O medo da recessão está no ar, mas as bolsas sobem mesmo assim; Ibovespa acompanha PEC de Bondades — veja o que mantém os mercados no azul hoje
Ata do Fed traz alívio aos mercados financeiros diante da ausência do termo ‘recessão’ no documento; investidores dão benefício da dúvida à autoridade monetária norte-=americana

Os temores de uma recessão global seguem em pauta. Agora, nem a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, descarta mais o risco de uma recessão econômica em escala mundial. Mesmo assim, a quinta-feira (07) das bolsas internacionais começa com céu azul.
Os índices futuros de Nova York mantêm o sinal positivo para a abertura em Wall Street. Na Ásia, a sessão foi de forte recuperação nas bolsas de valores. Enquanto isso, na Europa, os principais índices de ações abriram em alta consistente.
Até mesmo a bolsa de valores de Londres parece indiferente à pressão para que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renuncie ao cargo em meio a uma debandada entre seus ministros. O índice FTSE-100 sobe pouco mais de 1% na manhã de hoje.
Mas o que está acontecendo com as bolsas?
Ao longo dos últimos meses, os temores de uma recessão levaram alguns dos principais índices de ações do mundo a entrarem em território de bear market, o chamado mercado de baixa.
O que mudou então?
Um dos fatores apontados por analistas é o teor da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), divulgada ontem.
Os dirigentes da autoridade monetária norte-americana entendem que o cenário mudou da reunião de maio para cá e que um novo aumento nos juros não deve ultrapassar os 75 pontos-base. Ainda na publicação, os diretores do Fed afirmam ser “crucial retormar a meta da inflação”.
Leia Também
Embora o Fed não descarte uma postura ainda mais restritiva para combater a inflação, a autoridade monetária não faz nem menção à palavra “recessão” em sua ata.
Para a próxima reunião do Fomc — o Copom de lá —, a alta de 75 pontos-base nos juros é dada como certa.
Agenda lá fora
Enquanto os investidores acompanham as análises sobre a recessão e a possível queda do primeiro-ministro inglês, nesta quinta-feira (07) ainda deve ser divulgada a ata da mais recente reunião do Banco Central Europeu (BCE).
A autoridade monetária deve seguir a mesma linha do Fed e não dar maiores sustos no mercado com uma política de aumento de juros mais intensa. Contudo, é preciso lembrar que o BCE foi um dos últimos grandes BCs do mundo a combater a inflação, o que pode exigir esforços nada agradáveis ao mercado.
Por fim, os investidores estrangeiros aguardam a divulgação do relatório ADP de empregos privados. A publicação acontece antes do dado mais esperado da semana, o payroll, na sexta-feira (08).
Ibovespa e a PEC das Bondades
A aprovação da PEC dos Combustíveis — também chamada de PEC Kamikaze e, mais recentemente, PEC das Bondades — deve acontecer ainda nesta quinta-feira.
O custo total da proposta é de R$ 41,25 bilhões fora da regra do teto de gastos. Esse montante junta-se às renúncias fiscais já contabilizadas no Orçamento, de R$ 65 bilhões.
Mesmo com a aprovação dos gastos fora do teto, o mercado sente um certo alívio. Afinal, a base governista e o próprio presidente da República pretendiam inflar ainda mais o pacote de bondades e aumentar o rombo fiscal.
Salvo pelo gongo
A queda de cerca de 8% nas cotações internacionais do petróleo retirou a Petrobras (PETR3;PETR4) da mira do governo.
A principal commodity energética do mundo ronda os US$ 100, o que praticamente eliminou a defasagem entre os preços praticados pela estatal e o mercado internacional. Com isso, é improvável que a empresa precise aumentar novamente os combustíveis no curto prazo.
O alívio também vem para o atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, que deve deixar de ser pressionado pelo governo. Até o momento, quatro chefes da estatal já caíram após reajustes de preços.
Por volta das 7h30, o barril do petróleo Brent, utilizado como referência internacional, avançava 0,63%, cotado a US$ 101,42.
Agenda do dia
- FGV: IGP-DI de junho (8h)
- Alemanha: Ata da mais recente reunião do BCE (8h30)
- Banco Central: BC divulga questionário pré-Copom de maio e junho (9h)
- Estados Unidos: Relatório de empregos ADP de junho (9h15)
- Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
- Estados Unidos: Balança comercial (9h30)
- Banco Central: Relatório de poupança de maio e junho (15h)
- Banco Central: IBC-Br de março e abril (16h30)
- Congresso Nacional: Comissão especial da Câmara deve votar PEC dos benefícios (sem horário definido)
Haddad quer que você dispense o contador? Esta ferramenta é uma aposta do governo e da B3 para atrair mais investidores para a bolsa
ReVar, calculadora do imposto de renda para a renda variável, ganha lançamento oficial e deve diminuir custo de investir na bolsa
Ações da Gol (GOLL4) derretem mais de 30% na B3 após aérea propor aumento de capital bilionário
A aérea anunciou nesta manhã que um novo aumento de capital entre R$ 5,32 bilhões e R$ 19,25 bilhões foi aprovado pelo conselho de administração.
