XP (XPBR31) reporta captação líquida mais lenta no 1T22 e ações despencam no after-hours
Balanço do primeiro trimestre de XP confirmou números divulgados na prévia operacional, publicada em abril
O primeiro trimestre de 2022 marcou uma desaceleração da captação líquida da XP, conforme mostrou o balanço divulgado hoje (3). A companhia registrou queda de 5% em relação ao trimestre anterior, de R$ 48 bilhões para R$ 46 bilhões.
Os números confirmaram a prévia operacional do período, divulgada em meados de abril.
Além do ritmo mais lento de captação, o lucro líquido ajustado da gigante dos investimentos recuou 9% do quarto trimestre de 2021 para os três primeiros meses de 2022, chegando a R$ 987 milhões. Porém, comparando com o mesmo período de 2021, houve alta de 17%.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado recuou 14% de um trimestre para outro e atingiu R$ 1,2 bilhão. Ante o primeiro trimestre de 2021, o Ebitda cresceu 14%.
Os ativos sob custódia, uma das métricas mais importantes para o setor de investimentos, cresceram tanto na comparação trimestral quanto na anual. Em relação ao quarto trimestre de 2021, houve aumento de 7%, para R$ 873 bilhões. Comparando com o mesmo período do ano passado, houve alta de 22%.
Aparentemente, os resultados desagradaram os investidores. As ações da empresa, listadas na Nasdaq, chegaram a cair mais de 15% nas negociações after hours logo após a divulgação dos resultados. Os papéis, no entanto, reduziram as perdas e caíram 4,66% nos pós-mercado em Nova York.
Leia Também
Em comunicado, a XP cita uma conjuntura desafiadora no início do ano, marcada por um pico de casos de Covid no Brasil e pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. Além, claro, do primeiro trimestre do ano ser tipicamente mais fraco.
"O cenário mencionado impactou as emissões de mercado de capitais e atividade de clientes, principalmente
em janeiro. Desde então, houve uma melhora rápida de métricas operacionais, com uma performance forte
no mês de março em todos nossos canais e negócios", disse a companhia.
Agentes autônomos da XP continua crescendo
A rede de agentes autônomos de investimentos (AAIs) conectados à XP segue evoluindo e atingiu no primeiro trimestre a marca de 10,7 mil, um crescimento de 4% trimestre contra trimestre e de 24% ano contra ano.
Vale lembrar que XP e BTG Pactual travam uma batalha por esses profissionais.
A corretora deve continuar desenvolvendo a profissão no Brasil e acredita poder mais que triplicar o número de AAIs nos próximos anos.
Novas verticais da XP
Dentre as novas verticais da XP, destaque para os cartões de crédito, cujas transações somaram R$ 4,5 bilhões no primeiro trimestre, ante R$ 500 milhões no mesmo período de 2021 e R$ 4,4 bilhões no trimestre anterior.
O total de cartões ativos ultrapassou a marca de 308 mil, um crescimento de 27% trimestre contra trimestre e de 316% ano contra ano. De acordo com a XP, o aumento recente em cartões ativos está ligado à decisão de de reduzir o valor mínimo de investimentos na marca XP para R$ 5 mil para elegibilidade ao cartão de crédito.
Receita de mercado de capitais despenca
A redução nas atividades de mercado de capitais fez a receita com essa modalidade despencar 55% do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022. Ela também caiu 48% na comparação anual.
Segundo a corretora, em março já foram vistos sinais positivos para ofertas de dívida, com uma demanda represada criando um pipeline robusto para os próximos trimestres.
Leia também:
- Quanto vale a ação da XP? Credit Suisse corta preço-alvo para US$ 30, mas Goldman Sachs estima o dobro
- Itaú (ITUB4) pagará R$ 7,9 bilhões por nova fatia da XP (XPBR31); por que o banco fará a aquisição após se desfazer de sua participação original na corretora?
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
