Fundos imobiliários que mais subiram em 2022 renderam mais de 1% ao mês; confira também as maiores quedas do ano na B3
A maior parte das altas do IFIX é modesta e não ultrapassa os dois dígitos, mas alguns fundos conseguiram se destacar e entregar ganhos de até 25% para os cotistas
No investimento em imóveis, o que conta para desvalorizar ou valorizar um empreendimento são as características físicas, como a metragem do terreno, a localização ou reformas recentes. Em tese, a cotação dos fundos de investimento imobiliários, donos de imóveis como lajes corporativas, galpões logísticos e shopping centers, deveria ser influenciada pelos mesmos fatores.
A diferença é que, por serem negociados em bolsa, os FIIs estão sujeitos aos ruídos que afetam os ativos da renda variável. E em 2022 não faltaram ruídos macroeconômicos e políticos para atrapalhar a performance dos ativos.
Ainda assim, o IFIX — que reúne os principais fundos imobiliários da B3 — caminha para encerrar o ano em alta. Isso porque quase metade dos FIIs que estão na carteira teórica do índice acumulam ganhos no período.
A maior parte das altas é modesta e não ultrapassa os dois dígitos, mas parte desse grupo de fundos conseguiu se destacar e entregar ganhos de até 25% para os cotistas — considerando apenas a variação da cota.
Veja abaixo quais fundos do IFIX mais subiram em 2022:
| Fundo | Ticker | Variação no ano* |
| Riza Akin | RZAK11 | 24,98% |
| Ourinvest JPP | OUJP11 | 24,91% |
| SDI Logística Rio | SDIL11 | 17,05% |
| Valora RE III | VGIR11 | 14,64% |
| GGR Covepi Renda | GGRC11 | 13,92% |
Riza Akin (RZAK11) e Ourinvest JPP (OUJP11) são os destaques do ano
Na lista compilada pelo Seu Dinheiro, dois nomes chamam a atenção com desempenhos muito próximos. Riza Akin (RZAK11) e Ourinvest JPP (OUJP11) sobem quase 25% neste ano e abrem uma distância considerável para os demais fundos do ranking.
Leia Também
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Ambos os ativos fazem parte do segmento de papel — ou seja, investem em títulos de crédito ligados ao setor imobiliário. A classe iniciou o ano como a queridinha dos investidores de FIIs, mas sofreu um baque com a deflação registrada entre julho e setembro.
A variação negativa do IPCA afetou principalmente fundos com portfólio majoritariamente indexados ao índice oficial da inflação brasileira, pois provocou uma redução nos dividendos.
Esse é o caso do OUJP11: a carteira está atualmente 33% alocada em CDI, 5% em IGP-M e 62% em IPCA. Contudo, o FII conseguiu driblar o impacto da deflação nas cotas por meio do trabalho da gestão, que focou em manter o patamar de proventos estável.
Em novembro, por exemplo, o resultado considerou o IPCA de setembro. O índice recuou 0,29% naquele mês, mas foi compensado pela correção monetária destravada por amortizações extraordinárias.
Com isso, nos últimos doze meses o retorno total do fundo foi de 13,88%. Para efeitos de comparação, o rendimento líquido do CDI foi de 10,12% no mesmo período, segundo o último relatório gerencial do OUJP11.
Por falar em CDI, o Riza Akin sofreu menos para garantir a primeira posição no ranking das maiores altas do ano, pois tem um portfólio 63,5% concentrado no índice. Enquanto o IPCA desacelerou, o CDI acompanhou de perto a variação da taxa Selic e manteve-se em alta ao longo de 2022.
O resultado da alocação é um dividend yield — indicador que mede o retorno de um ativo a partir do pagamento de proventos — anualizado de 18,62%.
E a carteira do RZAK11 deve seguir assim no próximo ano. “Mantemos a visão positiva para uma maior alocação em papéis com indexação em CDI+, seguido de papéis em IPCA+, conforme o posicionamento atual do fundo”, diz o relatório gerencial de dezembro.
O outro lado da moeda: os fundos imobiliários que mais caíram em 2022
Se os fundos de papel dominaram a lista de maiores altas do ano, a ponta oposta do ranking é ocupada pelos FIIs de tijolo, que investem em ativos reais como lajes corporativas, shoppings, hospitais, galpões logísticos etc.
| Fundo | Ticker | Variação no ano* |
| XP Properties | XPPR11 | -48,94% |
| RBR Properties | RBRP11 | -29,92% |
| Hospital Nossa Senhora de Lourdes | NSLU11 | -24,82% |
| REC Renda Imobiliária | RECT11 | -18,38% |
| Tordesilhas EI | TORD11 | -15,38% |
A maior queda de 2022 foi anotada pelo XP Properties (XPPR11). Vale destacar que o portfólio é formado por escritórios e imóveis comerciais, alguns dos segmentos mais afetados pelas restrições sociais impostas pela pandemia de covid-19.
Com isso, a vacância física do FII ainda se encontra em um patamar elevado nos últimos 12 meses, em 48%. A distribuição de rendimentos do XPPR11 também foi afetada e caiu de R$ 0,55 por cota em dezembro do ano passado para R$ 0,30 no mês passado.
O cenário gera a penalização das cotas do fundo no mercado secundário. Com a queda registrada neste ano, o XP Properties negocia com um desconto de mais de 57% em relação ao valor patrimonial da cota — uma referência de valor justo considerando o portfólio.
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
