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Flavia Alemi

Flavia Alemi

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pela FIA. Trabalhou na Agência Estado/Broadcast e na S&P Global Platts.

TEMPORADA DE BALANÇOS

Grandes bancos começam a divulgar resultados do 1T22 amanhã; saiba o que esperar e qual é a ação favorita dos analistas

Bancões devem registrar aumento da inadimplência no primeiro trimestre de 2022, mas os lucros bilionários estão garantidos, segundo as projeções dos analistas

Flavia Alemi
Flavia Alemi
25 de abril de 2022
6:15 - atualizado às 9:07
Montagem com fachada de agências dos bancos Santander, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil
Fachada de agências dos bancos Santander, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil - Imagem: Montagem Andrei Morais / Estadão Conteúdo / Shutterstock

Nesta semana começa a divulgação de resultados dos grandes bancos brasileiros no primeiro trimestre de 2022, em meio a expectativas dos primeiros sinais sobre se as instituições estão no caminho para cumprir as metas estabelecidas para o ano. 

O Santander Brasil (SANB11) inaugura a safra de balanços amanhã (26), antes da abertura do mercado. Na semana que vem, o Bradesco (BBDC4) divulga os resultados no dia 5 e, na próxima semana, Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) publicam os números nos dias 9 e 11, respectivamente.

Como os três primeiros meses do ano são geralmente mais fracos, o mercado não tem grandes expectativas para os resultados desse período. Porém, algo que pode chamar atenção no lado negativo é o aumento da inadimplência tanto da pessoa física quanto da jurídica.

De acordo com os dados mais recentes da Serasa Experian, o número de pessoas com o nome sujo chegou a 65,2 milhões em fevereiro. Isso representa alta de 1,2 milhão só nos dois primeiros meses de 2022. 

Além disso, o percentual de famílias que têm dívidas a vencer chegou a 77,5% em março, a maior proporção da história da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, conduzida pela CNC (Confederação Nacional do Comércio). Há um ano, o índice estava em 67,3%, ou seja, 10,3 pontos abaixo do atual.

“A qualidade dos ativos dos bancos brasileiros provavelmente continuará a se deteriorar no 1T22, enquanto acreditamos que seu índice de inadimplência pode retornar ao nível pré-pandemia até o final de 2022”, afirma o UBS BB em relatório enviado a clientes.

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Na bolsa, céu de brigadeiro para os bancos

Um dos segmentos com maior peso no Ibovespa, os bancos estão acumulando alta na bolsa nos últimos meses. 

De acordo com o Goldman Sachs, as ações dos bancos brasileiros tiveram desempenho melhor que a de seus pares latino-americanos, os quais, de maneira geral, estão operando abaixo da média histórica.

O Banco do Brasil se destaca com alta de 22% nos papéis e, ainda assim, o Goldman Sachs vê o papel depreciado. Confira:

BANCOAÇÃOPREÇO 03/01PREÇO 19/04VARIAÇÃO
Banco do BrasilBBAS3R$ 28,82R$ 35,2122,2%
BradescoBBDC4R$ 17,84R$ 19,579,7%
Itaú UnibancoITUB4R$ 23,29R$ 26,0611,9%
Santander BrasilSANB11R$ 30,74R$ 35,1314,3%

O otimismo com os bancos acontece devido à alta global de juros, que costuma favorecer os resultados das instituições financeiras. No Brasil, a Selic subiu de 2,75% ao ano para 11,75% nos últimos 12 meses. 

Já nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) iniciou o ciclo de aperto monetário no mês passado, elevando os juros para um intervalo entre 0,25 e 0,5%, a primeira alta desde 2018. E, por lá, vários dirigentes do Fed têm se mostrado abertos a uma alta de 0,50 ponto percentual na reunião de maio.

Com exceção do Santander, os analistas têm majoritariamente recomendação da compra para as ações dos bancões. Mas o preferido em número de indicações positivas é o Bradesco (BBDC4).

O que esperar do 1T22 dos bancos?

Ainda que haja expectativa de piora da inadimplência, analistas esperam que os balanços dos bancos no primeiro trimestre mostrem rentabilidade estável. 

De acordo com o Goldman Sachs, os spreads devem continuar fortes ao mesmo tempo que o custo de risco está sob controle. O UBS BB vai na mesma toada e prevê expansão dos lucros para a maioria dos bancos que cobre.

Santander (SANB11)

  • Data do balanço: 26 de abril (antes da abertura)
  • Lucro projetado para o 1T22: R$ 4,087 bilhões (+3% ante o 1T21)*

O primeiro balanço do Santander Brasil sob o comando de Mario Leão deve vir sem grandes surpresas, ainda que o mercado espere um aumento das provisões. 

As margens do banco podem sofrer um pouco, com os índices de retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês) ligeiramente abaixo de 20%, segundo o UBS BB. Caso isso se confirme, será o segundo trimestre seguido que o índice ficará abaixo de 20%.

Mas o que isso significa? Basicamente, que a capacidade do Santander de gerar valor por meio dos seus próprios recursos diminuiu. 

Segundo o consenso do Bloomberg, dentre os analistas que cobrem o Santander, apenas quatro recomendam compra e 12 recomendam manutenção. Nenhum recomenda venda.

Bradesco (BBDC4)

  • Data do balanço: 5 de maio (depois do fechamento)
  • Lucro projetado para o 1T22: R$ 6,737 bilhões (+3% ante o 1T21)*

O banco preferido dos analistas, cuja ação tem 17 recomendações de compra e apenas duas de manutenção, segundo o consenso da Bloomberg, deverá conseguir manter o ROE em 18% no primeiro trimestre, segundo o Goldman Sachs.

Para o UBS BB, os resultados podem indicar que talvez as projeções do banco para suas margens (guidance) tenham sido um pouco conservadoras.

“Esperamos que as margens do cliente se expandam, combinadas com provisões mais altas e taxas e despesas operacionais mais baixas”, disse o UBS em relatório.

Itaú Unibanco (ITUB4)

  • Data do balanço: 9 de maio (depois do fechamento)
  • Lucro projetado para o 1T22: R$ 7,240 bilhões (+13% ante o 1T21)*

De maneira geral, o mercado espera que os resultados do Itaú no 1T22 venham sólidos, sem maiores intercorrências. 

O Goldman Sachs vê o lucro líquido recorrente se beneficiando dos volumes de crédito e da margem líquida de juros, que devem compensar as despesas com provisões.

Para os analistas do JP Morgan, o Itaú tem sido o banco mais proativo em ajustar seu modelo de negócio ao ambiente mais desafiador, marcado por altos níveis de endividamento. 

No consenso da Bloomberg, 14 analistas recomendam compra das ações do Itaú, quatro indicam manutenção e apenas um recomenda venda.

Banco do Brasil (BBAS3)

  • Data do balanço: 11 de maio (depois do fechamento)
  • Lucro projetado para o 1T22: R$ 5,278 bilhões (+7,5% ante o 1T21)*

Maior alta desde o início do ano entre os grandes bancos listados na bolsa, o Banco do Brasil tem recomendação de compra de 12 analistas, enquanto seis recomendam manutenção. Nenhum recomenda venda. 

O BB deve apresentar aumento do lucro na comparação com o mesmo período do ano passado.

A expectativa do Goldman Sachs é de que o ROE se mantenha em 16%, o mesmo número estimado para o ano todo. 

Um dos bancos mais relevantes na parte de empréstimos, o BB deve ver um crescimento importante desse segmento devido ao aumento dos spreads no crédito pessoal e nos cartões de crédito. 

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