Bolsonaro alfineta banqueiros e diz que ações do governo contam mais do que “assinar cartinha”; confira o recado enviado pelo presidente
Chefe do Planalto fez referência aos manifestos em defesa da democracia articulados em reação à ofensiva sem provas do governo sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro — e que contou com a assinatura de banqueiros
Na tentativa de se aproximar do setor financeiro em evento promovido nesta segunda-feira (08) em São Paulo pela Febraban, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que os banqueiros precisam julgá-lo pelas suas ações.
"Não assinar cartinha", alfinetou, em referência aos manifestos em defesa da democracia articulados em reação à ofensiva sem provas do governo sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro - e que contou com a assinatura de banqueiros.
"Vocês têm que olhar na minha cara, ver minhas ações e me julgar por aí. Não assinar cartinha. A carta tem o objetivo sério de devolver o País para as mãos daqueles que fizeram mal feitos conosco", afirmou Bolsonaro na Febraban, em crítica aos manifestos organizados por Fiesp e USP.
"Quem quer ser democrata não tem que assinar cartinha, não", reiterou.
Bolsonaro e a democracia
Bolsonaro defendeu-se e disse que nunca agiu contra a democracia.
"Mandei prender deputado?", questionou, em nova crítica ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou prisão de oito anos e nove meses ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) por ataques à democracia.
O parlamentar, contudo, recebeu perdão presidencial menos de 24 horas depois da decisão.
"Onde está a ditadura? Está no Executivo?", seguiu Bolsonaro, no evento com banqueiros.
Mais sobre o evento
Bolsonaro deixou as dependências da Febraban, em São Paulo, acompanhado do ministro da Economia, Paulo Guedes, onde participaram de almoço com representantes da indústria financeira.
O almoço durou cerca de duas horas. Bolsonaro, candidato à reeleição, esteve também acompanhado do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do ex-ministro da Ciência e Tecnologia e candidato ao Senado, Marcos Pontes (PL).
Antes de deixar o local, o presidente fez algumas selfies com apoiadores no hall do prédio e depois saiu pelo elevador privativo sem falar com a imprensa.
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Caso o petista vença, a ideia é que o número de ministérios passe dos atuais 23 para 32. Já Bolsonaro, que na campanha de 2018 prometeu ter apenas 15 ministérios e fazia uma forte crítica ao loteamento de cargos, hoje tem 23 e também deu pastas ao Centrão
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