Weg (WEGE3) divulga balanço do 2T22 amanhã; Saiba o que esperar dos resultados
As projeções para a Weg (WEGE3) apontam um resultado de R$ 925 milhões, 18% abaixo do lucro registrado entre abril e junho do ano passado

Uma das empresas queridinhas dos investidores passa por um raro momento de fraqueza na bolsa, e isso deve se refletir nos resultados do segundo trimestre. A Weg (WEGE3) divulga o balanço amanhã antes da abertura da bolsa e deve apresentar queda no lucro líquido.
A projeção dos analistas aponta para um resultado de R$ 925 milhões, 18% abaixo do lucro registrado entre abril e junho do ano passado, de acordo com dados da Bloomberg.
Apesar da queda esperada, a expectativa para os resultados não é ruim. “Não acreditamos que o cenário macro mais desafiador diminua a demanda pelos produtos da Weg”, escreveram os analistas do Itaú BBA, em relatório.
Para a Genial, o trimestre poderá surpreender positivamente depois que os dados setoriais foram melhores que o esperado mesmo com a pressão do fechamento da economia chinesa e um câmbio menos favorável. “Em outras palavras, esperamos resultados estáveis, em linhas com os reportados no 1T22.”
Weg (WEGE3): o que vem por aí?
Nem mesmo a queda recente das ações, que caem 18% somente neste ano, são capazes de tirar o brilho da Weg Analistas e gestores são unânimes ao dizer que a desvalorização tem mais relação com fatores macroeconômicos do que com os fundamentos da Weg (WEGE3).

Segundo Cassio Lucin, analista de investimentos da Neo, o principal catalisador para os papéis da empresa no curto prazo será a divulgação dos resultados. Diante de tendências positivas e números fortes, o papel tende a retomar sua trajetória de valorização.
Leia Também
Em uma temporada de balanços que promete ser morna e sem grandes surpresas, a Weg (WEGE3) costuma se destacar em razão da forte atuação em 135 países e também pela diversificação de produtos: a empresa trabalha com equipamentos eletroeletrônicos industriais; geração, transmissão e distribuição de energia; motores comerciais; e tintas e vernizes.
Isso pode ser visto no balanço do primeiro trimestre de 2022: a receita líquida da Weg subiu 34,5% na base anual, para um total de R$ 6,83 bilhões; enquanto o lucro líquido foi de R$ 943,9 milhões, alta de 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
"Escrevi um relatório recente dizendo que nada parece parar a Weg e continuo pensando igual. Até mesmo no auge da pandemia ela trouxe bons resultados, boa diversidade de produtos e geografias, bom direcionamento de vendas e vantagem competitiva. Ela vende em qualquer cenário", explica João Abdouni, analista de investimento da casa de análises Inv.
Outros fatores que devem ajudar a Weg (WEGE3) em seus resultados é o histórico de resiliência, boa geração de caixa, crescimento forte, a qualidade da carteira de pedidos e também outros negócios paralelos, como o de geração de energia solar.
Até mesmo a volatilidade do dólar, que muitas vezes atrapalha as empresas com atuação fora do Brasil, não chega a ser uma grande preocupação para a companhia, já que ela tem sido capaz de equilibrar crescimento saudável e rentabilidade.
Os desafios da Weg (WEGE3)
Enquanto seus fundamentos seguem preservados e muitos analistas defendem que esse talvez seja um bom momento para comprar os papéis da Weg (WEGE3) diante da desvalorização, o ambiente macroeconômico é o que pressiona mais a empresa.
Enquanto o mundo todo se prepara para uma provável recessão, a alta de juros também surge como vilã e encarece os custos de uma empresa que trabalha com boa parte de suas vendas financiadas.
Na avaliação de Fernando Ferrer, analista de ações da Empiricus, é possível que isso impacte os números da empresa, mas nada que seja preocupante.
"Os custos mais altos pressionam todas as empresas e setores, isso é indiscutível, mas a Weg tem uma participação muito boa no mercado e um produto considerado mais premium, então ela consegue repassar mais o preço na comparação com as concorrentes e ainda preservar margens", explica.
Em relatório recente, os analistas do banco UBS relatam algumas de suas preocupações com a Weg (WEGE3), incluindo o custo de capital próprio e uma recessão nos Estados Unidos.
“A valorização do real deve impactar de forma negativa a taxa de crescimento da receita líquida da Weg. Em 2022, esse abalo deve ser de 3 pontos percentuais″, diz o relatório.
No período de doze meses, o UBS aponta um preço-alvo de R$ 30 para as ações da companhia — uma alta de 14,8% se considerado o fechamento anterior.
