O plano do Golden State Warriors para se tornar a franquia esportiva mais valiosa do mundo – e, claro, tem cripto e NFT no meio
Avaliado em US$ 4,7 bilhões, Golden State Warriors tem plano de crescimento que inclui fontes de receita inovadoras no mundo do esporte
De 2015 a 2019, não teve para ninguém na Conferência Oeste da NBA. O Golden State Warriors dominou a cena por cinco temporadas seguidas. E em três delas (2015, 2017 e 2018) faturou o título mais cobiçado do basquete norte-americano.
A pandemia distanciou o time de São Francisco dos títulos, mas não parou a máquina de fazer dinheiro em que o Warriors se transformou na última década.
O valor de mercado do Golden State Warriors passou de US$ 3,5 bilhões antes da pandemia para US$ 4,7 bilhões no ano passado. E, segundo pessoas familiarizadas com as finanças do time, deve adicionar US$ 700 milhões em receitas em 2022, informa a CNBC.
Se seguir nessa toada, é possível que o Golden State Warriors se transforme em breve na franquia esportiva mais valiosa do mundo.
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Que futebol que nada
Temos o hábito, no Brasil, de olhar para os clubes europeus como referência de valor de mercado. Mas ainda que seja de longe o esporte mais popular do planeta, no futebol, a quantidade grandes - e valiosos - times ao redor do mundo pulveriza consideravelmente os valores.
Segundo o mais recente ranking elaborado pela Forbes, todos os integrantes do pódio das mais valiosas franquias esportivas do mundo em 2021 tinham sede nos Estados Unidos. E nenhuma delas pertence ao mundo do futebol.
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Top 3 das franquias esportivas mais valiosas do mundo
- 1º lugar: Dallas Cowboys (NFL, liga de futebol americano): US$ 5,7 bilhões;
- 2º lugar: New York Yankees (MLB, liga de beisebol dos EUA): US$ 5 bilhões;
- 3º lugar: New York Knicks (NBA): US$ 5,25 bilhões.
Dois gigantes do futebol internacional aparecem nas quarta e quinta colocações. Rivais nos gramados da Espanha, Barcelona e Real Madrid são separados por alguns “míseros” milhões de dólares. Enquanto o azul-grená catalão é estimado em US$ 4,76 bilhões, a esquadra merengue é avaliada pela Forbes em US$ 4,75 bilhões.
Só então o Golden State Warriors aparece na lista, em sexto lugar, com US$ 4,7 bilhões.
Portanto, é preciso ir por partes. Para se transformar na franquia mais valiosa do mundo, o time de São Francisco ainda precisa se tornar o maior da NBA em valor de mercado.
Golden State Warriors pode superar o New York Knicks ainda este ano
Se as fontes da CNBC estiverem certas, é possível que o Golden State Warriors ultrapasse o New York Knicks já em 2022.
Os Warriors têm a maior folha de pagamento da NBA, estimada em mais de US$ 180 milhões na temporada 2021-22. O time mantém em seu elenco o armador Stephen Curry, um dos jogadores mais valiosos da NBA.
“Com a trajetória em que estão e o esforço empenhado por eles na franquia, isso não me surpreenderia”, disse Bryce Erickson, vice-presidente sênior da consultoria Mercer Capital. Ele é especializado em avaliação de times esportivos. “Eu certamente acho que é possível”, assegurou Erickson à CNBC.
Avaliações têm fatores subjetivos
É preciso levar em consideração que as avaliações de times esportivos muitas vezes são infladas e levam em conta fatores amplamente subjetivos.
Além de transações formais cujas informações tornam-se públicas, os especialistas incluem em suas contas os múltiplos de receita e adicionam receita operacional, as receitas compartilhadas e quaisquer outros ativos vinculados ao clube, o que pode incluir imóveis e outros bens sem liquidez efetiva.
Em termos práticos, porém, os Warriors já estão superando a concorrência: em 2021, o time de São Francisco liderou a NBA em receita relacionada ao basquete, com US$ 474 milhões, segundo a Forbes. Enquanto isso, a receita dos Knicks caiu para US$ 421 milhões, de US$ 472 milhões em 2020, provavelmente resultado de perdas relacionadas à pandemia.
Adicionemos a receita de outros eventos no Chase Center - o ginásio onde o Warriors manda seus jogos - e os ganhos com novos projetos e os valores levantados pelo time crescem ainda mais.
