A internet caiu! Câmara não consegue aprovar PEC Kamikaze em segundo turno e Lira chama a polícia; entenda o caso
Os deputados tinham aprovado a chamada PEC que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição e decreta estado de emergência no País em primeiro turno e se preparavam para analisar destaques — sugestões de mudanças — e realizar um segundo turno de votação
Quem nunca reclamou que a internet caiu e não conseguiu prosseguir ou terminar um trabalho — ainda mais em tempos de home office — que atire a primeira pedra. Mas se você acha que isso só acontece na sua casa ou com meros mortais, está enganado.
Segundo informações da Broadcast, um problema técnico derrubou a internet do Congresso, suspendendo a sessão da Câmara que se preparava para votar em segundo turno a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição e decreta estado de emergência no País.
Os deputados tinham aprovado a chamada PEC Kamikaze em primeiro turno, por 393 votos a favor e 14 contrários, e se preparavam para analisar destaques — sugestões de mudanças — e realizar um segundo turno de votação.
Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi forçado a suspender a sessão por problemas técnicos com a internet.
Na sequência, Lira afirmou que a Polícia Federal (PF) estava indo à Câmara para investigar o que havia acontecido ao mesmo tempo em que sinalizava que a sessão para a votação da PEC dos benefícios só seria retomada na quarta-feira (12).
A sessão já começou conturbada
Se você é daquelas pessoas que acredita em sinais, talvez Lira não — mas tudo indicava que a votação da PEC Kamizake seria conturbada.
Primeiro porque os líderes partidários alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) passaram o dia tentando mobilizar os parlamentares para a votação.
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Depois, durante a votação no plenário, Lira fez um apelo para que os deputados fossem votar e determinou falta administrativa não comparecesse.
Para ganhar tempo, Lira ainda pautou primeiro a PEC do piso salarial da enfermagem, aprovada em primeiro turno.
A estratégia foi realizar apenas a primeira votação da proposta para os enfermeiros e deixar o segundo para depois da PEC dos Benefícios. Como o piso salarial é uma matéria de consenso, os governistas apostaram na manutenção do quórum ao longo da votação do pacote de benesses do governo.
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Detalhes da PEC Kamikaze
- Auxílio Brasil: Ampliação de R$ 400 para R$ 600 mensais e cadastro de 1,6 milhão de novas famílias no programa (custo estimado: R$ 26 bilhões);
- Bolsa-caminhoneiro: criação de um benefício de R$ 1 mil (custo estimado: R$ 5,4 bilhões);
- Auxílio-Gás: Ampliação de R$ 53 para o valor de um botijão a cada dois meses (o preço médio atual do botijão de 13kg, segundo a ANP, é de R$ 112,60; custo estimado: R$ 1,05 bilhão);
- Transporte gratuito de idosos: compensação aos Estados para atender a gratuidade, já prevista em lei, do transporte público de idosos (custo estimado: R$ 2,5 bilhões);
- Etanol: Repasse de até R$ 3,8 bilhões a Estados para manutenção do ICMS em 12% para manter a competitividade do biocombustível em relação à gasolina; Taxistas:
- Auxílio-gasolina de R$ 200 para os taxistas ao custo de R$ 2 bilhões;
- Alimenta Brasil: R$ 500 milhões seriam direcionados ao programa para a compra de alimentos de agricultores familiares.
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