🔴 UM SALÁRIO MÍNIMO DE RENDA TODO O MÊS COM DIVIDENDOS? – DESCUBRA COMO

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Stuhlberger, Xavier e Goldberg

Por que o dólar cai e a bolsa sobe, mesmo com Lula x Bolsonaro e guerra no radar? Três grandes gestores respondem

Os gestores Luis Stuhlberger, Rogério Xavier e Daniel Goldberg falaram da relação do dólar e bolsa com eleições, cenário global e juros

Victor Aguiar
Victor Aguiar
23 de fevereiro de 2022
12:32 - atualizado às 10:04
Luis Stuhlberger, da Verde Asset, e Rogerio Xavier, da SPX
Imagem: Leo Martins

O mundo está em crise: com a escalada nas tensões entre Rússia e Ucrânia, cresce o medo de um eventual conflito armado no leste europeu — um cenário que eleva a percepção de risco dos investidores. E, por aqui, as coisas também não estão exatamente calmas, dada a proximidade com as eleições presidenciais. É uma cominação que, a princípio, seria explosiva para os gestores de ativos domésticos; no entanto, o dólar e a bolsa passam por um forte alívio neste começo de 2022. O que explica?

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Não acho [que o mercado brasileiro] vá perdurar nesses níveis para frente", diz Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX e um dos mais respeitados gestores de portfólio do Brasil, durante evento promovido pelo BTG Pactual. "Mas, no curto prazo, eu não vejo nada de errado".

Dividindo o palco com outros dois grandes nomes do mercado financeiro nacional — Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset, e Daniel Goldberg, CIO da Lumina Capital —, Xavier fez ponderações a respeito das pressões inflacionárias no mundo, da postura dos Bancos Centrais e dos riscos que os mercados devem enfrentar daqui em diante. E, é claro, comentou a respeito do bom momento dos ativos brasileiros.

Afinal, o dólar à vista chegou a ficar abaixo de R$ 5,00 nesta quarta-feira (23), algo que não acontecia desde meados do ano passado; em paralelo, o Ibovespa segue firme acima dos 110 mil pontos, acumulando ganhos sólidos em 2022 e indo na contramão das principais bolsas globais, que operam no vermelho desde o começo do ano. Para o sócio da SPX, tudo é uma questão de expectativa versus realidade.

Voltemos a dezembro de 2021: na ocasião, os ativos domésticos estavam bastante descontados, com a bolsa amargando perdas e o dólar acima de R$ 5,60. E, de fato, a Faria Lima desenhava um cenário bastante turbulento: uma eleição amplamente polarizada e uma economia fragilizada eram motivo de sobra para o pessimismo nos mercados.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"O risco de cauda previsto para as eleições no Brasil, me parece que ele está sendo afastado", ponderou Xavier: com o primeiro turno cada vez mais próximo, perdeu força a leitura de que a disputa entre Jair Bolsonaro e Lula trará consigo uma piora institucional e econômica.

Leia Também

Para Xavier, a eventual reeleição de Bolsonaro representaria uma continuidade do atual modelo político-econômico; por outro lado, uma possível vitória de Lula não implicaria num governo radical, mas sim com propostas mais ao centro, com alguma responsabilidade fiscal — e o provável alinhamento de Geraldo Alckmin ao petista seria o principal indicativo de uma postura mais moderada do ex-presidente.

Em conjunto com a reavaliação dos riscos eleitorais aparece a condução da política monetária no país: com a Selic já endereçada rumo aos 12% ao ano, há uma preocupação quanto a um certo 'exagero na dose' por parte do Banco Central, o que pode ter consequências maléficas para a economia no longo prazo. Mas, de imediato, fato é que os juros no Brasil estão muito mais elevados que os de países desenvolvidos, o que atrai recursos estrangeiros para cá.

"O ajuste de política monetária no país, em relação ao resto do mundo, acaba sendo muito favorável ao Brasil", disse Xavier, lembrando que, apesar das sinalizações de uma elevação de juros nos EUA a partir de março, o Federal Reserve ainda está com uma postura expansionista neste momento — o que, no curtíssimo prazo, beneficia os países emergentes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Bolsa, dólar e ativos domésticos

Para Luis Stuhlberger, os ativos domésticos emitem sinais confusos quanto à visão do mercado: por um lado, bolsa e dólar indicam uma percepção de confiança; por outro, inflação e juros vão no sentido oposto, mostrando uma preocupação grande com o médio e longo prazo por parte dos agentes financeiros.

"O mercado olha essa eleição e uma eventual vitória do Lula como um sinal de que o governo irá gastar mais", disse o gestor do fundo Verde, um dos mais tradicionais e de melhor retorno acumulado do país. "E o mercado não recebe isso muito mal".

Stuhlberger crê que um cenário de retorno do petista à presidência implicaria num aumento da atuação no Estado enquanto indutor do crescimento econômico, ainda mais em meio à fraca expansão do PIB nos últimos anos. E, caso essa postura mais ativa do governo se traduza num gasto maior, mas controlado, o mercado financeiro e os demais agentes econômicos podem enxergar o plano com uma certa tolerância.

"Os estrangeiros não têm uma visão negativa do Lula e os empresários vão ficar felizes", diz ele, ponderando que medidas fiscais para repassar recursos à população implicam num maior volume de gastos com o consumo. "O consumidor gasta e a economia vai para frente".

