O The Merge do ethereum foi um fiasco? 3 fatos para entender por que a criptomoeda despencou após a atualização mais esperada da história
Analistas entendem que os benefícios do The Merge apenas começaram, e a disparada das cotações só deve acontecer entre três e cinco anos

O The Merge (A Fusão, na tradução do inglês) era a atualização mais esperada do ano para o mercado de criptomoedas e foi estabelecida com sucesso na rede do ethereum (ETH). Naturalmente, um evento de grande porte deveria se refletir em uma disparada das cotações do token nativo da blockchain, mas não foi o que aconteceu.
Em pouco menos de duas semanas após a atualização, o token ETH recuava mais de 20%, mesmo sem nenhum problema antes, durante ou depois do The Merge. Nesta terça-feira (27), a queda é de aproximadamente 11%.
Confira o desempenho do ethereum de acordo com o Cryptorank:
Desempenho | No mês | No ano | Em 12 meses | No trimestre |
Ethereum (ETH) | -14,4% | -63,9% | -56,5% | +24,7% |
É certo que o cenário macroeconômico vem pressionando o mercado de criptomoedas desde o início do ano. Afinal, os juros altos em todo planeta limitam o desenvolvimento de projetos e enxugam a liquidez dos mercados globais.
Mas existem fatores que vão além desses eventos alheios ao mercado de criptomoedas. Aqui vão três motivos que explicam por que o The Merge não impulsionou as cotações do ethereum:
1. Ninguém esperava uma disparada de preços do ethereum
Apesar de o The Merge ser um evento de grande porte, essa atualização não mudaria nada que afetasse diretamente as cotações do ethereum.
Leia Também
Recapitulando: o The Merge é uma mudança no método de validação da rede ethereum, passando do mecanismo de proof-of-work (PoW, a prova de trabalho) para o proof-of-stake (PoS, a prova de participação).
Essa mudança por si só não gera um impacto imediato no token, ainda que prepare a blockchain para ganhar espaço no futuro.
As próximas atualizações — aí sim — devem ter efeitos mais visíveis nas cotações, resolvendo, principalmente, problemas de escalabilidade (crescimento) da blockchain.
- EXCLUSIVO "BOLSONARO X LULA": com 7 de setembro e ânimos à flor da pele para eleições, saiba como as eleições podem mexer com o Ibovespa daqui para frente e o que aconteceu com a Bolsa nas últimas 6 eleições, de 1998 a 2018. Basta liberar o material gratuito neste link.
2. Quedas acontecem após grandes eventos
Existe um ditado no mercado tradicional que diz que um ativo “sobe no boato e cai no fato”, e a mesma máxima se aplica às criptomoedas.
Uma semana antes de o The Merge acontecer, o mercado de ativos digitais viveu um curto período de altas nas cotações — também chamado de “rali de alívio” ou “de bear market rally”. Durante esse avanço de fôlego reduzido, a parte do otimismo com a atualização foi assimilada pelo mercado.
“O fato de não termos visto nenhum alívio no cenário macroeconômico e o fato de o Merge vir ao final de um pequeno rali de alívio certamente também contribuíram para a queda observada. Acabou que, nesse caso, tivemos mais um evento do tipo ‘buy the rumor, sell the news’”, afirma Rafael Castaneda, analista da Mercurius Crypto.
Após o estabelecimento da atualização, os investidores “caíram no fato” de que não havia motivo para uma nova disparada e começaram a se desfazer de suas posições, como afirma Castaneda em entrevista ao Papo Cripto.
Mas nem sempre é assim
Vale ressaltar que o mercado cripto ainda é extremamente imaturo e irracional.
Sua dinâmica ainda não é exatamente clara, o que resulta em pouca eficiência no momento de precificar ocorrências, e ao mesmo tempo, em ser extremamente sujeito a manipulações — de notícias ou de cotações.
