Lucro do Itaú (ITUB4) vem dentro do esperado, mas despesas com provisões crescem
Lucro do Itaú (ITUB4) ultrapassou R$ 8 bilhões, mas ainda ficou abaixo do estrelado Banco do Brasil (BBAS3). Confira os números
Na corrida pelo título de melhor resultado entre os bancos, o Itaú (ITUB4) acabou ficando em segundo lugar. O lucro líquido gerencial da instituição chegou a R$ 8,079 bilhões no terceiro trimestre de 2022, o que representa um aumento de 19,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Houve aumento também na comparação com o segundo trimestre, mas de 5,2%.
Mas o montante ainda ficou abaixo do Banco do Brasil (BBAS3), que obteve lucro ajustado de R$ 8,360 bilhões no terceiro trimestre e foi a grande estrela do período.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do Itaú, uma medida importante da saúde dos bancos, cresceu para 21%, vindo de 20,8% no segundo trimestre e de 19,7% no mesmo período do ano passado. Houve, ainda, aumento da carteira de crédito total, que alcançou R$ 1,111 trilhão.
Confira a cobertura dos grandes bancos:
- “Risco Lula” derruba Banco do Brasil (BBAS3) na bolsa apesar do resultado estrelado; saiba o que esperar das ações
- Vai piorar antes de melhorar: os recados do CEO do Bradesco após o tombo no lucro do terceiro trimestre
- Santander (SANB11) tem piora da inadimplência e lucro cai no 3T22
E todo esse crescimento foi possível com deterioração mínima da inadimplência, que cresceu apenas 0,1 ponto percentual em relação ao trimestre passado, para 2,8%.
O resultado do Itaú se descolou em grande medida do Bradesco (BBDC4), que nesta semana reportou um verdadeiro tombo no lucro e no ROE, além de uma inadimplência feroz que ainda não atingiu o pico. O resultado se refletiu numa queda de 17% da ação no pregão do dia seguinte.
Margem com clientes sobe, mas com mercado despenca
O aumento consistente do lucro do Itaú foi motivado pelo aumento da margem financeira com clientes, que cresceu 6,4% no trimestre e 33% na comparação com o mesmo período de 2021.
Leia Também
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
A margem com o mercado, no entanto, caiu 20,6% no trimestre devido a menores ganhos na tesouraria da América Latina. Este pode ser um ponto de atenção que pode desagradar investidores e analistas.
Itaú aumenta provisões contra inadimplência
A expansão contínua da carteira de crédito, com maior originação em produtos de crédito ao consumo e sem garantias, estimulou também um crescimento das despesas de provisão contra calotes, que saltaram 49,8% na comparação com o mesmo período de 2021 e 5,9% no trimestre.
O índice de cobertura, por sua vez, chegou a 215%, queda de 3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.
No terceiro trimestre, a inadimplência total, isto é, as dívidas vencidas há mais de 90 dias, subiu de 2,7% para 2,8% entre os trimestres, uma deterioração pequena, se comparada a outros pares.
O índice total considera a inadimplência de toda a operação do Itaú no Brasil e na América Latina, o que notadamente puxa o número para baixo. Separando o índice, é possível verificar que a inadimplência apenas no Brasil está mais forte e chegou a 3,2%, uma alta de 0,2 ponto percentual entre trimestres.
Já na América Latina, a inadimplência está em trajetória de queda e encerrou setembro em 1,3%, 0,4 ponto percentual a menos que no trimestre encerrado em junho.
Venda de carteiras
Além do aumento das provisões, o Itaú promoveu a venda de carteiras ativas sem retenção de riscos com valor de face de R$ 606 milhões. Essa venda trouxe impacto positivo de R$ 53 milhões no custo do crédito.
Do total, R$ 437 milhões referem-se a uma carteira de pessoas físicas que estava com atraso superior a 90 dias, dos quais R$ 269 milhões ainda se encontrariam ativos ao final de setembro de 2022, não fosse a venda.
Os R$169 milhões restantes correspondiam a carteiras ativas em dia e com atraso curto de pessoas jurídicas, e não trouxeram impacto material nos indicadores de inadimplência.
Carteira de crédito do Itaú aumenta
Como dito acima, a carteira de crédito do Itaú se expandiu, puxada, principalmente, pelo segmento de pessoas físicas. Essa carteira cresceu 3,4% no trimestre, impulsionada pelos créditos pessoal, imobiliário e consignado. Em 12 meses, a carteira desse segmento cresceu 27%, com destaque para crédito pessoal, cartão de crédito e crédito imobiliário.
A carteira de pessoas jurídicas, cuja inadimplência costuma ser historicamente menor que a de pessoas físicas, cresceu a um ritmo mais lento, apenas 1,9% no trimestre e 13,8% em 12 meses.
Receitas estáveis
Quanto às receitas de prestação de serviços e seguros, houve, praticamente, estabilidade no trimestre. De acordo com o Itaú, as receitas maiores com cartões e seguros não foram suficientes para superar o impacto da queda de faturamento com banco de investimento e administração de recursos. No total, essas receitas chegaram a R$ 12,250 bilhões, queda de 0,2% no trimestre e de 5,9% na comparação com o mesmo período de 2021.
Falando especificamente das receitas com serviços de conta corrente, houve queda de 3,7% no trimestre e de 4,5% em 12 meses, o que, segundo o Itaú, foi resultado de uma agenda proativa do banco que tem aumentado isenções e reduções nos valores cobrados dos clientes.
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