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quanto à tendência mais cautelosa vista nos mercados de juros e inflação, Stuhlberger vê a precificação de um cenário em que o Brasil não "naufraga com medidas populistas", mas que passará a conviver com patamares de inflação e juros mais elevados — uma espécie de mudança de paradigma em relação ao período de 2016 a 2020.

Daniel Goldberg, da Lumina Capital, vai na mesma linha: para ele, há uma chance grande de um eventual governo Lula adotar uma postura mais centrista e pragmática — o que não afasta os riscos à economia nacional.

"O caso base é um governo ruim, mas não péssimo, na macroeconomia, mas muito ruim na micro", diz ele, traçando paralelos com o segundo mandato do petista, de 2007 a 2011.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje

1 de dezembro de 2025 - 8:43

Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje

OS VERDADEIROS DUELOS

O “ano de Troia” dos mercados: por que 2026 pode redefinir investimentos no Brasil e nos EUA

1 de dezembro de 2025 - 6:01

De cortes de juros a risco fiscal, passando pela eleição brasileira: Kinea Investimentos revela os fatores que podem transformar o mercado no ano que vem

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa dispara 6% em novembro e se encaminha para fechar o ano com retorno 10% maior do que a melhor renda fixa

28 de novembro de 2025 - 19:52

Novos recordes de preço foram registrados no mês, com as ações brasileiras na mira dos investidores estrangeiros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa dispara para novo recorde e tem o melhor desempenho desde agosto de 2024; dólar cai a R$ 5,3348

28 de novembro de 2025 - 13:09

Petrobras, Itaú, Vale e a política monetária ditaram o ritmo dos negócios por aqui; lá fora, as bolsas subiram na volta do feriado nos EUA

OPERAÇÃO POÇO DE LOBATO

Ações de Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3) saltam no Ibovespa com megaoperação contra fraudes em combustíveis

27 de novembro de 2025 - 14:48

Analistas avaliam que distribuidoras de combustíveis podem se beneficiar com o fim da informalidade no setor

ALOCAÇÃO GLOBAL

Brasil dispara na frente: Morgan Stanley vê só dois emergentes com fôlego em 2026 — saiba qual outro país conquistou os analistas

27 de novembro de 2025 - 14:01

Entenda por que esses dois emergentes se destacam na corrida global e onde estão as maiores oportunidades de investimentos globais em 2026

PORTFÓLIO DE IMÓVEIS

FII Pátria Log (HGLG11) abocanha cinco galpões, com inquilinos como O Boticário e Track & Field, e engorda receita mensal

27 de novembro de 2025 - 10:16

Segundo o fundo, os ativos adquiridos contam com características que podem favorecer a valorização futura

MERCADOS

Bolsa nas alturas: Ibovespa fecha acima dos 158 mil pontos em novo recorde; dólar cai a R$ 5,3346 

26 de novembro de 2025 - 18:35

As bolsas nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia também encerraram a sessão desta quarta-feira (26) com ganhos; confira o que mexeu com os mercados

TOUROS E URSOS #249

Hora de voltar para o Ibovespa? Estas ações estão ‘baratas’ e merecem sua atenção

26 de novembro de 2025 - 12:30

No Touros e Ursos desta semana, a gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, apontou o caminho das pedras para quem quer dar uma chance para as empresas brasileiras listadas em bolsa

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Vale (VALE3) patrocina alta do Ibovespa junto com expectativa de corte na Selic; dólar cai a R$ 5,3767

25 de novembro de 2025 - 19:00

Os índices de Wall Street estenderam os ganhos da véspera, com os investidores atentos às declarações de dirigentes do Fed, em busca de pistas sobre a trajetória dos juros

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa avança e Nasdaq tem o melhor desempenho diário desde maio; saiba o que mexeu com a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 19:30

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as ações cíclicas puxaram o tom positivo, em meio a forte queda da curva de juros brasileira

BALANÇO DA SEMANA

Maiores altas e maiores quedas do Ibovespa: mesmo com tombo de mais de 7% na sexta, CVC (CVCB3) teve um dos maiores ganhos da semana

23 de novembro de 2025 - 14:21

Cogna liderou as maiores altas do índice, enquanto MBRF liderou as maiores quedas; veja o ranking completo e o balanço da bolsa na semana

ADEUS À B3

JBS (JBSS3), Carrefour (CRFB3), dona do BK (ZAMP3): As empresas que já deixaram a bolsa de valores brasileira neste ano, e quais podem seguir o mesmo caminho

22 de novembro de 2025 - 13:32

Além das compras feitas por empresas fechadas, recompras de ações e idas para o exterior também tiraram papéis da B3 nos últimos anos

FEITO INÉDITO

A nova empresa de US$ 1 trilhão não tem nada a ver com IA: o segredo é um “Ozempic turbinado”

21 de novembro de 2025 - 18:03

Com vendas explosivas de Mounjaro e Zepbound, Eli Lilly se torna a primeira empresa de saúde a valer US$ 1 trilhão

MERCADOS HOJE

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da CVC (CVCB3) caem mais de 7% na B3 — e como um dado dos EUA desencadeou isso

21 de novembro de 2025 - 17:07

A combinação de dólar forte, dúvida sobre o corte de juros nos EUA e avanço dos juros futuros intensifica a pressão sobre companhia no pregão

MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar