O S&P 500 bem que tentou, mas não conseguiu manter os ganhos desta terça-feira (12) e, junto com Nasdaq e Dow Jones, acabou fechando o dia em queda. Os três índices da bolsa de Nova York não resistiram ao maior índice de inflação do país desde 1981.
O índice de preços ao consumidor (CPI, a sigla em inglês) subiu 8,5% nos 12 meses até março nos EUA — acima das previsões dos economistas de 8,4%.
Mas foi o núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, que dominou a atenção dos investidores. Esse indicador subiu 0,3% em março, abaixo da previsão de alta de 0,5%.
Segundo o Morgan Stanley, o núcleo do CPI foi influenciado por uma "queda maior do que o esperado nos preços dos principais bens ao lado de uma surpreendente queda nos aluguéis".
No entanto, Wall Street não se empolgou com o detalhamento do dado de inflação, vislumbrando um longo caminho a ser percorrido para que a taxa retorne à meta do Federal Reserve (Fed) de 2% ao ano.
Para que isso aconteça, o banco central norte-americano já deixou claro que subirá os juros de maneira agressiva.
Em março, o Fed elevou os juros em 0,25 ponto percentual (pp) — a primeira elevação em três anos.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
A ata do encontro mostrou que a autoridade monetária está disposta a dar saltos mais altos para trazer os preços para a meta, podendo realizar apertos de 0,50 pp nos juros.
Confira como os índices fecharam em Nova York nesta terça-feira (12):
- Dow Jones: -0,26%, 34.219,89 pontos
- S&P 500: -0,34%, 4.397,35 pontos
- Nasdaq: -0,30%, 13.371,57 pontos
Não foi só o S&P 500 que caiu…
As bolsas na Europa também fecharam o dia em queda. Os traders monitoraram as vendas pesadas no setor bancário, enquanto aguardavam as principais reuniões do banco central.
O índice pan-europeu Euro Stoxx 600 encerrou em queda de 0,3% após se recuperar de algumas perdas anteriores.
- Londres: -0,55%
- Paris: -0,28%
- Frankfurt: -0,48%
A bolsa alemã viu o setor bancário recuar 1,5%, após notícias indicando que um investidor não revelado havia vendido grandes participações no Deutsche Bank e no Commerzbank — os maiores credores da Alemanha.
Além disso, entrou no radar dos investidores a reunião do Banco Central Europeu (BCE), prevista para quinta-feira.
A autoridade monetária tem a difícil tarefa de pesar a alta dos preços contra a pressão baixista sobre o crescimento econômico derivado da guerra na Ucrânia.