O presidente Jair Bolsonaro surpreendeu nesta sexta-feira (17) e afirmou que o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL), pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte, também poderia assumir a vice na sua chapa à reeleição.
No entanto, em seguida, declarou que tem "dois excelentes nomes à mesa, Tereza Cristina e Braga Netto", confirmando o favoritismo de seus ex-ministros da Agricultura e da Defesa, respectivamente, para a vaga.
"Vice pode ser Tereza Cristina, Braga Netto, até o Rogério Marinho", afirmou Bolsonaro, em entrevista a uma rádio de Natal, Rio Grande do Norte, reduto político de Marinho.
Como mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em fevereiro, o Centrão pressiona por Tereza Cristina na vice como forma de ampliar a adesão de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino.
A articulação ganhou força na última semana com a dificuldade do presidente em crescer nas pesquisas de intenção de voto.
Antes de Bolsonaro chegar...
Enquanto Bolsonaro procura um vice, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) foi vaiado na quinta-feira (16).
Ele também esteve em Natal para evento da pré-campanha do ex-presidente Lula (PT), de quem será vice na chapa à presidência.
Alckmin foi vaiado nas duas vezes em que teve o nome anunciado no início do evento, realizado no estádio das Dunas.
Em seu discurso, Alckmin não comentou as vaias. O ex-governador falou rapidamente que o presidente Jair Bolsonaro faz críticas às urnas por temer uma derrota.
"O Bolsonaro, quando diz que desconfia urna eletrônica, ele não confia no voto popular. Sabe que não merece um segundo mandato pelo desastre que levou o Brasil", disse o ex-governador.
Lula não comentou as vaias ao seu futuro vice na chapa. Ressaltou as políticas sociais das gestões do PT no governo federal.