🔴 IPCA-15 DE ABRIL DESACELERA – VEM AÍ SELIC A 10,50% OU 10,25? SAIBA ONDE INVESTIR

Um pouco sobre risco: como desenvolver uma estratégia para lidar com os altos e baixos na bolsa?

É comum que excelentes produtos financeiros caiam mais que o mercado em um momento baixista, para subirem mais em uma alta; entenda esse funcionamento para fundos com forte alocação estrutural em Bolsa

11 de janeiro de 2022
11:32
instabilidade, dólar, bolsa, mercados, ibovespa, corda bamba
Imagem: shutterstock

O bull market inebriante que começou em 2016 foi duramente interrompido. O desempenho do Ibovespa desde 2016 até junho de 2021, quando atingiu sua máxima histórica, foi de 193% acumulados, ou 22% anuais. 

Então, desde os 127 mil pontos em meados do ano passado, o índice já cai mais de 20%, o que caracteriza um bear market na definição convencional.

A derrocada começou com a proposta de reforma tributária, que veio em um formato desgostoso para os mercados e, daí para a frente, foi ladeira abaixo. 

Medidas eleitoreiras, preocupação com as contas públicas, inflação, juro alto... e o leitor já conhece a sequência que veio depois disso.

Em um bull market, gestores de ações ganham dinheiro e enxurradas de investidores comuns chegam à Bolsa, também ganhando o seu. É muito fácil ser um gênio nessas condições. 

Quando os vetores se invertem, os investidores correm para a renda fixa (ou para as colinas?), e os gestores de ativos de risco, de repente, parecem todos incompetentes.

Exposição ao risco

E é aí que chegamos à minha reflexão de hoje: risco.

O último quinquênio viu uma proliferação de produtos financeiros, muitos deles com grande exposição a risco, mais acessíveis a todo tipo de investidor. Ainda bem! A questão é que as manadas, quando o panorama vira, desinvestem nas baixas, somente para deixar de capturar a recuperação na volta.

Warren Buffett uma vez disse que as pessoas que não toleram ver suas ações perderem 50% do seu valor não deveriam possuí-las para começo de conversa. 

Os extremos do mercado financeiro produzem situações bizarras, como um investidor conservador fortemente alocado em ações, somente para arrancar os cabelos quando o bull vira bear market.

Estratégia em meio à volatilidade

Cada ativo ou produto financeiro tem um perfil de risco peculiar e deve ser avaliado sob a perspectiva da sua tolerância à volatilidade através de altas e baixas. 

Sua estratégia de alocação deve ser um fio condutor estrutural, de forma a dar consistência à sua abordagem de investimento. 

Isso porque, se você mudar a estratégia a todo tempo, perde os benefícios da sua própria alocação de lá atrás. 

Nas finanças, os ativos tendem a ser cíclicos, e o bear market de hoje virará, eventualmente, um bull, embora seja bem improvável que você acerte o timing disso com precisão. 

O bear market atual está formando uma zona compradora de Bolsa, embora não saibamos por quanto tempo nem com qual intensidade – se você souber, convido-o a integrar o nosso time.

Sobe e desce

É comum que excelentes produtos financeiros caiam mais que o mercado em um momento baixista, para subirem mais em uma alta – ora, isso é esperado para fundos com forte alocação estrutural em Bolsa, como é o caso do Carteira Empiricus. 

Convido você, também, a observar a performance dos fundos de ações mais longevos do Brasil no ano que se passou. Se o gestor ficar desviando do seu mandato a todo tempo, ele próprio se trai, sabotando os benefícios de longo prazo da sua estratégia.

Agora que a maré baixou, aproveite para relembrar sua estratégia definida lá atrás e avaliar se ela é compatível com a receptividade do seu estômago ao risco. 

Trajetória para quem investe em Bolsa

Investidores com alocação em Bolsa devem esperar situações como a atual. Na renda variável, a trajetória nunca é linear; na verdade, ela costuma ser cíclica.

É verdade que quem investe em Bolsa deve esperar retornos estruturais maiores do que quem não o faz. 

