Investimento em vinhos segue à prova de guerras. E agora se tornou acessível
Os vinhos finos se transformaram em uma ferramenta de geração de lucros e que protege contra a inflação e variação cambial; saiba como investir
Apenas os mais próximos do mundo dos vinhos entendem a importância da ordem do imperador da França, Napoleão Bonaparte III — o terceiro da geração bonapartista — para os investimentos.
Em 1855, ele determinou que produtores de Bordeaux e comerciantes estivessem alinhados na qualidade das bebidas produzidas na região, que ganharam a classificação de vinho fino.
O sistema, que permanece válido até hoje, ajudou a valorizar as garrafas e abriu espaço para a especulação.
Vinhos e lucros
Passados 167 anos, o vinho fino se transformou em uma ferramenta de geração de lucros e proteção patrimonial. Para investidores, uma garrafa pode ser um bem colecionável ou de consumo. É uma passion asset, assim como obras de arte e joias.
Descorrelacionado dos ativos de risco como bolsa de valores e moedas, o mercado de vinhos está diretamente ligado à lei da oferta e da procura e serve de proteção contra a inflação.
Além dos fatores econômicos, boas safras e a avaliação de críticos ajudam a estabelecer o valor desse bem.
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Esse blend é o responsável pela ideia de escassez do mercado, seja porque alguns vinhos são produzidos em pequena escala ou porque em determinado ano o clima não ajudou e a qualidade da bebida ficou aquém do que é aceito pelo enólogo e pela vinícola. Com isso, as safras anteriores supervalorizam.
Em 2006, Henri Jayer, um dos maiores produtores da Borgonha, na França, faleceu depois de lutar contra um câncer. O vinho Vosne-Romanée Clos Parentoux 1996 foi o último vinho feito pelas mãos desse ícone do mercado vitivinícola.
A garrafa, que era vendida por, aproximadamente, US$ 1 mil em 1998 pode ser encontrada atualmente na faixa de US$ 50 mil. Aqui na Oeno Group, em Londres, temos um exemplar Magnum (garrafa de 1.500 ml.) que custa cerca de R$ 350 mil.
Garrafas por mais de US$ 1 milhão
Para nós, brasileiros, esse parece ser um mundo inacessível.
Estamos distantes dos melhores château e vinícolas do mundo, seja dos melhores vinhos de Borgonha e Bordeaux como também dos clássicos italianos de Chianti, Toscana e dos belíssimos espanhóis de Rioja, entre outras produções super limitadas.
São poucas centenas de vinícolas que produzem os top 1% dos melhores vinhos finos.
Para se ter uma ideia, são feitas entre 500 e 5.000 garrafas por ano, em média, por vinícolas dessas regiões, com preços que variam de US$ 300 a US$ 30.000 uma garrafa de 750 ml recém-engarrafada.
Esses preços não incluem garrafas de coleções, de tamanhos variados, que ultrapassam US$ 1 milhão.
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Como investir em vinhos
A boa notícia é que esse acesso passou a ser possível recentemente para o brasileiro, com novos veículos de investimento que estão sendo criados, com toda a segurança e regulação das autoridades regulatórias locais.
Em um momento em que a guerra entre Rússia e Ucrânia acrescenta mais incerteza global após a crise do coronavírus, diversificar a carteira com vinhos permite ter uma ferramenta de proteção cambial para o brasileiro.
Em períodos de crise, moedas emergentes — como o real — tendem a perder entre 10% a 30% de valor, como aconteceu na covid-19).
Esse novo mercado está sendo criado para o investidor brasileiro, que não precisa se preocupar com a liquidez do ativo. Existem plataformas de venda, como a Bolsa de Valores de Vinhos de Londres, que possuem cerca de 100 milhões de libras em volume diário de ordens de compra e venda.
Além desse espaço de negociação, gestores e administradores, como nós da Oeno, temos um canal direto de distribuição desse tipo de investimento.
No nosso caso, temos uma carteira com cerca de 500 clientes finais, como hotéis, clubes de vinhos, lojas especializadas, cassinos, iates, navios, celebridades etc.
Se um brasileiro tivesse investido R$ 50 mil em vinhos finos de Borgonha ou de Bordeaux em 2001 teria alcançado um retorno de 1.089% em 20 anos.
Isso significa que o investidor teria acumulado R$ 546,7 mil, descontada a inflação do período. Nesse mesmo intervalo de tempo, um investimento alocado 100% em CDI teria rendido R$ 317,5 mil e na poupança, R$ 85,4 mil.
Esse mercado era inalcançável para o investidor comum há 20 anos. Mas agora está aberto e acessível a qualquer um que se encaixe no perfil de investidor.
Você não precisa ser um Master of Wine (existem cerca de 400 profissionais que conseguiram esse diploma que é o mais conceituado no mundo dos vinhos, número menor que o de astronautas no Planeta) para realizar um bom investimento alternativo e com excelente “track record”.
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