Um dos patinhos feios da B3 nos últimos anos, a Cielo (CIEL3) começa a ensaiar uma volta por cima — e, para o BTG Pactual, as ações da companhia têm espaço para continuar subindo. É verdade que, em termos de cotações históricas, os papéis ainda estão longe das máximas; mas, para o banco, há um potencial a ser capturado na bolsa.
O BTG revisou para cima o preço-alvo das ações da empresa, de R$ 4 para R$5 até o fim deste ano, classificando os papéis CIEL3 como "um bom ativo para o curto prazo". A nova recomendação representa uma alta de 32% em relação ao fechamento da sexta-feira (10), de R$ 3,78.
Há pouco, o papel subia 1,85% e liderava as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira (13). No ano, a valorização já é de 75%.

A mudança feita pelo BTG Pactual acontece após reunião com os executivos da empresa — e, também, depois da análise dos resultados trimestrais das concorrentes Stone e PagSeguro. No relatório, o banco aponta “volumes mais fortes que o esperado e uma dinâmica de preços mais favorável” como justificativas para a postura otimista.
Eles destacam, ainda, o volume total de pagamentos (TPV) realizados por empresas de cartões durante o período, que veio acima do que era esperado pelos analistas.
A alta da inflação e o crescimento da utilização de meios eletrônicos de pagamento explicam esse resultado e, apesar dos desafios macroeconômicos, a Cielo deve ser beneficiar do quadro, uma vez que possui cerca de 25% do segmento de pequenas e médias empresas.
Cielo(CIEL3): subsidiária em destaque
Também chamou a atenção do BTG Pactual o desempenho da Cateno, joint-venture da Cielo (CIEL3) com o Banco do Brasil. A subsidiária atua na gestão de meios de pagamento e, segundo os analistas, possui uma alavancagem operacional saudável, perspectiva de margens mais fortes e um controle de custos rigoroso e eficaz.
A expectativa é que a receita da Cateno cresça 20% neste ano, conforme a recuperação do segmento de crédito.
Outro fator que deixa os analistas do banco otimistas com Cielo no curto prazo são as perspectivas para as concorrentes, uma vez que a companhia deve seguir bem posicionada frente as demais.