Um olho aqui e outro no futuro
Além disso, Fernando Ferrer também chama atenção para as perspectivas futuras da Weg (WEGE3), além do retrato indicado no balanço trimestral e das questões de curto prazo. A fabricante é responsável, por exemplo, pela produção de motores para geladeiras e máquinas de lavar, que no momento encontram pouca demanda no Brasil diante da alta dos preços e do pouco poder aquisitivo da população.
No entanto, a Weg (WEGE3) acaba sendo menos prejudicada apesar do cenário de crise no médio prazo, uma vez que boa parte de seus resultados vêm dos produtos de ciclo longo.
"No curto prazo, a Weg trabalha em segmentos mais desafiadores e que estão sob impacto macroeconômico, mas no longo prazo eu daria atenção especial para os projetos de energia, com demanda e resiliência", diz o analista.
Weg (WEGE3) e o mercado de energia
De acordo com o balanço trimestral divulgado no primeiro trimestre, a unidade de negócios de Geração, Transmissão e Distribuição da Weg já representava 40,50% da receita líquida da companhia.
A partir de agora, a perspectiva é que essa participação seja cada vez mais relevante dentro da Weg por conta do Marco Legal da Geração Distribuída de Energia, que promove mudanças na regulamentação da geração, distribuição e consumo de energia solar no país.
"Esse é um negócio que cresce no mundo todo e a Weg deve ter uma entrada cada vez maior. Com as mudanças regulatórias aqui no Brasil, o mercado tende a acelerar até 2023", comenta Cassio Lucin, analista de investimentos da Neo.
Entre outras mudanças, o Marco Legal que foi sancionado no início de janeiro deste ano institui uma cobrança que antes não existia para quem instala painéis solares em casa, o que foi apelidado de "taxação do sol". Alguns analistas acreditam que isso possa provocar uma corrida por parte daqueles que desejam escapar da taxas, resultando num aquecimento do mercado.
Dados compilados pela plataforma TradeMap indicam que das 13 recomendações para as ações da Weg (WEGE3), seis são de compra, cinco são de manutenção e apenas duas citam a venda.
Veja também: as ações com a maior "promoção" da história?
Recorde de vendas e retorno ao Minha Casa Minha Vida: é hora de comprar Eztec (EZTC3)? Os destaques da prévia do 3T25
BTG destaca solidez nos números e vê potencial de valorização nas ações, negociadas a 0,7 vez o valor patrimonial, após a Eztec registrar o maior volume de vendas brutas da sua história e retomar lançamentos voltados ao Minha Casa Minha Vida
Usiminas (USIM5) lidera os ganhos do Ibovespa e GPA (PCAR3) é a ação com pior desempenho; veja as maiores altas e quedas da semana
Bolsa se recuperou e retornou aos 143 mil pontos com melhora da expectativa para negociações entre Brasil e EUA
Como o IFIX sobe 15% no ano e captações de fundos imobiliários continuam fortes mesmo com os juros altos
Captações totalizam R$ 31,5 bilhões até o fim de setembro, 71% do valor captado em 2024 e mais do que em 2023 inteiro; gestores usam estratégias para ampliar portfólio de fundos
De operário a milionário: Vencedor da Copa BTG Trader operava “virado”
Agora milionário, trader operava sem dormir, após chegar do turno da madrugada em seu trabalho em uma fábrica
Apesar de queda com alívio nas tensões entre EUA e China, ouro tem maior sequência de ganhos semanais desde 2008
O ouro, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, acumulou valorização de 5,32% na semana, com maior sequência de ganhos semanais desde setembro de 2008.
Roberto Sallouti, CEO do BTG, gosta do fundamento, mas não ignora análise técnica: “o mercado te deixa humilde”
No evento Copa BTG Trader, o CEO do BTG Pactual relembrou o início da carreira como operador, defendeu a combinação entre fundamentos e análise técnica e alertou para um período prolongado de volatilidade nos mercados
Há razão para pânico com os bancos nos EUA? Saiba se o país está diante de uma crise de crédito e o que fazer com o seu dinheiro
Mesmo com alertas de bancos regionais dos EUA sobre o aumento do risco de inadimplência de suas carteiras de crédito, o risco não parece ser sistêmico, apontam especialistas
Citi vê mais instabilidade nos mercados com eleições de 2026 e tarifas e reduz risco em carteira de ações brasileiras
Futuro do Brasil está mais incerto e analistas do Citi decidiram reduzir o risco em sua carteira recomendada de ações MVP para o Brasil
Kafka em Wall Street: Por que você deveria se preocupar com uma potencial crise nos bancos dos EUA
O temor de uma infestação no setor financeiro e no mercado de crédito norte-americano faz pressão sobre as bolsas hoje
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação