Um dia depois da invasão russa, o presidente Vladimir Putin sinalizou que está pronto para negociar com a Ucrânia. Do lado de Kiev, Volodymyr Zelensky também pediu negociações com Moscou. Essa foi a combinação que fez o Dow Jones ter o seu melhor dia desde o final de 2020 e carregar com ele o S&P 500 e Nasdaq.
Os três principais índices da bolsa de Nova York encerraram a sexta-feira (25) em forte alta em meio aos sinais de que a guerra no leste ucraniano possa durar menos do que se esperava inicialmente.
O Dow Jones subiu 2,51%, aos 34.058,55 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 2,24%, aos 4.384,62 pontos. Já o Nasdaq teve alta de 1,64%, aos 13.694,62 pontos.
Enquanto Putin expressou disposição em manter negociações de alto nível com Kiev, o presidente da Ucrânia afirmou que seu país pode adotar um “status neutro” em relação à Organização do Atlântico Norte (Otan) — o que, na prática, significaria o abandono da ambição de entrar na aliança.
Enquanto o diálogo não acontece, a Rússia se aproxima da capital Kiev de onde, de acordo com autoridades ucranianas, puderam ser vistos “horríveis ataques com foguetes russos”.
Em outro front, os líderes da União Europeia miraram em sanções a quaisquer ativos europeus detidos por Putin e o ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov, segundo a rede CNBC.
O movimento acontece depois que o presidente norte-americano, Joe Biden, lançou uma onda de sanções contra a Rússia em um amplo esforço para isolar Moscou da economia global.
Antes do S&P 500 e do Dow, Europa sobe
As bolsas europeias fecharam a sexta-feira em alta, recuperando-se de uma forte liquidação, depois que a Rússia lançou uma invasão da Ucrânia no dia anterior.
O pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 3,3%, uma recuperação expressiva considerando que na quinta-feira (24) o índice atingiu seu ponto mais baixo desde o início de 2022. Essa foi a melhor performance do Stoxx 600 em mais de três meses.
No mercado de petróleo, os preços caíram após uma forte alta no início da sessão devido à preocupação com possíveis interrupções no fornecimento global com as sanções à Rússia, uma grande exportadora da commodity.
Mas o movimento de alta perdeu força e Brent - usado como referência no mercado internacional - encerrou o dia abaixo dos US$ 100, cotado a US$ 97,33 por barril.