O plano do Golden State Warriors
Com o cenário devidamente contextualizado, vamos agora ao plano do Golden State Warriors.
O projeto prevê novas - e volumosas - receitas com a recém-lançada divisão Golden State Entertainment (GSE).
O empreendimento conta com a implementação de uma espécie de bolsa interna para negociação de ingressos de camarote, uma parceria com uma empresa de criptomoedas e estímulos ao setor de blockchain para lucrar com NFTs, os tokens não fungíveis.
Tudo isso apenas dois anos depois de o Golden State Warriors ter-se mudado para o Chase Center, um complexo esportivo estimado em US$ 1,4 bilhão na cidade de São Francisco.
O espaço físico garante ao time receita com os imóveis ao redor e uma renda de aluguel proveniente da Uber, com a qual mantém relações comerciais.
Para além do basquete...
O presidente e diretor de operações do Golden State Warriors, Brandon Schneider, diz que os projetos são fundamentais para tornar o time uma força para além das quadras de basquete.
“A Disney começou como um parque temático”, disse Schneider à CNBC. “Os Warriors começaram como um time de basquete. Veja o que a Disney se tornou e o que os Warriors estão se tornando.”
Schneider conversou com a CNBC em 14 de abril, a um dia de completar seu primeiro aniversário como presidente dos Warriors. Ele sucedeu Rick Welts, que se aposentou no ano passado depois de pouco mais de uma década à frente do time.
Segundo o atual executivo, o objetivo do Golden State Warriors é se transformar em “líder global em experiências e entretenimento”. E acrescentou que a franquia “alavancaria a força da marca” e inovaria em tecnologia, “porque estamos na Área da Baía de São Francisco, o epicentro tecnológico do mundo”.
Golden State Warriors pretende criar e distribuir conteúdo próprio de mídia
A expectativa é de que a Golden State Entertainment gere conteúdo próprio em parceria com a Mandalay Entertainment.
A GSE produzirá documentários, lançará um novo single com a estrela de K-pop Bambam e explorará festivais de música.
Além disso, a GSE alinha os Warriors com o licenciamento de produtos de mídia para gigantes do streaming como a Apple, que este ano recebeu conteúdo esportivo em sua plataforma, e a Netflix, que anda precisando rebolar para reverter a queda no número de assinantes.
O rei do camarote
Em fevereiro, os Warriors lançaram a SuiteXchange, uma plataforma de troca de ingressos para camarotes de luxo dentro do Chase Center. Ela aproveita a tecnologia blockchain e permite a captura de dados e ganhos com as taxas de transação.
Ao mesmo tempo, o Golden State Warriors negocia com outros times da NBA a possibilidade de conceder acesso a esse rede. Segundo Schneider, isso poderia transformar a SuiteXchange numa espécie de “Ticketmaster dos camarotes”.
No campo das NFTs, o Golden State Warriors já faturou mais de US$ 2 milhões com a venda de tokens. Já a parceria com a plataforma de criptomoedas FTX rendeu um acordo de patrocínio de US$ 10 milhões.
Schneider acredita que, desde que os Warriors sejam criativos e invistam “nas experiências certas, o dinheiro vem”.
Mas o foco é o esporte
A eventual transformação do Golden State Warriors na mais valiosa franquia esportiva do mundo seria uma consequência, e não um fim em si. Por mais que busque receitas alternativas, o foco continua no basquete.
Nos 11 anos de Welts à frente da franquia, os Warriors superaram o Los Angeles Lakers como segundo time mais valioso da NBA.
Welts atribui pelo menos parte desse sucesso ao astro Stephen Curry. “Quando seu melhor jogador não é apenas o atleta e o talento que é, mas também a pessoa que ele é, você tem uma grande vantagem na tentativa de criar algo especial”, disse Welts à CNBC em 2019.
Schneider assegura que o foco é preservar e aprimorar a principal atração do Golden State Warriors: o time de basquete.
“Temos um plano e queremos ser consistentemente bons, queremos investir”, disse Schneider.
Questionado sobre onde os Warriors querem estar em 2030, Schneider respondeu: “Ganhando títulos, fazendo grandes coisas pela comunidade e aumentando nossa base de fãs ao redor do mundo”.
*Com informações da CNBC e da Forbes.
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