Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem antes do Fed e Ibovespa acompanha ações de estatais após a eleição hoje
Além disso, os bloqueios das estradas feitos por caminhoneiros bolsonaristas começaram a se desfazer nesta terça-feira

Boas surpresas são sempre bem-vindas. Ao término da apuração do resultado das eleições de domingo (30), os investidores locais estavam convictos de que a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) derrubaria a bolsa e faria o dólar subir. Mas faltou combinar com os investidores estrangeiros.
As ações de estatais como Petrobras (PETR3;PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3) realmente tomaram um tombo. Mas a forte queda desses ativos foi mais do que compensada pela disparada dos papéis de empresas ligadas ao consumo de média e baixa rendas.
Em sessão marcada pelo forte fluxo de investidores estrangeiros, empolgados com a vitória eleitoral de Lula, o Ibovespa fechou em alta de 1,31% e encerrou outubro com um avanço de 5,45%. Já o dólar recuou 2,54% ontem, de volta à faixa dos R$ 5,16.
E enquanto o presidente-eleito segue recebendo felicitações de líderes de todo o mundo, Jair Bolsonaro (PL), primeiro presidente brasileiro a buscar sem sucesso a reeleição, continua em silêncio.
De acordo com o jornal Valor Econômico, Bolsonaro avalia a possibilidade de reconhecer a vitória de Lula em nota por escrito, mas sem falar com a imprensa nem gravar um vídeo sobre o tema.
Apesar do ânimo do investidor estrangeiro e da expectativa com os anúncios do futuro corpo ministerial, a véspera do feriado pode puxar o freio de mão das bolsas e limitar o otimismo do dia.
Leia Também
Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta terça-feira (1º):
Além do Ibovespa: bloqueios pós-eleição
Ao mesmo tempo, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria durante a madrugada para ordenar a desobstrução das rodovias por caminhoneiros contrariados com o resultado das urnas.
Até ontem à noite, 321 bloqueios foram feitos em estradas de 25 Estados. Em muitos deles, os caminhoneiros defendiam a consumação de um golpe de Estado pelas Forças Armadas.
Durante a madrugada, porém, alguns bloqueios começaram a ser desfeitos. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prometeu acabar com as barricadas ainda hoje. O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública e delegado de Polícia Federal, Anderson Torres, se pronunciou sobre o ocorrido nas redes sociais.
Mas só depois da ameaça de destituição ou até mesmo prisão em flagrante do diretor-geral do órgão, Silvinei Vasques, por omissão e inércia, nas palavras do STF.
Balanços e Copom para a bolsa local
Diante da expectativa de diminuição dos ruídos políticos, os investidores também devem reagir hoje aos resultados da Cielo, da CSN, da CSN Mineração e da Prio, publicados ontem à noite. Confira o calendário completo de balanços aqui.
Ainda hoje, a ata da mais recente reunião de política monetária do Banco Central também tem potencial de movimentar a bolsa hoje. A expectativa é de que a autoridade monetária dê sinais de uma futura redução dos juros, após manter a Selic inalterada em 13,75% ao ano no último encontro do Copom.
ADRs de Petrobras e Vale saltam hoje
Para completar o panorama local, os recibos de ações (ADRs, na sigla em inglês) de empresas locais negociados no exterior deram um salto hoje.
O ADR da Vale (VALE3) sobe 1,47% no pré-mercado de Nova York, enquanto os papéis da Petrobras negociados no exterior avançam 2,81% nas primeiras horas do dia.
Os recibos de ações reagem à alta das commodities dos seus respectivos setores: o minério de ferro sobe 1,84%, cotado a US$ 80,10, enquanto o barril do petróleo Brent, a referência internacional, salta 1,76%, negociado a US$ 94,95.
Bolsas sobem antes do Fed
As bolsas no exterior aguardam a decisão de juros dos Estados Unidos. O Fomc, o Copom americano, do Federal Reserve (Fed, o Banco Central estadunidense) publica a decisão de política monetária na próxima quarta-feira (02), feriado no Brasil.
O consenso do mercado aponta para uma alta de 75 pontos-base nos juros americanos. A expectativa é de que novos aumentos venham, o que também deve impactar a atividade econômica.
Mas o exterior não se deixa levar pela cautela, ao menos não nas primeiras horas do dia. Os futuros de Nova York sobem e as bolsas da Europa também avançam hoje.
Fechamento da Ásia e Pacífico
Os investidores devem agradecer pelo encerramento positivo dos negócios na Ásia e Pacífico.
As praças por lá deram um salto após rumores de que a China pretende de fato revisar as políticas de covid zero, o que aumentou o apetite de risco dos investidores.
Houve um ajuste nas bolsas, porém, após um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, dizer que "não estava ciente" da existência de um comitê do governo para avaliar formas de abandonar a política mais rígida para conter o vírus, que tem pesado na economia local.
