Esquenta dos mercados: Dirigente do Fed traz alívio aos mercados e bolsas sobem com expectativa por balanços de bancos
Hoje, investidores mostram-se animados com os balanços do Wells Fargo e do Citigroup; por aqui, repercussões da PEC Kamikaze devem ficar no radar
A sexta-feira (15) dos mercados financeiros começa com um alívio bem-vindo na última sessão de uma semana turbulenta. As principais bolsas de valores trocam o vermelho pelo azul na manhã de hoje diante da expectativa de bons resultados do Citigroup e do Wells Fargo.
Ontem, os principais índices de Wall Street encerraram o dia sem direção única. O Dow Jones e o S&P 500 recuaram cerca de 0,40%, mas o Nasdaq conseguiu encerrar o dia no azul, em leve alta de 0,03%.
O Ibovespa terminou o dia em queda de 1,80%, aos 96.120 pontos. O dólar à vista avançou 0,51%, a R$ 5,4333.
Em Nova York, os índices futuros sinalizam abertura em alta em Wall Street hoje. Na Europa, os mercados de ações também deixam um pouco de lado os temores de uma recessão e operam em forte alta. Já o euro segue ligeiramente acima da paridade com o dólar.
O que esperar hoje
A agenda econômica desta sexta reserva a divulgação das vendas no varejo e da produção industrial em junho dos Estados Unidos.
As vendas no varejo são um indicador importante para a economia norte-econômica e podem influenciar as expectativas para os juros.
Leia Também
Isso porque, quanto melhor for o desempenho do consumo, maior a ameaça para a inflação — e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve ter mais pressa para agir.
Ainda na terra do Tio Sam, os mercados devem acompanhar a prévia da confiança do consumidor americano em julho.
Por aqui, os investidores seguem de olho nas repercussões da PEC Kamikaze, sancionada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro.
Com a agenda mais esvaziada em relação aos indicadores, no cenário doméstico, será publicada a sondagem industrial da CNI.
Vale destacar que hoje ainda é dia de vencimento de opções sobre ações na B3.
Alívio após falas de dirigente do Fed
Se ontem o balanço do JP Morgan alimentou temores quanto à chegada do furacão econômico antecipado pelo CEO Jamie Dimon, hoje os investidores se mostram animados com os resultados trimestrais do Wells Fargo e do Citigroup, previstos para antes da abertura.
O alívio nos mercados financeiros encontra suporte em comentários feitos ontem por James Bullard, presidente do Fed regional de Saint Louis.
Ao contrário da maior parte dos economistas, o diretor da autoridade monetária norte-americana afirmou trabalhar com um cenário-base de aumento de 0,75 ponto porcentual na próxima reunião do Federal Reserve.
Não é pouco, mas se levarmos em consideração que a maior parte dos economistas dá como certo um aumento de 1 ponto porcentual, o alívio se justifica.
O que está acontecendo no mundo
E se nas últimas semanas os temores de que a desaceleração econômica global se transforme numa recessão acabaram com o apetite por risco dos investidores, hoje, nem mesmo o resultado abaixo do esperado do PIB da China parece desanimar.
A economia chinesa cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. Analistas esperavam crescimento de 1% no período.
Na Itália, a renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi, mas o presidente Sergio Mattarella rejeitou o pedido. Especula-se que a mais nova crise política italiana possa levar a eleições antecipadas.
Repercussões da PEC Kamikaze
Aprovada na Câmara em segundo turno na quarta-feira e sancionada ontem pelo presidente Jair Bolsonaro, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ‘Kamikaze’ segue influenciando o cenário por aqui.
Com o sinal verde, o Congresso autoriza o governo, às vésperas da eleição, a estourar o teto de gastos em R$ 41,25 bilhões para conceder uma série de benefícios sociais.
Para Shelly Shetty, diretora da agência de classificação de risco Fitch, as despesas são “uma quantia considerável fora do teto”, mas que são gerenciáveis e podem ser absorvidas.
Este é justamente o argumento do ministro da Economia, Paulo Guedes, para jurar que a PEC não terá impacto fiscal.
O ex-ministro Henrique Meirelles disse que, tudo o que a PEC das bondades dá com uma mão, ela tira com a outra.
“A piora da situação financeira dos mais pobres está garantida para além do período eleitoral, com o aumento da pressão inflacionária e degradação da credibilidade da nossa economia”, escreveu Meirelles no Twitter.
Agenda do dia
Brasil
- Sondagem Industrial da CNI: Índice de produção industrial em junho (10h)
- Ministro da Economia: Paulo Guedes almoça com empresários da Coalizão Indústria (13h)
Mundo
- Zona do Euro: Balança comercial de maio (6h)
- Estados Unidos: Vendas no varejo em junho (09h30)
- Estados Unidos: Presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic discursa em evento da Tampa Bay Business Journal (09h45)
- Estados Unidos: Produção industrial em junho (10h15)
- Estados Unidos: Sentimento do consumidor preliminar de julho (11h)
- Indonésia: Reunião dos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais do G20 (Sem horário definido)
Balanços do dia
Estados Unidos
- Wells Fargo (antes da abertura)
- Citigroup (antes da abertura)
- UnitedHealth (antes da abertura)
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
