Ainda na esteira de escândalos e abalado pelo cenário econômico difícil, Credit Suisse troca de CEO após novo prejuízo bilionário
Thomas Gottstein será substituído por Ulrich Koerner, após banco suíço registrar perdas equivalentes a US$ 1,66 bilhão no 2º tri, muito superiores ao esperado por analistas

São tempos difíceis para o Credit Suisse. Na esteira de uma série de escândalos iniciada em 2020 e em meio ao cenário difícil para os mercados, o banco suíço registrou mais um prejuízo bilionário no segundo trimestre de 2022, que culminou na saída do seu CEO, Thomas Gottstein.
Gottstein, que estava à frente do banco desde a demissão de Tidjane Thiam em 2020, em meio a um escândalo de espionagem, será substituído por Ulrich Koerner, presidente-executivo da gestora de recursos (asset manager) do banco.
O Credit Suisse registrou um prejuízo líquido de 1,593 bilhão de francos suíços no segundo trimestre de 2022, o equivalente a cerca de US$ 1,66 bilhão. O rombo foi muito maior do que as perdas de 398,16 milhões de francos suíços projetadas por analistas, segundo o consenso de mercado.
Na última quarta-feira (26), Gottstein admitiu que os resultados do segundo trimestre haviam sido "decepcionantes" e que a performance do banco foi "significativamente afetada por um grande número de fatores externos, incluindo ventos contrários geopolíticos, macroeconômicos e de mercado".
O balanço do segundo trimestre foi impactado sobretudo por uma atividade mais fraca da área de mercado de capitais e uma redução na atividade dos clientes, com o esfriamento dos mercados financeiros. O Credit Suisse também admitiu que não estava posicionado de modo a se beneficiar das condições voláteis de mercado.
A receita líquida do grupo viu uma redução de 29% na comparação anual, motivada principalmente por uma queda de 43% nas receitas de banco de investimentos (investment banking) e de 34% nas receitas advindas de gestão de fortunas (wealth management). A divisão de gestão de recursos (asset management) também viu uma queda anual de 25% nas receitas no segundo trimestre.
Leia Também
"Na área de banco de investimentos, embora tenhamos um pipeline robusto de transações, elas podem se mostrar difíceis de executar no atual ambiente de mercado", alertou o banco no seu release de resultados.
E a atividade de clientes permanece fraca no terceiro trimestre, segundo o Credit, "exacerbando os declínios sazonais normais", o que leva o banco a esperar mais perdas nesta divisão neste trimestre.
Veja também: RISCOS PARA A ECONOMIA NO 2° SEMESTRE: Lula x Bolsonaro, inflação e JUROS I RECESSÃO NOS EUA?
Escândalos recentes continuam cobrando seu preço
Mas não foi só o ambiente de mercado difícil que impactou negativamente os resultados do Credit Suisse no segundo trimestre. As provisões do banco no valor de 434 milhões de francos suíços para fazer frente a questões legais deram a sua parcela de contribuição para uma alta de 10% das despesas operacionais ante o mesmo período de 2021.
O banco suíço ainda se vê impactado pelos custos de litígio com escândalos ocorridos no ano passado, com os quais teve enormes perdas, como a chamada de margem de um dos seus clientes, o fundo de hedge Archegos, que ficou sem ter como cumprir obrigações financeiras após perdas com operações arriscadas; e a quebra da startup Greensill Capital, para quem o banco havia emprestado dinheiro.
O caso do Archegos foi emblemático, pois teve um impacto de 4,4 bilhões de francos suíços (cerca de US$ 4,7 bilhões à época) no balanço do Credit, que registrou um prejuízo antes de impostos no valor de 900 milhões de francos suíços, o equivalente a US$ 960,4 milhões à época.
Por conta dessa perda, o diretor do banco de investimentos do Credit Suisse, Brian Chin, e a diretora de riscos e compliance, Lara Warner, foram demitidos, na ocasião.
No primeiro trimestre deste ano, o banco suíço também teve o balanço impactado pelo caso e pela piora nos mercados, registrando um prejuízo líquido de 273 milhões de francos suíços. Na ocasião, atribuiu o mau resultado a perdas relacionadas à Rússia e custos de litígio com o caso Archegos.
*Com informações da CNBC.
Santander (SANB11) bate expectativas do mercado e tem lucro de R$ 3,861 bilhões no primeiro trimestre de 2025
Resultado do Santander Brasil (SANB11) representa um salto de 27,8% em relação ao primeiro trimestre de 2024; veja os números
Petrobras (PETR4): produção de petróleo fica estável em trimestre marcado pela queda de preços
A produção de petróleo da estatal foi de 2,214 milhões de barris por dia (bpd) entre janeiro e março, 0,1% menor do que no mesmo período do ano anterior, mas 5,5% maior na comparação trimestral
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) anunciam R$ 322 milhões em dividendos
Distribuição contempla ações ordinárias e ADRs; confira os detalhes
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Lojas Renner (LREN3): XP eleva recomendação para compra e elenca quatro motivos para isso; confira
XP também aumenta preço-alvo de R$ 14 para R$ 17, destacando melhora macroeconômica e expansão de margens da varejista de moda
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Normas e tamanho do FGC entram na mira do Banco Central após compra do Banco Master levantar debate sobre fundo ser muleta para CDBs de alto risco
Atualmente, a maior contribuição ao fundo é feita pelos grandes bancos, enquanto as instituições menores pagam menos e têm chances maiores de precisar acionar o resgate
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Cade admite Petlove como terceira interessada, e fusão entre Petz e Cobasi pode atrasar
Petlove alega risco de monopólio regional e distorção competitiva no setor pet com criação de gigante de R$ 7 bilhões
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Nubank (ROXO34) recebe autorização para iniciar operações bancárias no México
O banco digital iniciou sua estratégia de expansão no mercado mexicano em 2019 e já conta com mais de 10 milhões de clientes por lá
Vale (VALE3) volta ao azul no primeiro trimestre de 2025, mas tem lucro 17% menor na comparação anual; confira os números da mineradora
A mineradora explica que os maiores volumes de vendas e custos menores, combinados com o melhor desempenho da Vale Base Metals, compensaram parcialmente o impacto dos preços mais baixos de minério e níquel
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles