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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

MY MY, HEY HEY

Após ação desabar mais de 20%, Spotify esboça reação a boicote de artistas e usuários

Plataforma anuncia revisão de política de informação sobre pandemia e podcaster promete andar na linha depois de saída de Neil Young e Joni Mitchell

Ricardo Gozzi
31 de janeiro de 2022
14:13 - atualizado às 10:23
Montagem com Joni Mitchell, Neil Young e o logotipo do Spotify
Joni Mitchell e Neil Young deixaram o Spotify Imagem: Montagem Andrei Morais / Envato / Wikimedia / Shutterstock

Dizem que o bolso é o “órgão” mais sensível do corpo humano. E os acionistas do Spotify (S1PO34) não nos deixam mentir.

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Depois de verem o preço de suas ações derreter 23,6% em poucas semanas, os diretores da plataforma romperam o silêncio e adotaram uma estratégia de contenção de danos cujos efeitos ainda precisam ser observados.

Os problemas da plataforma começaram nos primeiros dias de 2022, quando cientistas publicaram uma carta aberta em protesto contra a divulgação de desinformações sobre a pandemia no podcast ancorado por Joe Rogan.

A carta criticava o teor de um episódio do podcast Joe Rogan Experience publicado no Spotify no fim do ano passado.

Desencorajamento à vacinação de jovens e crianças e promoção de remédios ineficazes contra a covid-19 encabeçavam as queixas expostas na carta aberta da comunidade científica. Isso sem contar as teorias conspiratórias levadas ao ar por Rogan.

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Empurrando com a barriga

Em princípio, pouca gente pareceu dar atenção para a carta e menos gente ainda a relacionou à queda no preço das ações. Aqui na B3, o Spotify tem BDRs negociados com o código S1PO34.

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Para o Spotify, que vinha voando em céu de brigadeiro até o fim do ano passado, o protesto parecia sinalizar apenas uma turbulência.

Com mais de 200 milhões de downloads por mês, o podcast Joe Rogan Experience é um dos mais ouvidos do mundo.

Tempestade perfeita

O cenário começou a ganhar contornos de tempestade somente na semana passada, quando o cantor e compositor canadense Neil Young primeiro exigiu um posicionamento do Spotify. Ou eu ou ele?

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A direção do Spotify nem corou. Em 2020, a plataforma teria desembolsado mais de US$ 100 milhões em troca da exclusividade do podcast de Rogan, assim como de sua milionária receita com publicidade.

Neil Young? Bem, Neil Young é só um dos mais influentes compositores do século 20. A opção da plataforma foi dispensar o ícone da contracultura e manter um podcast que violava suas próprias - ainda que desconhecidas do público externo - políticas de conteúdo.

Influência duradoura

O que talvez não se esperasse era o impacto da decisão de Neil Young. Atualmente com 76 anos, Young fez sucesso nas décadas de 1960 e 1970. Mas suas composições influenciam as gerações que o sucederam.

Em meio ao desenrolar do caso, Joni Mitchell desembarcou do Spotify em solidariedade. Canadense como Neil Young, ela é também uma das mais influentes compositoras de sua geração.

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Além da repercussão negativa nas mídias sociais, a notícia levou a uma onda ainda não mensurada de cancelamentos entre os assinantes do serviço de streaming de áudio.

Perdas bilionárias do Spotify

O fato é que, ainda que as receitas com Rogan sejam milionárias, as perdas derivadas do episódio atingiram a casa dos bilhões.

Entre a carta aberta dos cientistas e o fechamento da última sexta-feira, a ação do Spotify perdeu 23,6% de seu valor. Somente na semana passada, a plataforma perdeu US$ 3 bilhões em valor de mercado.

Depois de alguns dias de silêncio, o cofundador e executivo-chefe do Spotify, Daniel Ek usou suas redes sociais no domingo para anunciar “mudanças” nas políticas do Spotify.

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“Temos regras em vigor há muitos anos, mas é certo que não fomos transparentes em relação às políticas que orientam nosso conteúdo de forma mais ampla”, disse Ek, que não cita Young nem Rogan na mensagem.

“Com base no feedback das últimas semanas, ficou claro para mim que temos a obrigação de fazer mais para proporcionar equilíbrio e acesso a informações amplamente aceitas das comunidades médica e científica que nos orientam nesse período sem precedentes.”

Daniel Ek, cofundador e executivo-chefe do Spotify

O discurso parece bonito. Na prática, porém, o Spotify vai se limitar a colocar uma tarja de advertência nos podcasts sobre a pandemia e a manter uma área com informações sobre a covid-19 corroboradas pela comunidade científica.

Rogan pede desculpas

Enquanto os comentários de Ek eram digeridos, Joe Rogan usou sua conta no Instagram para pedir desculpas. Ao Spotify.

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Ele negou que sua intenção fosse divulgar informações erradas, admitiu que “entendeu as coisas de maneira equivocada” e prometeu levar ao ar opiniões mais equilibradas.

E, mediante livre e espontânea pressão, arrematou: “Não estou bravo com o Neil Young. Sou um grande fã dele”.

As más línguas asseguram que os recuos do Spotify e de Rogan foram motivados por um meme assustador: a banda Nickelback (olha os canadenses aí de novo) ameaçava subir novas músicas na plataforma se o podcast não fosse cancelado.

O que se sabe é que o passo atrás fez bem para os negócios. As ações do Spotify subiam mais de 10% na sessão de hoje na bolsa de Nova York.

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*Com informações da BBC e do MarketWatch

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