Gestor da Itaú Asset vê dólar de equilíbrio entre R$ 4 e R$ 4,50, mas diz que você deveria comprar de qualquer jeito
Para Benjamin Mandel, da gestora do Itaú, investimento em dólar deve fazer parte de uma estratégia mais ampla de portfólio equilibrado

Quando o economista Benjamin Mandel chegou ao Brasil, há cerca de um ano, teve de reprogramar o conceito de longo prazo aprendido durante sua vasta experiência no mercado americano.
Contratado pela Itaú Asset Management para montar estratégias de investimento duradouras, Mandel percebeu logo que aquilo que nós, brasileiros, consideramos longo prazo não batia com o que ele estava acostumado.
Em conversas com colegas, o ex-JP Morgan e Citi chegou a provocar risos ao falar sobre portfólios de investimentos que excedem uma década. Mas foi para isso que ele veio para cá, para pensar o papel dos ativos numa janela de tempo mais longa.
Leia também:
- O dragão da inflação continua furioso – veja como proteger seus investimentos das chamas
- BTG corta estimativa para o dólar no final do ano. É hora de comprar?

E, nos seus estudos, o dólar aparece com papel preponderante no equilíbrio do portfólio - e Mandel recomenda que esteja presente na carteira sempre. Ainda que a expectativa do próprio gestor seja de queda da moeda norte-americana.
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Mandel afirmou que, mais do que pensar no dólar como moeda, o investidor brasileiro precisa pensar nele como um ativo. E, como um ativo, ele tem o papel de diversificar.
“Uma posição estrutural comprada no dólar é essencial na busca de um equilíbrio entre diferentes cenários para o investidor brasileiro, mesmo considerando o custo de carrego e a esperada depreciação no futuro”, diz o gestor da Itaú Asset.
Leia Também
Cenários
De acordo com o economista, o portfólio ideal de longo prazo aloca exposições a risco de maneira equitativa em diferentes cenários de alta e baixa inflação e crescimento econômico, tanto do ponto de vista doméstico quanto do exterior.
Assim, Mandel defende que o melhor cenário para o dólar ter uma boa performance na carteira é justamente o que se avizinha no futuro próximo, de baixo crescimento econômico.
A tendência a um PIB mais fraco é provocada pela alta da inflação no Brasil. Para combater a alta dos preços, o Banco Central precisará elevar os juros, um panorama que já vimos acontecer diversas vezes na nossa história econômica.
- MUDANÇAS NO IR 2022: baixe o guia gratuito sobre o Imposto de Renda deste ano e evite problemas com a Receita Federal; basta clicar aqui
“Nesse cenário, nenhuma outra classe de ativos faz o papel de proteção do portfólio tão bem quanto o dólar”, afirma Mandel.
O economista do Itaú também traz detalhes sobre a posição em dólar e o conceito dos portfólios de equilíbrio macro neste artigo publicado no LinkedIn.
Até onde vai o dólar?
O gestor da Itaú Asset Management admite que pode soar estranho recomendar a compra de um ativo que está em queda — e que deve cair ainda mais.
No entanto, Mandel defende que o investimento faça parte de uma estratégia mais ampla de portfólio equilibrado.
“Então, se você perde um pouquinho no dólar quando o real está valorizado, faz parte. Do outro lado da carteira, outros ativos estão se beneficiando da mesma tendência”, explica.
Mas se você se empolgou com a queda recente do dólar para o patamar de R$ 4,70, saiba que o economista prevê uma queda ainda maior.
De acordo com seus cálculos, o dólar estaria 15% mais caro do que o normal.
“Com todo o ajuste no real nominal, o dólar vai chegar a R$ 4,00 no longo prazo. Esse é o valor justo”, diz Mandel.
Porém, isso vai depender da dinâmica de inflação das economias brasileira e americana.
“O mercado de renda fixa no Brasil tem um prêmio de risco embutido, o que distorce um pouco o equilíbrio entre os ativos. Mas, no longo prazo, com prêmio de risco mais baixo, isso volta a se equilibrar”, afirma.
