Sextou com Copa: As ‘zebras’ da B3, um ano de Nubank na bolsa, dividendos da Vale e outras notícias que mexem com o seu bolso
As zebras estão à solta nos gramados do Catar — e o Ruy Hungria explica por que apostar no favorito raramente vale a pena, seja na Copa do Mundo ou na bolsa de valores

O Brasil entra em campo às 16h desta sexta-feira para enfrentar Camarões pela última rodada da primeira fase da Copa do Mundo do Catar.
A seleção brasileira classificou-se por antecipação para as oitavas-de-final e o técnico Tite já confirmou um time “alternativo” para o jogo de hoje no Estádio Lusail.
A única preocupação relevante é evitar um choque com Portugal já nas oitavas-de-final. Mas isso depende de mais fatores do que os deuses do futebol são capazes de controlar.
E eles estão particularmente brincalhões nesta Copa. Afinal, as zebras estão à solta nos gramados do Catar. Ontem, um gol da Costa Rica eliminava numa tacada só a Alemanha e a Espanha. Tudo bem que isso durou menos de cinco minutos.
Só não torceu para ficar daquele jeito até o fim quem apostou em desdobramentos alternativos no bolão da firma. No fim, a Espanha se salvou - e não fez o menor esforço para impedir que a Alemanha fosse eliminada. Mas isso é outra história.
Voltemos ao bolão da firma. A maioria das pessoas tende a apostar nos favoritos. Acontece que nenhum outro esporte é tão propenso à zebra quando o futebol. Há estudos muito interessantes sobre isso, inclusive.
Leia Também
O salvador da pátria para a Raízen, e o que esperar dos mercados hoje
Felipe Miranda: Um conto de duas cidades
“O que muita gente não entende é que o segredo de uma boa aposta não está em acertar o resultado final. A grande virtude está em encontrar as distorções entre os retornos de cada cenário e a real probabilidade de eles acontecerem.”
Quem afirma isso é nosso coordenador de bolão e colunista Ruy Hungria.
Acontece que investir na bolsa é muito diferente de apostar. Na coluna de hoje, o Ruy explica por que apostar no favorito raramente vale a pena, seja na Copa do Mundo ou na bolsa de valores, e fornece dicas que podem te ajudar a encontrar as ‘zebras’ da B3.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua manhã". Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
O que você precisa saber hoje
REPORTAGEM ESPECIAL
Nubank (NUBR33) completa um ano na bolsa com status de estrela — mas amarga tombo de mais de 50% desde então. Ainda vale a pena comprar ações da fintech? Inadimplência em alta, dificuldade de crescimento e estimativas muito agressivas antes da estreia acabaram pesando para que o ano do banco na bolsa fosse um para esquecer.
ESQUENTA DOS MERCADOS
Payroll dos EUA aumenta aversão ao risco e bolsas internacionais começam o dia no vermelho; Ibovespa acompanha números da indústria. Por aqui, o jogo da seleção brasileira na Copa do Mundo deve manter os negócios mornos. Lá fora, investidores aguardam dados da folha de pagamento dos EUA e taxa de desemprego.
ENTRE O DESEJADO E O POSSÍVEL
Penny stock nunca mais? Oi (OIBR3) aprova proposta de grupamento de ações. A partir de hoje, os acionistas da empresa de telefonia poderão ajustar suas posições em lotes múltiplos de 10 ações. O prazo de livre ajuste termina em 6 de janeiro de 2023.
NATAL ANTECIPADO
Dividendos e JCP: Vale (VALE3) anuncia pagamento bilionário de proventos. A mineradora informou que o montante a ser distribuído poderá sofrer variação em razão de eventual alteração do número de ações em tesouraria. Confira valores e prazos.
INVESTINDO MAIS
Suzano (SUZB3) vai investir R$ 18,5 bilhões em 2023. Valor projetado pela companhia do setor de papel está acima dos R$ 16,1 bilhões investidos ao longo deste ano, especialmente pelos gastos com o Projeto Cerrado.
CAPITAL DE RISCO
Pátria Investimentos adquire Igah Ventures e expande atuação no segmento de Venture Capital. Gestora de Pedro Sirotsky Melzer tem entre suas investidas empresas como Infracommerce e a corretora Avenue. O valor da transação não foi divulgado.
Uma boa sexta-feira de Copa do Mundo para você!
