Ibovespa fica quase no ‘zero a zero’ com Wall Street no vermelho e ministros de Lula; dólar fecha em queda, a R$ 5,18
Os índices de NY foram derrubados pela divulgação da última leitura do PIB dos EUA, que também afetou negativamente as ações de tecnologia brasileiras
A primeira lei de Newton diz que um objeto físico em repouso ou movimento retilíneo uniforme tende a permanecer assim se o resultado de todas as forças exercidas sobre ele forem nulas. Quem acompanhou o Ibovespa nesta quinta-feira (22) pôde ver como a lei da inércia também funciona no mercado financeiro.
O principal índice acionário da bolsa brasileira foi puxado em várias direções ao longo do pregão. As forças em atuação se equilibraram ao longo do dia — e, com isso, a cotação do Ibovespa rondou a estabilidade.
Por várias vezes, no entanto, alguma delas se destacava e forçava o índice a escolher o campo positivo ou negativo, invertendo completamente o sinal e mudando a direção da sessão.
Uma das principais influências ao longo do dia foi o desempenho das bolsas de Nova York. Por lá, os índices foram derrubados pela divulgação da leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano.
Entre julho e setembro, os EUA cresceram 3,2% em termos anualizados — acima das previsões e da leitura anterior. A força da economia assustou o mercado, que interpretou o dado como um sinal de que o Federal Reserve pode continuar elevando a taxa de juro sem causar grandes estragos.
Por aqui, duas forças disputaram para ver quem conduziria o Ibovespa: as cotações do petróleo — que recuaram no mercado internacional e atrapalharam as ações ligadas à commodity — e o presidente eleito e diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Leia Também
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Gestora aposta em ações 'esquecidas' do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
O petista anunciou os nomes dos líderes de 16 ministérios e ajudou a diminuir as incertezas sobre o futuro governo — embora ainda restem 13 vagas que estão sendo negociadas com os aliados de Lula. O próximo chefe da Fazenda, Fernando Haddad, também revelou novos integrantes de sua equipe.
O resultado dessa batalha de influências mostrou que Newton não era um gênio apenas da física, mas também das finanças: as forças positivas superaram por pouco as negativas e o Ibovespa fechou em leve alta de 0,11%, aos 107.551 pontos.
As forças sobre o câmbio também foram aplicadas, em sua maioria, para baixo. O dólar à vista recuou 0,33% hoje, cotado em R$ 5,1858.
Sobe e desce do Ibovespa
Já nas pontas negativa e positiva do Ibovespa os movimentos de subida e descida foram mais acentuados.
As ações de frigoríficos lideraram as altas, com destaque também para a Sabesp. O tom positivo das ações SBSP3 deu-se após a companhia receber o aval da reguladora do setor para realizar reajustes de 6,37% nas tarifas de saneamento a partir de 2023.
Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| MRFG3 | Marfrig ON | R$ 7,44 | 6,74% |
| JBSS3 | JBS ON | R$ 20,89 | 3,21% |
| CCRO3 | CCR ON | R$ 10,81 | 2,27% |
| TAEE11 | Taesa units | R$ 34,65 | 2,36% |
| AMER3 | Americanas S.A | R$ 9,06 | 2,72% |
Já na tabela oposta, o destaque das quedas ficou com as ações de tecnologia. Veja abaixo:
| CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
| LWSA3 | Locaweb ON | R$ 7,17 | -4,14% |
| POSI3 | Positivo Tecnologia ON | R$ 8,14 | -2,28% |
| BRKM5 | Braskem PNA | R$ 23,10 | -1,99% |
| IRBR3 | IRB ON | R$ 0,99 | -1,98% |
| DXCO3 | Dexco ON | R$ 6,61 | -1,93% |
Os homens (e mulheres) do presidente
A dez dias de tomar posse, Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje mais nomes para compor o futuro ministério. A nova leva de ministros inclui o "núcleo duro" do governo, que ficará com o PT e terá o deputado Alexandre Padilha em Relações Institucionais.
A Casa Civil, entregue ao governador da Bahia, Rui Costa, terá um perfil mais técnico e de gestão, nos moldes do que era quando Dilma Rousseff comandou a pasta, de 2005 a 2010, no governo Lula.
Mas o anúncio de hoje deixou de fora cargos sobre os quais ainda há impasse, como Minas e Energia e Cidades, negociados tanto com o MDB quanto com o Centrão. Ainda restam 13 vagas nos ministérios, de acordo com o próprio Lula.
Clique aqui e confira os nomes dos futuros ministros que Lula revelou na manhã desta quinta-feira.
PIB forte derruba Wall Street
A leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA fez um verdadeiro strike em Wall Street hoje. O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq foram derrubados pelo dados mais forte do que o esperado — com o índice de tecnologia chegando a cair mais de 3%.
As ações do segmento tecnológico lideraram as perdas do dia. Empresas de semicondutores como a Lam Research e a Advanced Micro Devices chegaram a cair mais de 10% hoje.
Isso ocorreu porque, embora o dado do PIB do terceiro trimestre seja positivo, mantém a porta do aperto monetário escancarada nos EUA.
O raciocínio dos investidores é o seguinte: uma economia forte, que cresce mais e acima das projeções pode ser o passe que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) precisava para continuar elevando a taxa de juro sem causar grandes estragos.
E juro alto é inimigo das ações, já que acaba provocando uma fuga de ativos de risco para abrigos como o dólar, o ouro e títulos da dívida do governo norte-americano.
Confira a variação e a pontuação dos principais índice de ações dos EUA no fechamento:
- Dow Jones: -1,06%, 33.028,22 pontos
- S&P 500: -1,44%, 3.822,60 pontos
- Nasdaq: -2,18%, 10.476,12 pontos
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