Bolsas hoje: agenda do dia
- Banco Central: Ata do Copom (8h)
- IBGE: Produção industrial de setembro (9h)
- Estados Unidos: Relatório Jolts de empregos (11h)
- Economia: Balança comercial de outubro (15h)
Balanços do dia
Antes da abertura:
- British Petrol (Reino Unido)
- Pfizer (EUA)
Após o fechamento:
- AIG (EUA)
- Grupo SBF, dona da Centauro (Brasil)
B3 se prepara para entrada de pequenas e médias empresas na Bolsa em 2026 — via ações ou renda fixa
Regime Fácil prevê simplificação de processos e diminuição de custos para que companhias de menor porte abram capital e melhorem governança
Carteira ESG: BTG passa a recomendar Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) por causa de alta no preço de energia; veja as outras escolhas do banco
Confira as dez escolhas do banco para outubro que atendem aos critérios ambientais, sociais e de governança corporativa
Bolsa em alta: oportunidade ou voo de galinha? O que você precisa saber sobre o Ibovespa e as ações brasileiras
André Lion, sócio e CIO da Ibiuna, fala sobre as perspectivas para a Bolsa, os riscos de 2026 e o impacto das eleições presidenciais no mercado
A estratégia deste novo fundo de previdência global é investir somente em ETFs — entenda como funciona o novo ativo da Investo
O produto combina gestão passiva, exposição internacional e benefícios tributários da previdência em uma carteira voltada para o longo prazo
De fundo imobiliário em crise a ‘Pacman dos FIIs’: CEO da Zagros revela estratégia do GGRC11 — e o que os investidores podem esperar daqui para frente
Prestes a se unir à lista de gigantes do mercado imobiliário, o GGRC11 aposta na compra de ativos com pagamento em cotas. Porém, o executivo alerta: a estratégia não é para qualquer um
Dólar fraco, ouro forte e bolsas em queda: combo China, EUA e Powell ditam o ritmo — Ibovespa cai junto com S&P 500 e Nasdaq
A expectativa por novos cortes de juros nos EUA e novos desdobramentos da tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo mexeram com os negócios aqui e lá fora nesta terça-feira (14)
IPO reverso tem sido atalho das empresas para estrear na bolsa durante seca de IPOs; entenda do que se trata e quais os riscos para o investidor
Velocidade do processo é uma vantagem, mas o fato de a estreante não precisar passar pelo crivo da CVM levanta questões sobre a governança e a transparência de sua atuação
Ainda mais preciosos: ouro atinge novo recorde e prata dispara para máxima em décadas
Tensões fiscais e desconfiança em moedas fortes como o dólar levam investidores a buscar ouro e prata
Sparta mantém posição em debêntures da Braskem (BRKM5), mas fecha fundos isentos para não prejudicar retorno
Gestora de crédito privado encerra captação em fundos incentivados devido ao excesso de demanda
Bolsa ainda está barata, mas nem tanto — e gringos se animam sem pôr a ‘mão no fogo’: a visão dos gestores sobre o mercado brasileiro
Pesquisa da Empiricus mostra que o otimismo dos gestores com a bolsa brasileira segue firme, mas perdeu força — e o investidor estrangeiro ainda não vem em peso
Bitcoin (BTC) recupera os US$ 114 mil após ‘flash crash’ do mercado com Donald Trump. O que mexe com as criptomoedas hoje?
A maior criptomoeda do mundo voltou a subir nesta manhã, impulsionando a performance de outros ativos digitais; entenda a movimentação
Bolsa fecha terceira semana no vermelho, com perdas de 2,44%; veja os papéis que mais caíram e os que mais subiram
Para Bruna Sene, analista de renda variável na Rico, “a tão esperada correção do Ibovespa chegou” após uma sequência de recordes históricos
Dólar avança mais de 3% na semana e volta ao patamar de R$ 5,50, em meio a aversão ao risco
A preocupação com uma escalada populista do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez o real apresentar de longe o pior desempenho entre divisas emergentes e de países exportadores de commodities
Dólar destoa do movimento externo, sobe mais de 2% e fecha em R$ 5,50; entenda o que está por trás
Na máxima do dia, divisa chegou a encostar nos R$ 5,52, mas se desvalorizou ante outras moedas fortes
FII RBVA11 avança na diversificação e troca Santander por nova locatária; entenda a movimentação
O FII nasceu como um fundo imobiliário 100% de agências bancárias, mas vem focando na sua nova meta de diversificação
O mercado de ações dos EUA vive uma bolha especulativa? CEO do banco JP Morgan diz que sim
Jamie Dimon afirma que muitas pessoas perderão dinheiro investindo no setor de inteligência artificial
O que fez a Ambipar (AMBP3) saltar mais de 30% hoje — e por que você não deveria se animar tanto com isso
As ações AMBP3 protagonizam a lista de maiores altas da B3 desde o início do pregão, mas o motivo não é tão inspirador assim
Ação do Assaí (ASAI3) ainda está barata mesmo após pernada em 2025? BB-BI revela se é hora de comprar
Os analistas do banco decidiram elevar o preço-alvo das ações ASAI3 para R$ 14 por ação; saiba o que fazer com os papéis
O que esperar dos mercados em 2026: juros, eleições e outros pilares vão mexer com o bolso do investidor nos próximos meses, aponta economista-chefe da Lifetime
Enquanto o cenário global se estabiliza em ritmo lento, o país surge como refúgio — mas só se esses dois fatores não saírem do trilho
Tempestade à vista para a Bolsa e o dólar: entenda o risco eleitoral que o mercado ignora
Os meses finais do ano devem marcar uma virada no tempo nos mercados, segundo Ricardo Campos, CEO e CIO da Reach Capital