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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
DE TIRAR O CHAPÉU

‘Por que os bancos existem?’: entenda a tese que ganhou o Prêmio Nobel de economia sobre a crise nos bancos

Ao contrário dos outros prêmios Nobel, o de economia não foi estabelecido no testamento de Alfred Nobel de 1895, mas pelo BC sueco, com a primeira premiação entregue em 1969

Renan Sousa
Renan Sousa
10 de outubro de 2022
12:32
O Prêmio Nobel de Economia de 2022 foi atribuído ao ex-presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) Ben S. Bernanke e dois economistas dos Estados Unidos, Douglas W. Diamond e Philip
O Prêmio Nobel de Economia de 2022 foi atribuído ao ex-presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) Ben S. Bernanke e dois economistas dos Estados Unidos, Douglas W. Diamond e Philip. Imagem: Divulgação

O Prêmio Nobel de Economia de 2022 foi atribuído ao ex-presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) Ben S. Bernanke e dois economistas dos Estados Unidos, Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig, por estudos sobre bancos e crises financeiras.

O anúncio foi feito pela Academia Real de Ciências da Suécia, em Estocolmo, nesta segunda-feira (10).

Na conferência do anúncio, o comitê avaliou que o trabalho dos três economistas mostrou como é vital evitar colapsos de bancos.

O prêmio em dinheiro é de 10 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 4,6 milhões), que serão entregues em 10 de dezembro deste ano. 

E o Nobel de economia vai para…

Os economistas Diamond e Dybvig receberam o prêmio porque desenvolveram modelos teóricos que explicam três pontos principais relacionados às instituições financeiras.

São eles: porque os bancos existem, como seu papel na sociedade os torna vulneráveis a rumores sobre seu colapso iminente e como a sociedade pode reduzir essa vulnerabilidade.

Ambos apresentaram uma solução para a vulnerabilidade bancária, na forma de seguro de depósito do governo.

"Quando os depositantes sabem que o estado garantiu seu dinheiro, eles não precisam mais correr para o banco assim que começam os rumores de uma falência bancária." Diamond também mostrou como os bancos desempenham um importante papel social, avaliou a academia sueca.

História das crises bancárias

Já Bernanke, ex-presidente do Fed, analisou as particularidades da Grande Depressão dos anos 1930 e mostrou como os bancos foram um fator decisivo para tornar a crise tão profunda e prolongada, afirmou o comitê.

Segundo a academia, os premiados "melhoraram significativamente nossa compreensão do papel dos bancos na economia, particularmente durante as crises financeiras, além de como regular os mercados financeiros".

"Quando os bancos entraram em colapso, informações valiosas sobre os tomadores de empréstimos foram perdidas e não puderam ser recriadas rapidamente. A capacidade da sociedade de canalizar poupanças para investimentos produtivos foi severamente diminuída", comentou a academia sobre a pesquisa de Bernanke.

PIB, salário mínimo e educação

Além disso, sua análise mostrou quais fatores foram importantes na queda do PIB e descobriu quais fatores que estavam diretamente relacionados à falência dos bancos foram responsáveis pela maior parte da recessão.

No ano passado, metade do prêmio foi para David Card por sua pesquisa sobre como o salário mínimo, a imigração e a educação afetam o mercado de trabalho.

A outra metade foi compartilhada por Joshua Angrist e Guido Imbens por proporem como estudar questões que não se encaixam facilmente nos métodos científicos tradicionais.

Histórico do prêmio Nobel

Ao contrário dos outros prêmios Nobel, o de economia não foi estabelecido no testamento de Alfred Nobel de 1895, mas pelo banco central sueco em sua memória. O primeiro vencedor foi escolhido em 1969.

Os anúncios do Prêmio Nobel começaram na última segunda-feira (03) de outubro. Confira as premiações já entregues: 

  • O cientista sueco Svante Paabo recebeu o prêmio em Medicina por desvendar os segredos do DNA neandertal que forneceram informações importantes sobre nosso sistema imunológico.
  • Três cientistas ganharam conjuntamente o prêmio em Física na terça-feira (04): o francês Alain Aspect, o americano John F. Clauser e o austríaco Anton Zeilinger mostraram que partículas minúsculas podem manter uma conexão umas com as outras mesmo quando separadas, um fenômeno conhecido como emaranhamento quântico, que pode ser usado para computação especializada e para criptografar informações.
  • O Prêmio Nobel de Química foi concedido na última quarta-feira (05) aos americanos Carolyn R. Bertozzi e K. Barry Sharpless, e ao cientista dinamarquês Morten Meldal por desenvolverem uma maneira de "juntar moléculas" que pode ser usada para explorar células, mapear DNA e projetar drogas que buscando curar doenças como o câncer com maior precisão.
  • A escritora francesa Annie Ernaux ganhou o Prêmio Nobel de Literatura na quinta-feira (06). O painel a elogiou por misturar ficção e autobiografia em livros que exploram sem medo suas experiências como uma mulher da classe trabalhadora na França desde a década de 1940.
  • Já o Prêmio Nobel da Paz foi para o ativista de direitos humanos da Bielorrússia Ales Bialiatski, o grupo russo Memorial e a organização ucraniana Centro pelas Liberdades Civis, na sexta-feira (07).

*Com informações do Estadão Conteúdo

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