“O Itaú nunca esteve tão preparado para enfrentar desafios”, diz CEO do bancão. É hora de comprar as ações ITUB4 após o balanço forte do 1T25?
Para Milton Maluhy Filho,após o resultado trimestral forte, a expressão da vez é um otimismo cauteloso, especialmente diante de um cenário macroeconômico mais apertado, com juros nas alturas e desaceleração da economia em vista
Uma janela para a bolsa: Ibovespa busca novos recordes em dia de IPCA e sinais de novo estágio da guerra comercial de Trump
Investidores também repercutem a temporada de balanços do primeiro trimestre, com destaque para os números do Itaú e do Magazine Luiza
Multiplicação histórica: pequenas empresas da bolsa estão prestes a abrir janela de oportunidade
Os ativos brasileiros já têm se valorizado nas últimas semanas, ajudados pelo tarifaço de Trump e pelas perspectivas mais positivas envolvendo o ciclo eleitoral local — e a chance de queda da Selic aumenta ainda mais esse potencial de valorização
Itaú (ITUB4) tem lucro quase 14% maior, a R$ 11,1 bilhões, e mantém rentabilidade em alta no 1T25
Do lado da rentabilidade, o retorno sobre o patrimônio líquido médio atingiu a marca de 22,5% no primeiro trimestre; veja os destaques
Último credor da Gol (GOLL4) aceita acordo e recuperação judicial nos EUA se aproxima do fim
Companhia aérea afirma que conseguirá uma redução significativa de seu endividamento com o plano que será apresentado
Bradesco (BBDC4) salta 15% na B3 com balanço mais forte que o esperado, mas CEO não vê “surpresas arrebatadoras” daqui para frente. Vale a pena comprar as ações do banco?
Além da surpresa com rentabilidade e lucro, o principal destaque positivo do balanço veio da margem líquida — em especial, o resultado com clientes. É hora de colocar BBDC4 na carteira?
Muito acima da Selic: 6 empresas pagam dividendos maiores do que os juros de 14,75% — e uma delas bateu um rendimento de 76% no último ano
É difícil competir com a renda fixa quando a Selic está pagando 14,75% ao ano, mas algumas empresas conseguem se diferenciar com suas distribuições de lucros
Ambev (ABEV3) tem lucro estável no 1º trimestre e anuncia R$ 2 bilhões em dividendos; ações saltam na B3
Lucro no 1T25 foi de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável na comparação anual e em linha com o consenso de mercado
Não há escapatória: Ibovespa reage a balanços e Super Quarta enquanto espera detalhes de acordo propalado por Trump
Investidores reagem positivamente a anúncio feito por Trump de que vai anunciar hoje o primeiro acordo no âmbito de sua guerra comercial
Itaú Unibanco (ITUB4) será capaz de manter o fôlego no 1T25 ou os resultados fortes começarão a fraquejar? O que esperar do balanço do bancão
O resultado do maior banco privado do país está marcado para sair nesta quinta-feira (8), após o fechamento dos mercados; confira as expectativas dos analistas
Mesmo com apetite ao risco menor, Bradesco (BBDC4) supera expectativas e vê lucro crescer quase 40% no 1T25, a R$ 5,9 bilhões
Além do aumento na lucratividade, o banco também apresentou avanços na rentabilidade, com inadimplência e provisões contidas; veja os destaques
Conselho de administração da Mobly (MBLY3) recomenda que acionistas não aceitem OPA dos fundadores da Tok&Stok
Conselheiros dizem que oferta não atende aos melhores interesses da companhia; apesar de queda da ação no ano, ela ainda é negociada a um preço superior ao ofertado, o que de fato não justifica a adesão do acionista individual à OPA
Balanço fraco da RD Saúde (RADL3) derruba ações e aumenta pressão sobre rede de farmácias. Vale a pena comprar na queda?
Apesar das expectativas mais baixas para o trimestre, os resultados fracos da RD Saúde decepcionaram o mercado, intensificando a pressão sobre as ações
Analista revela 5 ações para buscar dividendos em maio diante de perspectiva de virada no mercado
Carteira gratuita de dividendos da Empiricus seleciona papéis com bom potencial de retorno em maio
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Méliuz (CASH3): assembleia não consegue quórum mínimo para aprovar investimento pesado em bitcoin (BTC)
Apesar do revés, a companhia fará uma segunda convocação, no dia 15 de maio, quando não há necessidade de quórum mínimo, apenas da aprovação das pautas de 50% + 1 dos acionistas.
Balanço da BB Seguridade (BBSE3) desagrada e ações caem forte na B3. O que frustrou o mercado no 1T25 (e o que fazer com os papéis agora)?
Avaliação dos analistas é que o resultado do trimestre foi negativo, pressionado pela lucratividade abaixo das expectativas; veja os destaques do balanço
Rafael Ferri vai virar o jogo para o Pão de Açúcar (PCAR3)? Ação desaba 21% após balanço do 1T25 e CEO coloca esperanças no novo conselho
Em conferência com os analistas após os resultados, o CEO Marcelo Pimentel disse confiar no conselho eleito na véspera para ajudar a empresa a se recuperar