesquisas é a quantidade de indecisos e daqueles que não votariam nos pré-candidatos apresentados, que varia de 20% a 30%.
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Disputa contra padrinho político
Alvaro Dias articulou a entrada de Moro no Podemos, ainda antes da mudança do ex-ministro para o União Brasil, no fim de março.
Três meses e meio depois de desistir da candidatura à Presidência, que era apoiada pelo senador, o ex-juiz vai disputar contra o "padrinho político".
No mês passado, entre a possível corrida pelo Planalto, como representante da chamada terceira via, e a pré-candidatura ao Senado pelo Paraná, Moro viu frustrados os planos de se candidatar a uma vaga no Congresso por São Paulo.
Ele teve a transferência de domicílio eleitoral negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por não ter vínculo com o Estado. À época, o ex-juiz discordou, mas disse que respeitava a decisão.
O ex-ministro nasceu em Maringá (PR) e foi o responsável por julgamentos da Operação Lava Jato como juiz federal de primeira instância, de 2014 a 2018.
Depois, deixou a magistratura para assumir o Ministério da Justiça do recém-eleito, à época, presidente Jair Bolsonaro. Moro anunciou a saída do cargo em maio de 2020.
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Caso o petista vença, a ideia é que o número de ministérios passe dos atuais 23 para 32. Já Bolsonaro, que na campanha de 2018 prometeu ter apenas 15 ministérios e fazia uma forte crítica ao loteamento de cargos, hoje tem 23 e também deu pastas ao Centrão
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