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Camille Lima
Camille Lima
Repórter no Seu Dinheiro. Estudante de Jornalismo na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.
ELEIÇÃO HISTÓRICA

O retorno do “titã esquerdista”: Veja o que a imprensa gringa está falando da vitória de Lula

O tom adotado pelos grandes veículos do exterior é um só: a volta inédita do petista ao Palácio do Planalto, quatro anos depois de ter sido retirado da corrida presidencial que levou Bolsonaro ao comando do Brasil

Camille Lima
Camille Lima
31 de outubro de 2022
14:24 - atualizado às 14:29
Imprensa estrangeira repercute eleição no Brasil.
Imprensa estrangeira repercute eleição no Brasil. - Imagem: Reprodução/Montagem Seu Dinheiro

Há algum tempo, o sentimento entre os brasileiros era de que o segundo turno das eleições jamais chegaria. Por isso, é de se imaginar que quando o confronto entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) finalmente chegasse ao fim, a maioria esmagadora dos jornais brasileiros repercutiriam o resultado. O Seu Dinheiro, por exemplo, fez a cobertura completa do último domingo (30).

Acontece que não era apenas no Brasil que as decisões eleitorais eram aguardadas. Da Argentina à Inglaterra e da Espanha aos Estados Unidos, grandes veículos da imprensa estrangeira amanheceram com o resultado do pleito estampado em suas páginas. 

O tom adotado pelas narrativas era um só: o retorno inédito do petista ao Palácio do Planalto, quatro anos depois de ter sido cortado da corrida presidencial que levou Bolsonaro à chefia do Brasil.

O jornal norte-americano The Washington Post acredita que a vitória do ex-presidente “devolve um titã esquerdista do Sul Global ao cenário mundial, onde sua voz progressista contrastará fortemente com a da direita”.

O Post destacou as promessas de Lula de defender a democracia, salvar a floresta amazônica e levar justiça social ao país ao derrotar o presidente trumpiano do Brasil”. 

Já o portal do jornal New York Times ressaltou o “notável retorno político” de Lula após o político ter saído de uma cela de prisão. O petista ficou 580 dias detido sob determinação do então juiz Sergio Moro após os escândalos de corrupção ligados à Operação Lava Jato.

“A vitória completa um renascimento político impressionante para Lula – da presidência à prisão e vice-versa – que antes parecia impensável”, disse o NYT.

O jornal norte-americano ainda ressaltou como “dezenas de milhões de brasileiros se cansaram do estilo polarizador e das frequentes turbulências do governo” de Bolsonaro. 

Afinal, em mais de três décadas de democracia no Brasil, esta é a primeira vez em que um presidente em exercício não conseguiu vencer a reeleição, apesar das margens apertadas.

A vitória de Lula para os europeus

Para a britânica BBC, o maior desafio enfrentado por Lula será unir o Brasil. 

O petista venceu o segundo turno com a menor margem de vitória da história do país — o que mostra o quão dividido os brasileiros estão em relação à aceitação do novo chefe do Executivo.

“Goste dele ou o odeie, o fato de Lula, outrora o político mais popular do Brasil, estar voltando ao cargo máximo é um momento da história.”

A BBC enfatizou ainda o silêncio de Bolsonaro após a vitória do rival no domingo. “Um mau perdedor talvez, mas há uma preocupação real sobre se Bolsonaro e seus seguidores mais radicais aceitarão o voto.”

Outro britânico, o The Guardian, ressaltou que o candidato do PT disputou as eleições presidenciais deste ano “contra um oponente que ficará na história tanto pela forma como manchou o mais alto cargo do Brasil quanto por quaisquer grandes conquistas políticas”.

“O futuro de uma das maiores democracias do mundo e da floresta amazônica estava no fio da navalha quando o Brasil realizou sua eleição mais importante em décadas”, escreveu o jornal.

Na França, o foco da imprensa foi a expectativa — nacional e internacional — de uma resposta de Bolsonaro ao que foi decidido nas urnas, após inúmeros questionamentos do candidato à reeleição sobre a veracidade do sistema eleitoral brasileiro e sobre a mídia no país.

O Le Monde destacou que “a ‘fênix brasileira’ tinha um longo caminho para percorrer”, uma vez que, desde as eleições de 2018, o sentimento antipetista se espalhou pelo país e determinou a vitória do rival Bolsonaro há quatro anos.

As eleições do Brasil sob o olhar latino

Enquanto isso, na Argentina, o Clarín deu luz ao novo erro das pesquisas eleitorais, que previam uma vantagem maior de Lula ante Bolsonaro. 

“O resultado indica que o PT não conseguiu convencer plenamente um país que se voltou largamente para a centro-direita”, disse o jornal. 

Na visão do Clarín, a reduzida diferença entre o petista e o atual presidente consolidou Bolsonaro como o chefe da oposição a Lula e “tem reflexos que marcarão o futuro imediato do país”. 

O espanhol El País destaca que, apesar de as eleições finalmente terem chegado ao fim, a batalha de Lula ainda não terminou. “Bolsonaro foi derrotado nas urnas, mas é inegável que culturalmente não.”

“Os últimos meses viram uma estratégia altamente sofisticada para frustrar a tentativa de Bolsonaro de corroer a democracia, oferecendo uma lição importante para países cuja democracia também está ameaçada”, analisou o jornal.

Mesmo assim, o El País acredita que, ainda que Bolsonaro aceite a derrota em um cenário improvável e que a transição para Lula seja feita de forma pacífica, “é difícil que a democracia brasileira seja totalmente recuperada”.

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