Com isso, grandes eventos costumam ser catalisadores de volatilidade porque costumam atrair atenção e volume de negociações.
3. O tempo é aliado do ethereum
Assim como não existe um “preço justo” para o ethereum, o “tempo mínimo” para que o investimento em criptomoedas dê os retornos esperados também não existe: pode acontecer em um dia, uma semana, um mês ou demorar anos.
Entretanto, os efeitos do The Merge no preço do ethereum devem começar a aparecer entre três e cinco anos. Quem explica a nova dinâmica da rede é Valter Rebelo, analista de criptomoedas da Empiricus.
“Houve uma redução da emissão de éter e estamos comprando a segurança do protocolo por meio do staking. Isso tende a ser muito bom numa janela de três a cinco anos, com um crescimento orgânico acontecendo”, diz.
O staking é o novo método de validação da rede, você pode entender como ele funciona nesta matéria especial.
Como os preços podem subir?
O The Merge é apenas um dos passos em direção à versão 2.0 do ethereum, também chamado de Ethereum Definitivo. As próximas atualizações devem influenciar mais diretamente os preços de tela da segunda maior criptomoeda do mundo.
Mas o The Merge também irá limitar a emissão de novos tokens ETH em rede. Isso, somado ao fato de que a rede limita o número de criptomoedas em circulação por meio do burn (destruição), deve tornar o ethereum deflacionário em pouco tempo.
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Salão de Xangai 2025: BYD, elétricos e a onda chinesa que pode transformar o mercado brasileiro
O mundo observa o que as marcas chinesas trazem de novidades, enquanto o Brasil espera novas marcas
Bitcoin (BTC) rompe os US$ 95 mil e fundos de criptomoedas têm a melhor semana do ano — mas a tempestade pode não ter passado
Dados da CoinShares mostram que produtos de investimento em criptoativos registraram entradas de US$ 3,4 bilhões na última semana, mas o mercado chega à esta segunda-feira (28) pressionado pela volatilidade e à espera de novos dados econômicos
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Pouco ou muito otimista? Ark Invest projeta bitcoin em US$ 2,4 milhões em 2030
Gestora de criptoativos projeta alta média anual de 72% do bitcoin nos próximos cinco anos.
A marca dos US$ 100 mil voltou ao radar: bitcoin (BTC) acumula alta de mais de 10% nos últimos sete dias
Trégua momentânea na guerra comercial entre Estados Unidos e China, somada a dados positivos no setor de tecnologia, ajuda criptomoedas a recuperarem parte das perdas, mas analistas ainda recomendam cautela
JBS (JBSS3) avança rumo à dupla listagem, na B3 e em NY; isso é bom para as ações? Saiba o que significa para a empresa e os acionistas
Próximo passo é votação da dupla listagem em assembleia marcada para 23 de maio; segundo especialistas, dividendos podem ser afetados
Vai dar zebra no Copom? Por que a aposta de uma alta menor da Selic entrou no radar do mercado
Uma virada no placar da Selic começou a se desenhar a pouco mais de duas semanas da próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 6 e 7 de maio
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
O turismo de luxo na Escandinávia é diferente; hotéis cinco-estrelas e ostentação saem do roteiro
O verdadeiro luxo em uma viagem para a região escandinava está em praticar o slow travel
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Trump recua e bitcoin avança: BTC flerta com US$ 94 mil e supera a dona do Google em valor de mercado
Após a Casa Branca adotar um tom menos confrontativo, o mercado de criptomoedas entrou em uma onda de otimismo, levando o bitcoin a superar o valor de mercado da prata e da Alphabet, controladora do Google
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Solana (SOL) no Itaú: banco expande sua oferta de criptomoedas e adiciona 3 novos tokens no app
Além do bitcoin (BTC) e do ethereum (ETH), disponíveis desde 2024, Itaú adiciona XRP, solana (SOL) e USDC ao seu catálogo de investimentos