Rodolfo Amstalden: Só um momento, por favor
Qualquer aposta que fizermos na direção de um trade eleitoral deverá ser permeada e contida pela indefinição em relação ao futuro
Cada um tem seu momento: Ibovespa tenta manter o bom momento em dia de pacote de Lula contra o tarifaço
Expectativa de corte de juros nos Estados Unidos mantém aberto o apetite por risco nos mercados financeiros internacionais
De olho nos preços: Ibovespa aguarda dados de inflação nos Brasil e nos EUA com impasse comercial como pano de fundo
Projeções indicam que IPCA de julho deve acelerar em relação a junho e perder força no acumulado em 12 meses
As projeções para a inflação caem há 11 semanas; o que ainda segura o Banco Central de cortar juros?
Dados de inflação no Brasil e nos EUA podem redefinir apostas em cortes de juros, caso o impacto tarifário seja limitado e os preços continuem cedendo
Felipe Miranda: Parada súbita ou razões para uma Selic bem mais baixa à frente
Uma Selic abaixo de 12% ainda seria bastante alta, mas já muito diferente dos níveis atuais. Estamos amortecidos, anestesiados pelas doses homeopáticas de sofrimento e pelo barulho da polarização política, intensificada com o tarifaço
Ninguém segura: Ibovespa tenta manter bom momento em semana de balanços e dados de inflação, mas tarifaço segue no radar
Enquanto Brasil trabalha em plano de contingência para o tarifaço, trégua entre EUA e China se aproxima do fim
O que Donald Trump e o tarifaço nos ensinam sobre negociação com pessoas difíceis?
Somos todos negociadores. Você negocia com seu filho, com seu chefe, com o vendedor ambulante. A diferença é que alguns negociam sem preparo, enquanto outros usam estratégias.
Efeito Trumpoleta: Ibovespa repercute balanços em dia de agenda fraca; resultado da Petrobras (PETR4) é destaque
Investidores reagem a balanços enquanto monitoram possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin
Ainda dá tempo de investir na Eletrobras (ELET3)? A resposta é sim — mas não demore muito
Pelo histórico mais curto (como empresa privada) e um dividendo até pouco tempo escasso, a Eletrobras ainda negocia com um múltiplo de cinco vezes, mas o potencial de crescimento é significativo
De olho no fluxo: Ibovespa reage a balanços em dia de alívio momentâneo com a guerra comercial e expectativa com Petrobras
Ibovespa vem de três altas seguidas; decisão brasileira de não retaliar os EUA desfaz parte da tensão no mercado
Rodolfo Amstalden: Como lucrar com o pegapacapá entre Hume e Descartes?
A ocasião faz o ladrão, e também faz o filósofo. Há momentos convidativos para adotarmos uma ou outra visão de mundo e de mercado.
Complicar para depois descomplicar: Ibovespa repercute balanços e início do tarifaço enquanto monitora Brasília
Ibovespa vem de duas leves altas consecutivas; balança comercial de julho é destaque entre indicadores
Anjos e demônios na bolsa: Ibovespa reage a balanços, ata do Copom e possível impacto de prisão de Bolsonaro sobre tarifaço de Trump
Investidores estão em compasso de espera quanto à reação da Trump à prisão domiciliar de Bolsonaro
O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump
Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem
Felipe Miranda: Em busca do heroísmo genuíno
O “Império da Lei” e do respeito à regra, tão caro aos EUA e tão atrelado a eles desde Tocqueville e sua “Democracia na América”, vai dando lugar à necessidade de laços pessoais e lealdade individual, no que, inclusive, aproxima-os de uma caracterização tipicamente brasileira
No pain, no gain: Ibovespa e outras bolsas buscam recompensa depois do sacrifício do último pregão
Ibovespa tenta acompanhar bolsas internacionais às vésperas da entra em vigor do tarifaço de Trump contra o Brasil
Gen Z stare e o silêncio que diz (muito) mais do que parece
Fomos treinados a reconhecer atenção por gestos claros: acenos, olho no olho, perguntas bem colocadas. Essa era a gramática da interação no trabalho. Mas e se os GenZs estiverem escrevendo com outra sintaxe?
Sem trégua: Tarifaço de Trump desata maré vermelha nos mercados internacionais; Ibovespa também repercute Vale
Donald Trump assinou na noite de ontem decreto com novas tarifas para mais de 90 países que fazem comércio com os EUA; sobretaxa de 50% ao Brasil ficou para a semana que vem
A ação que caiu com as tarifas de Trump mas, diferente de Embraer (EMBR3), ainda não voltou — e segue barata
Essas ações ainda estão bem abaixo dos níveis de 8 de julho, véspera do anúncio da taxação ao Brasil — o que para mim é uma oportunidade, já que negociam por apenas 4 vezes o Ebitda
O amarelo, o laranja e o café: Ibovespa reage a tarifaço aguado e à temporada de balanços enquanto aguarda Vale
Rescaldo da guerra comercial e da Super Quarta competem com repercussão de balanços no Brasil e nos EUA