Agora seria um bom momento para a Rede D’Or (RDOR3) comprar o Fleury (FLRY3), avalia BTG; banco vê chance mais alta de negócio sair
Analistas consideram que diferença entre os valuations das duas empresas tornou o negócio ainda mais atrativo; Fleury estaria agora em bom momento de entrada para a Rede D’Or efetuar a aquisição
As três ações do setor de combustíveis que podem se beneficiar da Operação Carbono Oculto, segundo o BTG
Para os analistas, esse trio de ações na bolsa brasileira pode se beneficiar dos desdobramentos da operação da Polícia Federal contra o PCC; entenda a tese
XP Malls (XPML11) vende participação em nove shoppings por R$ 1,6 bilhão, e quem sai ganhando é o investidor; cotas sobem forte
A operação permite que o FII siga honrando com as contas à pagar, já que, em dezembro deste ano, terá que quitar R$ 780 milhões em obrigações
Mercado Livre (MELI34) nas alturas: o que fez os analistas deste bancão elevarem o preço-alvo para as ações do gigante do e-commerce
Os analistas agora projetam um preço-alvo de US$ 3.200 para as ações do Meli ao final de 2026; entenda a revisão
As maiores altas e quedas do Ibovespa em agosto: temporada de balanços 2T25 dita o desempenho das ações
Não houve avanços ou recuos na bolsa brasileira puxados por setores específicos, em um mês em que os olhos do mercado estavam sobre os resultados das empresas
Ibovespa é o melhor investimento do mês — e do ano; bolsa brasileira pagou quase o dobro do CDI desde janeiro
O principal índice de ações brasileiras engatou a alta em agosto, impulsionado pela perspectiva de melhora da inflação e queda dos juros — no Brasil e nos EUA
Agora é a vez do Brasil? Os três motivos que explicam por que ações brasileiras podem subir até 60%, segundo a Empiricus
A casa de análise vê um cenário favorável para as ações e fundos imobiliários brasileiros, destacando o valor atrativo e os gatilhos que podem impulsionar o mercado, como o enfraquecimento do dólar, o ciclo de juros baixos e as eleições de 2026
Ibovespa ignora NY, sobe no último pregão da semana e fecha mês com ganho de 6%
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia em alta, rondando aos R$ 5,42, depois da divulgação de dados de inflação nos EUA e com a questão fiscal no radar dos investidores locais
Entram Cury (CURY3) e C&A (CEAB3), saem São Martinho (SMTO3) e Petz (PETZ3): bolsa divulga terceira prévia do Ibovespa
A nova composição do índice entra em vigor em 1º de setembro e permanece até o fim de dezembro, com 84 papéis de 81 empresas
É renda fixa, mas é dos EUA: ETF inédito para investir no Tesouro americano com proteção da variação do dólar chega à B3
O T10R11 oferece acesso aos Treasurys de 10 anos dos EUA em reais, com o bônus do diferencial de juros recorde entre Brasil e EUA
Ibovespa sobe 1,32% e crava a 2ª maior pontuação da história; Dow e S&P 500 batem recorde
No mercado de câmbio, o dólar à vista terminou o dia com queda de 0,20%, cotado a R$ 5,4064, após dois pregões consecutivos de baixa
FIIs fora do radar? Santander amplia cobertura e recomenda compra de três fundos com potencial de dividendos de até 17%; veja quais são
Analistas veem oportunidade nos segmentos de recebíveis imobiliários, híbridos e hedge funds
Batalha pelo galpão da Renault: duas gestoras disputam o único ativo deste FII, que pode sair do mapa nos dois cenários
Zagros Capital e Tellus Investimentos apresentam propostas milionárias para adquirir galpão logístico do VTLT11, locado pela Renault
Para o BTG, esta ação já apanhou demais na bolsa e agora revela oportunidade para investidores ‘corajosos’
Os analistas já avisam: trata-se de uma tese para aqueles mais tolerantes a riscos; descubra qual é o papel
Não é uma guerra comercial, é uma guerra geopolítica: CEO da AZ Quest diz o que a estratégia de Trump significa para o Brasil e seus ativos
Walter Maciel avalia que as medidas do presidente norte-americano vão além da disputa tarifária — e explica como os brasileiros devem se posicionar diante do novo cenário
É hora de voltar para as ações brasileiras: expectativa de queda dos juros leva BTG a recomendar saída gradual da renda fixa
Cenário se alinha a favor do aumento de risco, com queda da atividade, melhora da inflação e enfraquecimento do dólar
Dólar e bolsa sobem no acumulado de uma semana agitada; veja as maiores altas e baixas entre as ações
Últimos dias foram marcados pela tensão entre EUA e Brasil e também pela fala de Jerome Powell, do BC norte-americano, sobre a tendência para os juros por lá
Rumo ao Novo Mercado: Acionistas da Copel (CPLE6) aprovam a migração para nível elevado de governança na B3 e a unificação de ações
Em fato relevante enviado à CVM, a companhia dará prosseguimento às etapas necessárias para a efetivação da mudança
“Não acreditamos que seremos bem-sucedidos investindo em Nvidia”, diz Squadra, que aposta nestas ações brasileiras
Em carta semestral, a gestora explica as principais teses de investimento e também relata alguns erros pelo caminho
Bolsas disparam com Powell e Ibovespa sobe 2,57%; saiba o que agradou tanto os investidores
O presidente do Fed deu a declaração mais contundente até agora com relação ao corte de juros e levou o dólar à vista a cair 1% por aqui