E, por estruturais, quero dizer os retornos observados em janelas de dez anos, no mínimo. Mas essa recompensa de longo prazo tem um preço: a volatilidade de curto.

Em mercados emergentes, como é o caso tupiniquim, esse preço tende a ser mais amargo ainda. 

Em Bolsas imaturas, “vol é mato”, mas, como não poderia ser diferente, os retornos estruturais esperados também são maiores – ou temos que jogar fora anos de história financeira global. 

As oportunidades de multiplicação de capital por aqui são mais intensas. É bom colocar em perspectiva o mercado em que você opera. 

Não existe almoço grátis e, como quase tudo na vida, é preciso avaliar que preço você está disposto a pagar para colher determinados benefícios. 

Um abraço,
Larissa

Compartilhe

A BOLSA COMO ELA É

Gringos estão de olho no Ibovespa, mas investidor local parece sem apetite pela bolsa brasileira. Qual é a melhor estratégia?

30 de agosto de 2022 - 11:50

É preciso ir contra o consenso para gerar retornos acima da média, mesmo que isso signifique correr o risco de estar errado

A BOLSA COMO ELA É

Volatilidade é vida: Entenda como aproveitar as oportunidades durante as oscilações do mercado de ações

23 de agosto de 2022 - 12:27

Como antes recomendava Warren Buffett, também te convido a gostar da volatilidade. Só há oportunidade de ganho quando o preço descola do fundamento

A BOLSA COMO ELA É

10 mil horas não são suficientes: Entenda os principais erros e acertos da temporada de resultados

9 de agosto de 2022 - 13:00

A safra de resultados atual permite enxergar alguma validade no ambiente. O esmero do analista profissional parece ter algum sentido de ser

A BOLSA COMO ELA É

Se decepcionou com o Nubank e outras fintechs? Saiba como escolher boas ações para ter na carteira

1 de agosto de 2022 - 11:19

Nem tudo o que reluz é ouro. Nos pregões de otimismo, em geral, quanto mais arriscado o ativo, mais ele sobe, mas por vezes essa subida também é injusta

A BOLSA COMO ELA É

Assim como Elon Musk fez com o Twitter, quando você vai dar o braço a torcer?

12 de julho de 2022 - 12:45

É possível ganhar muito dinheiro mesmo errando, desde que reconheça os erros antes que eles causem estrago demais

A BOLSA COMO ELA É

Isso também vai passar: Entenda por que é hora de aproveitar a baixa do mercado para investir em ações da bolsa

5 de julho de 2022 - 12:58

O Ibovespa negocia aos menores múltiplos desde 2008. Portanto, se ainda não começou a investir, este é um ótimo momento para começar

A BOLSA COMO ELA É

Não faça nada sem pensar: Conheça três bons motivos para vender suas ações na bolsa

28 de junho de 2022 - 12:32

As decisões de investimento, sejam de compra ou de venda, devem ser pensadas, conscientes e razoáveis. Faça suas escolhas pelos motivos certos

A BOLSA COMO ELA É

Vale a pena investir em ativos de risco mesmo com a possibilidade cada vez maior de recessão?

21 de junho de 2022 - 12:20

Gastar sola de sapato na busca de empresas vencedoras continuará sendo uma estratégia para maximizar o retorno dentro do universo de ações; entenda a tese

CAÇADOR DE TENDÊNCIAS

Oportunidade de lucro de mais de 9% em swing trade com ações da Weg (WEGE3) e da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) – long & short

20 de junho de 2022 - 8:31

Identifiquei uma oportunidade de long & short – compra dos papéis da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e venda dos papéis da Weg (WEGE3); confira a análise

A BOLSA COMO ELA É

Estratégias para lucrar com ações: Confira dicas para escapar dos erros mais comuns dos investidores

14 de junho de 2022 - 13:08

Em primeiro lugar, não copie modelos do passado. Rockefeller, Lemann e Buffett fizeram fortuna com investimentos, mas copiar as estratégias deles hoje dificilmente te faria rico

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar